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segunda-feira, 14 de março de 2011

Random thoughts of monday (UPDATE)

Me sinto uma idiota quando frustro a mim mesma. Como já disse no post anterior, temos de aceitar que não há ngm em nosso caminho exceto nós mesmas.
Joguei fora o esforço de uma semana em um fim de semana.
Sempre faço isso. Porque desta vez me senti tão mal? Não sei explicar. Mas havia já tempos que não atingia os 60kg tão facilmente na balança, e minha barriga parece uma gravidez de uns cinco meses.
Juro.
Muita gente que não me conhece acha que esse peso nem é tão mal assim, mas tenham em mente que não chego a ter 1,60 de altura. Fora que sou uma negação com exercícios, e assim tudo se acumula na pança.
É muito difícil pra mim fazer o que tem de ser feito, e parece que ultimamente só piora, não sei porque. Porque comida parece ser meu único conforto quando tenho que enfrentar meus demônios. Ou principalmente, quando evito enfrentá-los a todo custo.
É difícil explicar o que acontece agora, porque nem eu mesma sei. Mas sinto que é algo que se passa dentro de mim que não quero saber, que não quero ver. De repente me sinto velha. Como aquelas tias solteironas de alguém, que ficaram gordas e feias e que mais ninguém quer por perto porque além de tudo são chatas, então ficam na casa da mãe, se odiando e enchendo o saco de cada parente que tenta ajudar.
(Só que os parentes, no caso, são meus amigos).
As vezes me olho no espelho e não me reconheço. Juro que as vezes penso que verei uma criança feiosa ali. Ou então, a supracitada tia-gorda-velha-encalhada. Mas mesmo quando olho pra mim mesma, não vejo muita coisa. Não é ódio nem nada. É nada. É meio que a sensação de "pfff, vc, outra vez?".
As vezes parece até que entrei num universo paralelo. É dificil explicar, como falei. MAs não tem a ver só com o eterno incomodo de não ter namorado. Não me faz falta na prática.
Tem um menino que gosta de mim, mas não devia. Ele mora do outro lado do país. Pq eu não gosto dele? Era mais fácil. Já gostei, mas passou rápido. Ele diz que me ama. Eu não acredito.
Veja, quando eu digo isso, não é que eu não acredite na pessoa. É só que não é possível. Eu acredito que ele acredita que me ama, mas eu sei que não é possível. Eu não sinto nada mais e começo a achar que é justamente porque ele gosta de mim. Se ele não gostasse, quem sabe. Eu gosto de sofrer, mesmo que não goste de gostar. (Confuso, sei.)
Tento não gostar, pra esclarecer.
Mas tudo que me faz mal, tudo que me é tóxico, estes não me saem da cabeça. Como um relógio descompassado.
ana, mia, lâmina, corte, R. Ana, mia, lâmina, corte, R.
E comida, comida, comida.
É um vício, obviamente. Não a comida em si, a coisa toda.
Veja, se eu penso em largar de mão e comer normalmente - ou mais, é pq naquele momento não estou neurótica. Mas devia pensar duas vezes, porque sei que aquilo, mais tarde, vai me deprimir. E não importa o quanto eu tente, vou me sentir atraída desesperadamente por tudo que é absurdamente calórico.
Que tofu o quê! Quero queijo de verdade! Gorduroso, derretendo!
E só de pensar isso me sinto angustiada.
Sou basicamente um ratinho. Não pela referência do queijo ali. Sou um rato preso num labirinto. E um rato meio tonto ou drogado, diga-se de passagem. Um rato que, não importa pra onde corra, só vê a parede. Mas um rato que continua se voltando, desesperado para todas as direções, porque é melhor, de fato, morrer tentando.
Só que o que está em jogo aqui não é a morte por falta de queijo, é o perigo de uma vida desagradável e vazia.
Se como me culpo, se não como só penso em comer. Como deve ser ter uma vida normal?
Eu nem sei exatamente sobre o que vim falar. Se não consigo me abrir pra mim mesma, não acho que consiga me abrir na internet. Mas eu precisava postar, tentar tirar a comida da cabeça, mas não tá dando certo.
Provavelmente vou escapar da comida no intervalo. Vou procurar um DVD que quero no "shopping dos ricos", e não tenho a menor intenção de comer lá (pq me sinto mal naquele shopping, como se todos estivessem reparando na minha cara de pobre). Daí vou estar esfomeada a noite e vou me obrigar a comer tofu.
É bom fazer planos, mesmo que você saiba que não vai cumpri-los pq é uma fraca. Minha força de vontade se dispersa no meu estômago, sempre.

UPDATE: Cambaleando/quase desmaiando de fome. Não comi nem um grão.
Que Saudades, Desordem Querida!

2 comentários:

Anna Williams disse...

Vou reler o seu post. Eu li um parágrafo e levantei pra pegar uma coisa pra minha filha na cozinha. Voltei, li mais um pouco e ela pediu pra ir ao banheiro... Depois ela pediu macã... Eu peguei o ''gist'', mas quero ler com calma porque como sempre eu me encontro no meio dos seus pensamentos. Aquilo que as pessoas podem achar confuso, quando você escreveu eu me pego falando pra mim mesma ''É exatamente isto que eu sinto''. Algumas coisas são bem diferentes e eu não entendo, mas aceito e respeito. Acho que é uma virtude aceitar e respeitar:-) Obrigada por postar textos assim. Eu as vezes espero os posts chegarem. Vou na minha lista e vejo se você já escreveu. Hoje eu comi uns biscoitos integrais de aveia que tem 28 calorias só... Horríveis... Mas me forcei a comer porque a vontade era de comer um saco de jujubas...afff

Raposita disse...

olha... eu sei o dificil que é ter compulsão... eu também passei por aí e sei que é complicado largar... é como uma droga... é isso, a sensação é mesmo o de um rato de laboratório insignificante e drogado... sabes um coisa que acho que aprendi? a compulsão surge quando te privas de uma alimentação correcta. O queijo não é assim tão mau. tenta fazer 5 - 6 refeições por dia de tenta comer de tudo... eu sei que é dificil, mas às vezes antes de se atingir um objectivo deve-se aprender algumas regras... as tuas regras são muito rigidas... percebes?
obrigada pelo comment
beijinhos