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sábado, 21 de maio de 2011

Rapture day? Hum, could be.

Eu não sei oq tá havendo, eu nunca me senti assim. Acho que começou quando me disseram, no trabalho, que as horas que eu faltaria pro curso na faculdade seriam descontadas. "É um assunto seu". Poxa, eu sei, mas oq custava? Fiquei me sentindo mal. Pq eu nunca faço nada errado. Sempre faço hora extra e nunca falto trabalho a não ser que esteja chorando sangue ou meu baço tenha se rompido.
Depois, na quarta passada, me atrasei (novidade) e fui pra aula mesmo assim. Afinal, o que é o pior que pode acontecer, não é mesmo? O que aconteceu: minha professora parou a aula pra me humilhar e se negou a me dar presença.
Desde então eu tenho vindo morro abaixo.
Eu não sei explicar esse sentimento de inadequação total. É como se, se eu tivesse alguma decência, eu devesse morrer pra poupar o mundo de olhar pra minha cara feia e gorda. Eu sei oq vc vão dizer, ou oq a maior parte das pessoas diz, mas não to querendo q me passem a mão na cabeça, só quero expressar exatamente oq eu sinto, e só posso fazer isso aqui.
PArece que eu faço todas as escolhas erradas. Acabo sempre acordando tarde demais, sempre com enxaqueca, e todo meu tempo livre q eu deveria usar pra dormir, estou jogando megacity. Porque? Porque é oq mais me ajuda a não pensar em droga nenhuma. Cumprir as metas do joguinho parece tão incrivelmente fácil comparado ao fracasso total de muitas das metas da minha vida.
Aliás, metas da minha vida atualmente: comer, dormir, passar por esse semestre inteira, me formar no fim do ano, conseguir fazer tudo isso trabalhando 9 hs por dia.
Ah, comprar um notebook novo e uma estante.
E livros e livros e livros.
Já sentiram que a sua vida toda está levando a um ciclo interminável de horror, desgraça e fracasso?
Eu as vezes acho que vou ficar que nem a mãe da Precious no filme.

Medi minha cintura hj, deu 74cm - e eu reclamava quando tinha 64cm. A gordura "debaixo do umbigo", que dizem q é a perigosa, tá em 89. Sim, minhas caras, OITENTA E NOVE. Já esteve em 70cm.
Meu peso tem variado entre 56 e 57, segundo a minha balança. Minha mãe disse que as de farmácia nunca estão certas e eu queria acreditar.

Té mais.

(Pra quem não ouviu falar, "Rapture day" seria o dia do arrebatamento. Segundo um grupo radical, os cálculos feitos por eles em cima da bíblia dizem que hoje Jesus desceria e levaria todos ao julgamento final. Quando sua melhor perspectiva é o dia do julgamento, é pq o mundo tá muito errado)

terça-feira, 17 de maio de 2011

Sem título

Perdi minhas palavras e minha boca;
minha voz.
Tudo se perdeu em você
e no vazio árido que você deixou.
E agora, pra onde eu vou?
A terra é seca como meus lábios
O ar é amargo como minha língua
Meu rosto salgado.
Te quero não querer
Te quero me querer
Me quero mais querer
Me quero não te querer.
Me deixe morrer ou me mate
Pelo menos o sangue pode me aquecer.
Um líquido, um último sinal de vida.
No deserto frio em que fiquei.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Old habits die hard

Por alguma razão, me vi lendo o post que escrevi em 23 de fevereiro. Aquelas sensações ainda são verdadeiras e me inundaram. Eu não falo mais nele porque não o amo mais, ou pelo menos, não tenho mais uma paixão adolescente maluca por ele. Mas claro, sempre o amarei de alguma forma, pelo menos a idéia que sempre fiz dele. E claro, como eu sempre disse, isso não é exatamente sobre ele, mas sobre mim, e oq há de errado comigo para que ele não em ame, mas falo nisso mais a frente.
Ao ler aquele post fui invadida por um desejo irrefreável de encaminhar tudo aquilo pra ele. Claro q nem falaria do blog, acho q ele pensa q eu "cresci" e desisti dos blogs. Mas ele pensa um monte de coisas que não são verdade sobre mim, e eu prefiro deixar ele acreditar que mudei e sou adulta agora.
I got to be a big girl now, and big girls don't cry.
Enfim, não mandei.
Disse a mim mesma que não faria bem nenhum. Ele se incomodaria, e eu não quero incomoda-lo.
Ou não.
Vejam que coisa absurda: não mandei pq não quero incomodá-lo e pq não incomodaria. Parte de mim diz que ele ficaria incomodado e que não devo fazer isso, pq quero q ele seja feliz. Outra parte me lembra que se ele se incomodasse comigo, ele não estaria há tanto tempo sem falar comigo (e quando fala, é por 2 segundos, e pq eu fui falar com ele). Eu realmente não conseguiria (admito) lidar com o fato de escrever coisas tão intensas e não receber resposta, e sei que não receberia. Thus, ele não se importa. Thus, isso doeria demais então é melhor num arriscar.
Eu tive um sonho com ele. Não sei quando foi, é um sonho q se repete, ou um devaneio que gravou na minha mente. Nesse sonho (ou devaneio), eu estou numa mesa de uma festa com ele - a festa de casamento dele. Só pra registro, até onde eu sei, ele só casou no sentido de "juntou", mas vai saber. Duvido q eu seria convidada pra oficialização, mas enfim.
Continuando, estavamos sentados em uma mesa nessa festa, conversando, melancólicos, não sei sobre o que. Parecia a festa do filme "O Casamento do Meu Melhor Amigo" (ironicamente - sempre q eu imagino o tal casamento, é o cenário que me vêm a cabeça). Eu estou com um vestido rosa meio violeta (naquele tom furtacor que quando bate a luz, fica azulado, sabem?). O modelo é igualzinho a um vestido que no jogo da Miss Bimbo. Meu cabelo tá preso em um coque com fios de cabelo displicentes soltos - que só em sonho mesmo, ficam bonitos e não espetados. Então começa a cantar "Don't forget me" da Macy Gray, e ele olha pra mim, dizendo que não conhece aquela música. E eu digo que eu que pedi pra tocar, pq ele me prometeu uma dança (detalhe: eu não sei dançar, muito menos música lenta). Então ele sorri e estende a mão, e a gente dança abraçados, e eu choro quietinha enquanto movo os lábios e sussurro no smoking dele "don't forget me, please don't forget me". Eu encaro a mancha de pó de arroz que meu rosto faz no peito dele por um minuto (embora pra isso acontecer eu teria q ser uns 10 centimetros, pelo menos, mais alta), então ele olha pra mim, e eu sussurro olhando pra ele "i know i'll think about you, i hope you think about me too". A gente dá um sorriso triste um pro outro e ele parece verdadeiramente triste por mim.
Geralmente acordo aí.
É engraçado como eu acalento essa imagem. Toda vez q ouço a música, esse sonho me vem a cabeça. Porque seria um fechamento - como se depois disso, eu pudesse nunca mais pensar no assunto.
Bah, mentira.
Os filmes sempre acabam assim. Mesmo que acabem mal, acabam bem. Em O Casamento do Meu Melhor Amigo, a Julia Roberts se fode (desculpem o spoiler se alguém não viu), mas ainda assim, ela acaba o filme "bem", sorrindo com seu outro amigo. Mas é uma mentira hollywoodiana. Verdade é naquela parte (olha o spoiler aí de novo) em que ela tá correndo atrás do carro do amigo que tá correndo atrás do carro da noiva. Daí o amigo gay pergunta "michael está atrás dela?" e ela "Sim!" então "E você está atrás dele?" "Sim!" "E quem está atrás de você?" "Ninguém!" então ele diz "Essa é a resposta, ninguém está atrás de você, é ela que ele quer e ponto final!". E é essa a verdade: Ninguém está atrás de mim. Ponto final.
Vejam bem, eu não me incomodo especificamente com a felicidade dos dois. Me incomoda que não seja eu no lugar dela. Me incomoda o porquê. Sou gorda demais? Baixa demais? Burra demais? Deprimida demais, emocional demais? Bingo. Todas as respostas acima. Mas claro que os últimos itens foram decisivos. Eu me cobro e me cobro e não consigo alcançar o patamar da lindinha, não posso mudar quem eu sou. Nem quero mudar mais doq já mudei.
Até pq, mesmo que eu mudasse agora - mais ainda - e me tornasse a Barbie reluzente que ele sempre quis e nunca percebeu, seria tarde demais. Pq eu seria uma Barbie paraguaia modificada enquanto ela é uma mattel original.
Talvez se eu realmente me esforçasse, eu tenho lá meus trunfos. Tipo ser 15 anos mais nova. Qual é, digam oq quiser, isso acaba contando.
Se pelo menos eu fosse magra, bonita, inteligente e principalmente, de bem com a vida.
Ah, e morasse a 600km daqui.
Vejam, o pior é que não o quero. Mas quero q ele me queira. Quero me convencer que não sou tão desprezivel assim, juro q quero, mas não dá pra acreditar nisso sem prova.
Enfim, meu psiquiatra disse que tenho q perder essa mania, q ngm é perfeito, q estou errada em pensar tão mal de mim e mimimi. Que oh, eu consegui entrar na federal, grandes coisas. Que no fundo eu sei q não é assim.
Bullshit. Eu sei que é assim. Me convença do contrário e eu juro q tomo jeito.
Também disse que eu tenho q aprender a "me adaptar ao ambiente". A.K.A. fingir que sou outra pessoa. Ele disse que não é a mesma coisa, que me adaptar é simplesmente não alardear q discordo. Só q se eu não colocar meu ponto de vista nas conversas, vou ter de mentir ou ficar quieta. E por isso odeio reuniões sociais. Não dá pra me adaptar a ambientes que eu não consigo frequentar. Não dá pra fingir que gosto de sentar em bares com gente semi conhecida discutindo porque diabos eu não tenho um namorado. Pq eu não faço sexo. E como eu sou esquisita, e como eu preciso de homem. Eu não vou mais engolir isso. Eu discordo. Então ou eu saio com as pessoas pra ouvir merda de boca calada, ou eu finjo que concordo - e não quero isso. Quero olhar e dizer "não me faz falta". E as pessoas ficam sem graça e me ignoram, pq aparentemente pensam que estou mentindo - afinal, onde já se viu mulher que não sente falta de um pinto, não é mesmo? - e se afastam. Então não me aproximo mais. Se pintos, maquiagem, games e esportes são os únicos assuntos disponíveis no mundo, me recuso a socializar. Sou uma pessoa tão desprezível pq tenho personalidade? Até pq, minha personalidade está bem oculta. As pessoas se incomodam e vão embora. Então não mostro mais quem sou.
Viu, todo mundo feliz. Inclusive ele, acreditando que mudei totalmente e nem lembro mais dele (se é que lembra q eu existo). Pra que mexer com o que tá quieto? Só pra desabafar dizer a ele como me sinto? Pra que né.
Eu nunca entendi muito bem essa minha necessidade de tagarelar e dizer as pessoas como me sinto, mas talvez se soubesse como acabar com isso, não precisava do blog. rs.
Beijos flores