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Keep Going!

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Quando a coisa mais excitante que acontece na sua semana é comer mc donalds, algo está errado. Quando a coisa mais prazerosa que acontece na sua semana é miar mcdonalds, alguma coisa está MUITO ERRADA.
Dias de vazio e medo, depressão. Tudo me deixa triste e me sentindo um lixo maior ainda. Foi-se o tempo em que eu tinha metas e planos, e, quando o único plano que te faz sair da cama é comer mc donalds e miar (tudo planejadamente), tem algo tão errado que vc já é hopeless.
Desculpem, não tenho muito o que contar. O pouco que acontece não me anima a viver, quanto mais a escrever.

(Imagem meramente ilustrativa)

sábado, 23 de abril de 2011

Planejamento Rapidinho

Coisas que minha mãe diz que preciso comprar:
- Talco pra chulé que eu não tenho;
- Inseticida;
- Antenas novas pras TVs que não assisto;
- Pomadas cicatrizantes;
- Pomadas que apagam cicatrizes.
Coisas que eu acho que tenho que comprar:
- Pó compacto;
- Blush;
- Delineador;
- Esfoliante;
- Hidratante;
- O dvd da Becky Bloom;
Coisas que realmente deveria (e/ou vou) comprar:
LIVROS.
(E uma estante onde coloca-los, porque sério, tem livros nas gavetas, nas comodas, nos armários. No chão não que é pecado.)

Só passei pra dar um oi e reafirmar que as tenho lido. Não tenho me pesado nem feito dieta, me sinto com 300kg (de verdade - assisti um episódio de House com um paciente com esse peso aproximado e sinto que exatamente daquele jeito. Exceto pela papada quíntupla.), mas ando as voltas com maquiagens doadas da caridade (a.k.a. minha amiga que casou há pouco) e figindo muito amor próprio com um batom nude e um ar blasé.

Por hoje é só crianças. Feliz Páscoa!
(Pra quem num contei, meu único ovo essa páscoa é um daqueles de 80g da americanas).
Beijos!
(Peguei o quadrinho lá no Mulher de 30)

sábado, 16 de abril de 2011

My name is Becky Bloom and I'm a Shopaholic.

A maior parte da vida, fui pobre. Pobre as vezes de faltar o que comer, mas nunca reclamei. Quando minha irmã fez 14 anos e arrumou o primeiro emprego, como aprendiz, fiquei assustada com a capacidade dela de gastar feito maluca. Jurei que nunca seria assim.
Mas vcs devem ter percebido, que esse é o tipo de coisa fácil de prometer quando vc não está na situação. Vejam vocês, minha irmã se afundou em dívidas entre os 16 e 20 e poucos - eu tinha entre 11 e 18, no máximo.
E aos 18 arrumei meu primeiro emprego.
E aos 18 conheci as livrarias.
E aos 18, conheci a internet.
Claro, eu conhecia tudo isso antes, tecnicamente, mas até então não tinha tido a experiência completa. Não tinha explorado a internet ao ponto de saber de séries e filmes e livros antes de eles chegarem ao Brasil, não tinha tido a experiência de esperar por um livro/filme/série e vê-lo chegar nas livrarias, lindo, novinho, com aquele cheiro de papel novo que permeia as livrarias.
Tb nunca tinha tido meu dinheiro, q me possibilitasse comprar tudo isso.
Em 2008 eu fiz 20 anos. Há algo em que se passar para a casa dos 20 q te faz sentir adulta. Te dá a ilusão de que tudo que vc faz, dali por diante, é adulto e maduro e deve ser feito por uma explicação perfeitamente lógica. Boa parte dos livros que tenho foram comprados com a desculpa - embora parecesse uma ótima razão na ocasião - de que eu trabalho muito e tenho que me dar de presente algo.
O engraçado é que quando sou obrigada a gastar, o dinheiro muda de valor. Os 30 reais do livro da minha matéria favorita do semestre pareceram muito, enquanto os 32 do ultimo livro chic lit que comprei pareceram bem razoáveis. Bom, razoáveis não, mas foi uma coisa meio que "fazer o que".
Vendo coisas aleatórias na internet, descobri que a personagem Hanna, de Pretty Little Liars, sofre de bulimia. Imediatamente quis saber tudo sobre a série, da qual já havia ouvido falar. Acordei no dia seguinte acreditando que precisava do livro.
Vejam bem, precisava. Prestem atenção no uso do verbo. Não queria ou desejava, precisava. Estava pronta a comprar a versão em inglês - que custava metade do preço - mas não estava disponível na loja. Me desesperei. Precisava levar o livro pra casa! Não ia ficar em paz se não começasse a ler naquele dia mesmo.
Estou terminando o livro e ontem tive outro ataque: PRECISAVA comprar os outros dois!
(Lembrando que a série tem na verdade oito livros, mas 5 deles ainda não saíram no brasil)
A moça na Saraiva me disse que conseguia 10% de desconto, o que ainda deixaria os livros em 58,5. Fiquei bem louca, quase conformada em esperar duas semanas pelo livro no submarino.
Ah, conformada o caralho. Voltei lá e enchi o saco até conseguir levar os dois por 55.25.
Duas meninas estavam no caminho do caixa e riram quando eu passei. Claro - eu suspirei com um alívio de quem havia tido o maior prazer da vida com aquela sacola na mão. Voltei parte do caminho literalmente abraçada à sacola, suspirando. Pouco depois o TOC me acometeu e os livros assumiram sua própria "identidade mágica" de algo que não deveria ser tocado, de ser ruim. E dessa vez com uma boa base pro pensamento neurótico - não devia MESMO ter comprado. Devia estar economizando pro meu notebook novo... pagando contas... sendo responsável, controlada e perfeitinha - ou o máximo que uma gorda esquisita e feia pode ser.

Ter vícios é uma merda. Aquele negócio que te deixa louca de repente, não pela vontade, mas pela NECESSIDADE de algo que te faz mal. Quando essa urgência surge, você não consegue parar pra pensar "o que vai acontecer se eu não ceder a essa necessidade?". Você precisa ceder. No final, o desejo - a necessidade - sempre vence.
E é um saco porque eu tento aplacar uma necessidade com outra pior. Muitas vezes quando sei q vou ter uma compulsão, ou sinto necessidade de gastar demais, eu me corto pra me acalmar. Troco uma necessidade ruim por uma pior ainda.
E é preciso ceder - antes que alguém me diga que preciso ser forte e blablabla. Eu tento, meninas. Acreditem, eu tento, de verdade. Mas não é um simples desejo, por isso uso aqui a palavra necessidade. Eu não consigo raciocinar. Eu, tão racional, tão madura, fico impotente. A necessidade me tolhe os movimentos, me tolda o raciocínio. Simplesmente, aquilo se torna demais, insuportável. Eu falo comigo mesma, aponto a mim mesma todas as razões pela qual aquilo é irracional, mas parece que meu eu viciado sufoca meu eu racional com um travesseiro. Começo a achar as razões mais esfarrapadas e estúpidas pra fazer o que quero, e não me sentir maluca. Mas a verdade é uma só - é uma necessidade tão doente, desesperada, que não ceder, parece incogitável (nem sei se essa palavra existe). Parece que se eu não ceder, vou enlouquecer, perder a cabeça, morrer. Não tem como não fazer aquilo. E depois de feito, a felicidade e satisfação duram dois minutos. Logo em seguida vem a culpa, o pensamento mágico, a tensão, o medo. A percepção de mais um prego no caixão, mais uma pá de terra pra fora da cova.
Eu quero ficar bem, juro. Mas nem sei por onde começar. Tô indo em psicologo, psiquiatra e o escambau, mas como posso explicar que quero me livrar dos vícios e não dos transtornos? Como explicar que me disponho a me livrar do TOC e das compulsões alimentares, única e exclusivamente pra um dia pesar 35kg?
(Sim, eu gostaria. Eu sou baixinha e isso não seria baixo demais. E mesmo q fosse, eu acho lindo.)
Todos os dias eu tenho horror da minha imagem no espelho. Comprar livros novos abre a possibilidade de, por alguns minutos esparsos do meu dia, entrar na vida de outra pessoa com uma vida bem mais interessante que a minha. E no caso atual, de Pretty Little Liars, de gente bem mais bonita que eu. Todos os dias de manhã encaro minhas banhas, encaro o ponteiro cada vez mais perto do 60kg na balança, e tenho q ouvir minha mãe dizer que estou magra. Tudo mentira. Eu sei melhor, o corpo é meu. E no entanto, só quando eu como - como de verdade, o que for mais calórico e em grande quantidade - é que me sinto um pouquinho mais livre, nos poucos minutos até sentir a comida bater no estomago.
Vou ficar por aqui. Odeio escrever textos sem conclusão clara, mas não tenho como concluir. Posso prometer mudar e tal, mas quem tem um vício sabe que força de vontade nem sempre é tudo - não quando você se torna seu pior inimigo, e ao mesmo tempo, a única pessoa que poderia te salvar.
É algo que tenho dito constantemente - a única pessoa que pode me tirar desse buraco é aquela com a qual não quero nada.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Gorda só faz gordice [again]

Tenho querido voltar desde q saí mas como eu disse, tá muita correria.
Primeiro quero pedir desculpas se fiz parecer que eu só queria ibope. Num é isso não. É que eu efetivamente achei que ngm lia. Não achei q alguém quisesse perder tempo com meu blog.
Segundo, não reparem se esse post não fizer muito sentido. Talvez meu TOC tenha atingido o ponto máximo, talvez as "drogas" tenham me deixado maluca, mas vou tentar mesmo assim explicar.
Ando neurótica. Ao extremo. Tenho a sensação que todos me odeiam, todos são hostis comigo. Isso só piora com o TOC, fazendo com que cada objeto assuma uma carga "mágica" de fazer as pessoas gostarem mais de mim ou não.
Pra piorar, uma garota começou a trabalhar comigo e eu não gosto dela. Ela é bonita, magra, etc. Os meninos aqui ficam babando por ela, mas esse não é exatamente o motivo da minha antipatia. Odeio ver como eles tratam ela com deferência extrema só pq ela é bonita. Mas principalmente, quando eu olho nos olhos dela me sinto mal, como se tivesse algo de ruim dentro dela. Pode ser mais um nível de neurose, mas não acho que seja. Eu costumo acertar com esse tipo de coisa a respeito das pessoas.
Então, sei lá....
Tenho comido tanto, ao nível de quase vomitar. Minha rotina é maluca demais pra eu conseguir comer mesmo nos horários estabelecidos. Dia desses almocei num desses restaurantes de buffet livre, pq nem sei quando foi a última vez que comi direito - uma refeição com arroz, feijão, carne, macarrão e nesse caso o complemento da polenta. E um prato, direitinho, sem repetir até quase vomitar, se bem que essa já pesou no estômago. Ontem no entranto comi subway, miojo, sanduíche, pizza, arroz com batata.
Recebi ontem e fui na c&a. Rola que minhas calças todas estão baixas demais, pq minha bunda requer uma área maior de tecido. Resultado: o tal cofrinho. Minha uníca calça que fica numa altura decente está com o zíper estragado.
Acontece também de a maioria das minhas blusinhas também estar pequena demais. Então, eu fico parecendo "gorda de vila" que é como algumas pessoas chamam em curitiba aquelas meninas pobres (de espírito) que usam calça mostrando o útero e uma blusinha apertada mostrando a barriga, fazendo uma gordurinha natural parecer a banha mais banhuda do mundo.
Fui lá e me deparei com a coleção da christina. Damn it. Esqueço que num posso ir nessas coleções especiais pq morro com o que não posso comprar. Levei então um bando de coisa pro provador que num ia comprar - incluindo um bandage dress e um shorts 38 que eu queria ver se me servia.
O shorts não passou da coxa, claro. Emperrou e se recusava a subir. Esperei que eu pudesse ao menos vestir sem conseguir fechar, mas não teve jeito.
E de repente pareceu que tudo, TUDO que se faz na c&a é pra quem veste 36 ou, no máximo, 38. Lembrando que o 38 da c&a té bem próximo do 36 e o 36 deles parece mais 34. Só sei que tudo ficava horrível. Tudo me fazia parecer uma gorda de vila sem noção.
Prvei tb um vestido - G - que é de umas coleções atrás. Era uma coleção girly, cheia de rendinhas e tecidos leves em tons de rosa chá. O vestido ficou solto, mas ainda marcando tudo. Mostrando o tamanho da minha bunda, de tudo, fazendo eu parecer mais desproporcional. Mas como era de 70 reais por 19,90, acabei levando.
Acho que já disse aqui q a pior coisa pra gente se sentir gorda é calcinha apertada. Tem mais duas coisas q na minha lista se equiparam - calça mostrando o cofrinho e espelho de provador. Tinha um tempo que não me sentia tão enorme.
Fui ao psiquiatra e contei quase tudo a ele, quase tudo que falo aqui, contei da fobia daquele bich nojento, da compulsão por comida, do quanto odeio meu corpo, dos tocs e pensamentos "mágicos" indesejados, da efedrina. Ele falou que se eu continuar tomando franol meu coração pára  e que até tem um remédio que faz o efeito do franol (de me manter acordada) e que ele pode me receitar, mas não tem na rede pública e custa 80 reais. Me recuso a pagar.
E sim, se vcs me perguntarem, pago 100 numa caixa de desobesi.
Minhas prioridades podem parecer invertidas, mas pra mim são bem claras.
Sei que se for pra dar um resumo rápido da minha vida nos últimos dias, a única coisa q se acrescenta em relação ao que eu falei aqui antes de dar chilique, foi que eu ganhei todo peso de volta. Como, como, como, estou com quase 60kg e estou achando bem dificil mudar. Embora, como eu disse, nada como um espelho de provador pra me fazer cair na real.
Eu ia postar a foto q tirei no provador com o pseudo bandage dress, mas to com preguiça pq meu cabo do celular tá uma m****.
Acho q fico por aqui. Tem estado uma correria tão grande que por mais que leia os blogs de vcs eu não consigo mais comentar. Vou tentar no fds, promise.
bjs