(Minha mente sempre foi bagunçada, mas ultimamente está batendo um record.)
Ninguém nunca me disse o que fazer nessas situações. A vida toda me deram um manual e só hoje em dia percebi que o equipamento era outro.quarta-feira, 31 de julho de 2013
Eu tinha um bom título mas esqueci
Postado por Anna Bunny às 16:30 8 comentários
terça-feira, 16 de julho de 2013
Fluffy, puffy litlle stuff.
Por mais que eu reclame dela, eu tenho uma escritora brasileira da qual sou meio fangirl. Claro que reclamo, oras, em parte tenho inveja dela por ter talento e ser bonita e famosa na área que eu queria ser. Mas esses são exatamente os motivos que fazem eu gostar dela, afinal de contas: a coisa que sempre tive com a tia Rowling de "ela se ferrou e conseguiu, talvez eu tb consiga."
Claro, é tudo uma ilusão da qual eu me alimento nos dias em que tenho esperança de que alguma coisa dê certo na minha vida e pás.
Enfim, nada disso tem a ver com a conversa. A questão é que eu, burra como sou, mais teimosa que uma porta, não aprendo a ficar quieta no meu canto pq obviamente minhas tentativas de sair da zona de conforto acabam em um rio de lágrimas.
(Soou menos dramático na minha cabeça, juro)Claro, é tudo uma ilusão da qual eu me alimento nos dias em que tenho esperança de que alguma coisa dê certo na minha vida e pás.
Enfim, nada disso tem a ver com a conversa. A questão é que eu, burra como sou, mais teimosa que uma porta, não aprendo a ficar quieta no meu canto pq obviamente minhas tentativas de sair da zona de conforto acabam em um rio de lágrimas.
Anyway, tudo isso pra dizer que notei uma constante - eu fico tentando falar com essa pessoa, provavelmente por causa da minha necessidade insana de
aprovação alheia, não importando exatamente se eu gosto da pessoa, mas do meu egocentrismo e necessidade de ser percebida (e de preferência, admirada), provavelmente porque eu sei que isso não aconteceria nunca por eu ser uma pessoa tão ruim que merece se dar mal e... eu to desviando o assunto de novo! Sorry. De volta ao assunto.
aprovação alheia, não importando exatamente se eu gosto da pessoa, mas do meu egocentrismo e necessidade de ser percebida (e de preferência, admirada), provavelmente porque eu sei que isso não aconteceria nunca por eu ser uma pessoa tão ruim que merece se dar mal e... eu to desviando o assunto de novo! Sorry. De volta ao assunto.
Notei uma constante de ficar querendo falar com ela e chamar sua atenção e ela, quando responde (mandei um email tem sete meses e posso visualizar ela deletando ele dizendo a si mesma que era melhor nem responder) sempre usa as mesmas palavras. "Que fofa!"
Tenho um amigo (amizade complicada como todas as minhas) que sempre se ofende qdo alguém chama ele de fofo, mas principalmente pq ele acha que é uma conotação homossexual essa palavra. Como se chamar ele de 'fofo" diminuísse a masculinidade dele. O que é bem tosco, js.
Mas de repente, me incomoda tb, pelo menos - ou principalmente - vindo dela. Me dá uma sensação de diminuição tb, mas claro, por motivos totalmente diferentes.
Pq não tem muito o que se dizer de mim. Não sou bonita ou inteligente. Só oq consigo ser, com muito esforço, é "fofa". É ser gentil com as pessoas quando imploro pelamordedeus pela sua atenção. Mas tb só sou tão "fofa" - e ela nem sabe o quando sou fofa, principalmente pros lados - pq no fundo sei q sou só uma ressentida sem futuro. Não importa o quão bem eu ache que possa escrever. Não importa que assim como ela eu tenha passado boa parte da minha infância e adolescência sendo chamada de "a esquisita", sem amigos, só podendo confiar nos livros na minha própria cabeça, não importa que nós duas tenhamos achado uma válvula de escape através da literatura fantástica. Ela ainda é linda e magra e esperta e bem casada e feliz e tudo que eu deveria ser mas não sou, pq eu sou só "fofa".
Tão fofa que acho que posso sair quicando.
Estou tentando não jantar, e isso me magoa. Minha mãe me disse na cara dura que eu devia parar de jantar pra emagrecer (mesmo sendo ela 15kg mais gorda, mesmo ela sabendo que eu quero parar de lutar contra a balança). E aí não jantei ontem nem pretendo jantar hj e ela já faz um drama de que eu não estou comendo. Tipo, sério? Ou vc tem uma filha magra, ou uma filha que come, os dois ao mesmo tempo não dá, não nessa cadeia de DNA que voce gerou.
Tenho a sensação horrível de que tudo isso é inútil e que estou lutando uma batalha perdida por pura falta de opção. Eu sei que não vou conseguir. Não vou conseguir viver de escrever e não vou conseguir emagrecer e deveria me conformar com minha vida medíocre de gorda quase invisível mas UGH só o que quero fazer é gritar e correr pra longe, e pq é tão difícil? Pq é tão difícil eu me conformar numa caixinha sendo e é só oq o destino me reservou, só oq posso ter com meu nível de (falta de) talento e beleza e carisma, então POR QUE tem que ser tão difícil me conformar com isso e ficar sempre querendo mais?
Ser chamada de fofa por alguém com cacife devia ser motivo de orgulho pq pelo menos alguém se forçou a notar que eu existo, quando geralmente as pessoas desviam o caminho e fingem que dormem só pra não reconhecer minha presença.
In other news, vcs tem facebook (lógico, Bunny, todo mundo tem). Vou limpar uma das minhas contas fake pra deixar como "official" de Bunny, assim vcs podem me adicionar por lá sem ter q lidar com a cena q eu faço no meu oficial de Priscila.
Postado por Anna Bunny às 19:41 4 comentários
sexta-feira, 12 de julho de 2013
Spiraling down
Tem horas que odeio muito meu corpo. Tenho vontade de vomitar e nunca mais voltar a comer. Mas é difícil demais quando meu único conforto está na comida e na leitura. Se eu estiver fazendo uma das duas, coisas, consigo me manter sã. Em geral, se estiver lendo, esqueço de comer - e de dormir, e de fazer qualquer coisa. Mas não posso ficar lendo enquanto faço coisas de adulto funcional - levantar, pegar onibus, trabalhar - então fico comendo - sem fome, sem vontade, apenas pra que o tempo passe.
Fico cada vez mais fechada dentro de mim. Não sinto necessidade de falar com as pessoas se elas não falarem comigo. Aliás, nem que falem, não sinto vontade de responder. Parece que toda vez que faço um esforço em interagir com as pessoas elas nunca podem responder, então quando elas podem, eu perco a vontade. Mais que isso, perco o interesse. Da lista de coisas que só posso falar aqui: eu perco o interesse fácil nas pessoas. Eu simplesmente não me importo. Como se houvesse um interruptor. Eu posso te amar e me preocupar demais com vc e fazer qualquer coisa pra te compensar do fato de que sou uma merda de amiga. Então, de repente, vc deixa de ligar, ou faz algo q me deixa louca (tipo invalidar meu feminismo que é a ÚNICA coisa sobre mim que me orgulha) e o interruptor desliga e eu deixo de me importar at all. Só o que fico sentindo no lugar é mágoa. Mágoa mágoa mágoa. Tudo que era um presente dado com prazer se torna uma obrigação cumprida pra se tornar mais um item de ressentimento. E eu vou me afastando, silenciando, e muitas vezes as pessoas não percebem. E se percebem resolvem "respeitar minha decisão", pq não querem lidar. Mas se quisessem, acho que não haveria chance.Eu desisti, simplesmente. Eu fico tentando ter esperanças em relação ao meu livro, mas quando as coisas dão errado, eu penso "eu devia ter imaginado. Eu mereço isso. Mereço tudo de ruim que me aconteça e devia saber que não ia dar certo." Isso faz com que eu me feche mais fundo dentro da concha, sonhe menos, tente menos, me decepcione menos.
Postado por Anna Bunny às 19:51 1 comentários
Assinar:
Postagens (Atom)