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Keep Going!

segunda-feira, 28 de março de 2011

break #2233556

Vou largar de postar um tempo. Em vez de dar uma desculpa elaborada, vou bater a real: a falta de comentários e visitas me leva a crer que vcs tem mais oq fazer. Eu sei q tem gente q lê e não comenta, pq eu pessoalmente faço isso, mas enfim.
"Mas se vc acha que ngm lê, pq tá postando?"
Não é bem assim. Eu não quero ficar de mimimi, mas como eu acho que tem quem leia e não comente (tipo a safi e a ana paula, que já me disseram, mas deve ter outras), acho bom dar uma explicação. É que eu amo escrever aqui, mas meu tempo anda curto.
E eu estou desanimada como fazia tempo que não estava. Tem coisas demais na minha cabeça, coisas que mal ouso por em palavras e outras que não consigo resumir. Então vou dar um tempo daqui, me ocupar com o que me ocupa mais nos ultimos tempos e tentar resolver essa bagunça na minha cabeça. Se bem que é o que tenho tentado nos últimos 23 anos.

For the records: final de semana de binge. Sorvete com leite condensado e outras coisas. De volta aos 59kg e alguma coisa. Trabalho, trabalho, trabalho, estudo, pouco sono e algum lazer. Sentindo falta dele como nunca - na verdade, como sempre nesses meus dias ruins, o que é desesperadamente. No escuro total. Me disseram que há luz no fim do túnel mas não sei onde.

Beijos e até mais.

sábado, 26 de março de 2011

Saldo de aniversário

Parabéns: Bia, D. (uau, fazia anos que ela não lembrava - viva o orkut), D. (ex-namorado virtual), K., G., Ana P., minha mãe.
Presentes: Nenhum.
Festa: Nenhuma.
Um dia normal no qual eu me senti mais desconfortável do que o usual, no final das contas. Um dia que eu passei esperando uma ligação que não veio, mas já não me decepcionou tanto assim. Um dia que eu passei pensando "23 anos, sem namorado, com mais de 50kg". Um dia que me permiti comer umas 500kcal a mais pq não tenho emagrecido mais, provavelmente por causa da falta de sono. Um dia que pedi pra sair mais cedo do trabalho sem muito motivo, que pretendia dormir mais cedo e não fui.
Bom, pelo menos já passou.

55kg há alguns dias. Comendo cerca de 500kcal, queimando mais de 1000kcal, mas ainda sem muito resultado.
Bjs

segunda-feira, 21 de março de 2011

Lonliness is a bitch

I often feel detached from reality, but last few days have been hell on this department. I always feel like crap, but, lately I feel like life can't get any shittier.
Yeah, and I know you'll barely understand my text.
Of course, I ended up on a binge. Well, not a binge. I can say that I ate like "normal" people do. My scale says I lost a little weight on the past week - i was eating 500kcal per day - and all the others say i didn't lost a pound.  I'm choosing to believe in the auspicious one.
But still is like i'm not here.
I work more than ever, but I feel is not enough - yet, i just wanna stay home and forget everything. I have a lot of extra working hours that i could take for free time, but I'm ashamed to ask for it. No matter how much i "deserve", technically. I feel like i shouldn't, never, to ask for my rights. It's like i don't have such thing.
A new girl is going to start to work here this week and i feel awful even before she comes. I saw her the other day and she is really pretty. Not my words - all boys fell for her. This makes me feel horrible.
Because it's like everyone is prettier than me. EVERYONE. I'm so disgusting that guys apparently don't see me as a girl, they talk about girls like i wasn't one. It's not just my mind. Boys talk about girls in front of girls like they were princesses, but they talk to other guys like they were pieces of meat. They talk about this girl to me like she was a piece of meat.
I feel like i could lock myself inside of me and never leave. I don't wanna think about weight, nor good looking, and also, i don't wanna think about work and university. I wanna spend days on bed, with lots of food and tv series downloaded on my notebook.
But in order to afford food and Internet, i have to work. So I work six days a week to enjoy the fruits of my labor only on Sundays.
Thank God for Sundays.
(Almost feeling like god, ya know? In the seventh day he rested.)

I have to feel alone in the crowd. Modernists would say that i suffer from the evil of modern ages - everything so new, so fast, late modernity, and people going further and further into themselves. As i've said before, everything that comes to the soul, nowadays is considered "soppy".
Loving, missing, suffering, it's not soppy, it's human. But being human became soppy too.
So, paraphrasing Poe, I'm the woman in the crowd. I'm totally alone, but i keep walking, without really seeing people, just pretending i'm not alone.
It's like a constant bleeding. I feel terribly alone, I wanna people to see it, but no one does. It's like to scream to your last breath and not to be heard.
But it's worse, because no one cares.
See, I don't blame them. I wouldn't if i were them. To care, I mean. They tried to help, on their ways, but i couldn't take it.
I don't think i deserve, and they know it. So they gave up.
And how could i explain that Ilike to suffer, but only because I'm sure I deserve?
I always wanted someone to tell me that i didn't without me having to explain.
Here I go up to 9p.m. at work. No, I didn't ask for that extra free time i could ask.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Confessions [parte ???]

Queria postar há dias mas me falta tempo. Tempo, aliás, tá virando moeda de barganha. Eu durmo quatro horas por noite e só me sustento acordada  a base de Franol.
Quem me vê falar assim, aliás, pode pensar que eu estou viciada, que sou uma maluca viciada em drogas. Não sou, não uso franol por vício. Uso por necessidade. Alguma coisa tem que me manter acordada pq sozinha eu não consigo.
Estou enlouquecendo num nível assustador. As coisas que me estressam e eu não ponho pra fora - porque estou ocupada demais pra me preocupar - vão saindo pela culatra. Minha pele, que nem preciso dizer, está um nojo - um monte de feridas nada discretas pipocam não importa o quanto eu limpe a pele. MAs o pior é a mente.
Eu tenho TOC. Muita gente diz isso levianamente, então deixa eu explicar: TOC não é só aquela mania chata, tipo gente que não pode ver nada fora do lugar. Isso é uma mania chata, só. O TOC se caracteriza por uma ação repetitiva decorrente do que chamam de "pensamento mágico".
Estilo:
"Preciso apertar o interruptor da luz senão minha família vai morrer.Preciso apertar o interruptor da luz senão minha família vai morrer.Preciso apertar o interruptor da luz senão minha família vai morrer.Preciso apertar o interruptor da luz senão minha família vai morrer. Eles podem estar mortos.Preciso apertar o interruptor da luz senão minha família vai morrer."

Agora imagine esse pensamento+ação sei lá, 50 vezes seguidas.
O TOC é altamente paralisante. No meu caso, é uma voz na minha cabeça. Não é uma alucinação - que por sua vez, se caracteriza pela confusão com o real e o imaginado - porque eu sei bem que é bobagem. Mas eu fico ouvindo. E se eu não fizer o que ela diz, eu fico absurdamente angustiada.
Não se preocupem - ela não me diz "mate os petistas". (Petistas como exemplo. Não me diz pra matar ngm.)
São sempre coisas bobas, tipo "Se você vestir essa blusa vai ter um acidente hoje. E se vestir essa vai morrer. E se vestir essa sua mãe colocará fogo na casa."
Juro.
Vocês devem estar rindo, mas vcs não tem noção. É uma coisa tão forte, que é como se eu visse a "maldição" da coisa vindo, quando eu sei que ela não está lá. Eu acredito nessas coisas - de energia, eu quero dizer - mas sei que não é bem assim. Sei que se eu pegar o livro de cima da pilha na livraria meu braço não vai cair. Sei que se eu pegar o pacote de cookies que está bem em frente na prateleira do supermercado, uma maldição egípcia de 5.000 anos não vai se espalhar sobre minha vida ou sobre a cidade.
São só livros/cookies, porra!
E eu tenho isso DESDE QUE ME LEMBRO. Lembro de ter isso qdo era criança. Mas eu nunca quis dar trabalho, eu tinha vergonha. As vezes eu ficava "presa" nos móveis, pq sentia que algo terrível aconteceria se me mexesse. Dizia pra minha mãe que estava brincando. Isso acontece ainda hoje, toda manhã. Eu deixo as pessoas pensarem que sou preguiçosa e enrolada, que chego atrasada nos meus compromissos por que não sei ser pontual. Eu passo pelo menos metade da minha manhã em rituais compulsivos e angustiantes que ngm consegue entender. Nem eu.
E porque estou dizendo isso no blog em vez de dizer pro psicologo? Pq eu tenho medo. Eu não quero deixar minha vida de lado, não quero ser um peso, uma coisa inutil jogada num hospital psiquiatrico público, cercada de gente num nivel muito pior de insanidade - porque eu não perdi a razão, dado que sei que aquilo não é real - gente abandonada, gente agressiva por falta de atenção ( provavelmente, sendo abusada). Sem trabalhar, sem estudar, sem produzir e sem aprender, sem nada que me impeça de me focar nos pensamentos ruins.
Aí sim que vou perder a razão.
Eu não sou louca. Odeio ser tratada como tal. Porque louco, dizem, é aquele que perdeu a razão, perdeu a noção de realidade e de eu. Eu sou racional e sei que lido com certas coisas melhor que muita gente.
Eu tenho uma doença, que não se reflete no corpo. Isso não quer dizer que eu tenha um tipo de retardamento mental. Meu QI é bem altinho, mesmo que não sendo muito esperta nem muito inteligente, sei que meu raciocínio lógico não está prejudicado.
Não quero mudar esse status. Não quero sofrer (mais) preconceito pelo meu estado mental. Minha vida está uma merda, uma loucura total. Sair da sociedade não vai resolver o problema, não pra mim, só vai piorar. Só vai melhorar pra sociedade que "recolhe o lixo" dentro de sanatórios. Porque é mais fácil não encarar os "malucos".
Senão vc tem que ver oq tem dentro de vc
Sem falar no meu medo de insetos. Sem falar mesmo.

A dieta está indo excepcionalmente bem. Desde terça estou comendo sanduíche de presunto e queijo no intervalo, um activia de manhã e uma vono a noite (embora na própria terça eu tenha comido feijão - tentação do inferno!).
Claro, tem tido uma coisinha ou outra fora, mas ontem não passei de 500kcal...
E perdi, se muito, 300g.
Tô puta. Tô com fome, to estressada, trabalhando feito uma louca, estudando como nunca antes, e gorda. Tô me sentindo um cocô. E ainda falo de autoestima.
Mas eu quero q as pessoas se amem, pq eu sei como é horrível não faze-lo.
Vou ficar por aqui pq ainda estou trabalhando. Meu fim de semana só começa depois das 18hs amanhã.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Random thoughts of monday (UPDATE)

Me sinto uma idiota quando frustro a mim mesma. Como já disse no post anterior, temos de aceitar que não há ngm em nosso caminho exceto nós mesmas.
Joguei fora o esforço de uma semana em um fim de semana.
Sempre faço isso. Porque desta vez me senti tão mal? Não sei explicar. Mas havia já tempos que não atingia os 60kg tão facilmente na balança, e minha barriga parece uma gravidez de uns cinco meses.
Juro.
Muita gente que não me conhece acha que esse peso nem é tão mal assim, mas tenham em mente que não chego a ter 1,60 de altura. Fora que sou uma negação com exercícios, e assim tudo se acumula na pança.
É muito difícil pra mim fazer o que tem de ser feito, e parece que ultimamente só piora, não sei porque. Porque comida parece ser meu único conforto quando tenho que enfrentar meus demônios. Ou principalmente, quando evito enfrentá-los a todo custo.
É difícil explicar o que acontece agora, porque nem eu mesma sei. Mas sinto que é algo que se passa dentro de mim que não quero saber, que não quero ver. De repente me sinto velha. Como aquelas tias solteironas de alguém, que ficaram gordas e feias e que mais ninguém quer por perto porque além de tudo são chatas, então ficam na casa da mãe, se odiando e enchendo o saco de cada parente que tenta ajudar.
(Só que os parentes, no caso, são meus amigos).
As vezes me olho no espelho e não me reconheço. Juro que as vezes penso que verei uma criança feiosa ali. Ou então, a supracitada tia-gorda-velha-encalhada. Mas mesmo quando olho pra mim mesma, não vejo muita coisa. Não é ódio nem nada. É nada. É meio que a sensação de "pfff, vc, outra vez?".
As vezes parece até que entrei num universo paralelo. É dificil explicar, como falei. MAs não tem a ver só com o eterno incomodo de não ter namorado. Não me faz falta na prática.
Tem um menino que gosta de mim, mas não devia. Ele mora do outro lado do país. Pq eu não gosto dele? Era mais fácil. Já gostei, mas passou rápido. Ele diz que me ama. Eu não acredito.
Veja, quando eu digo isso, não é que eu não acredite na pessoa. É só que não é possível. Eu acredito que ele acredita que me ama, mas eu sei que não é possível. Eu não sinto nada mais e começo a achar que é justamente porque ele gosta de mim. Se ele não gostasse, quem sabe. Eu gosto de sofrer, mesmo que não goste de gostar. (Confuso, sei.)
Tento não gostar, pra esclarecer.
Mas tudo que me faz mal, tudo que me é tóxico, estes não me saem da cabeça. Como um relógio descompassado.
ana, mia, lâmina, corte, R. Ana, mia, lâmina, corte, R.
E comida, comida, comida.
É um vício, obviamente. Não a comida em si, a coisa toda.
Veja, se eu penso em largar de mão e comer normalmente - ou mais, é pq naquele momento não estou neurótica. Mas devia pensar duas vezes, porque sei que aquilo, mais tarde, vai me deprimir. E não importa o quanto eu tente, vou me sentir atraída desesperadamente por tudo que é absurdamente calórico.
Que tofu o quê! Quero queijo de verdade! Gorduroso, derretendo!
E só de pensar isso me sinto angustiada.
Sou basicamente um ratinho. Não pela referência do queijo ali. Sou um rato preso num labirinto. E um rato meio tonto ou drogado, diga-se de passagem. Um rato que, não importa pra onde corra, só vê a parede. Mas um rato que continua se voltando, desesperado para todas as direções, porque é melhor, de fato, morrer tentando.
Só que o que está em jogo aqui não é a morte por falta de queijo, é o perigo de uma vida desagradável e vazia.
Se como me culpo, se não como só penso em comer. Como deve ser ter uma vida normal?
Eu nem sei exatamente sobre o que vim falar. Se não consigo me abrir pra mim mesma, não acho que consiga me abrir na internet. Mas eu precisava postar, tentar tirar a comida da cabeça, mas não tá dando certo.
Provavelmente vou escapar da comida no intervalo. Vou procurar um DVD que quero no "shopping dos ricos", e não tenho a menor intenção de comer lá (pq me sinto mal naquele shopping, como se todos estivessem reparando na minha cara de pobre). Daí vou estar esfomeada a noite e vou me obrigar a comer tofu.
É bom fazer planos, mesmo que você saiba que não vai cumpri-los pq é uma fraca. Minha força de vontade se dispersa no meu estômago, sempre.

UPDATE: Cambaleando/quase desmaiando de fome. Não comi nem um grão.
Que Saudades, Desordem Querida!

quinta-feira, 10 de março de 2011

Try again. Fail again. Fail better.

Eu to pra escrever esse post desde ontem, mas tava hiper ocupada. Ainda estou, mas acontece que não consigo me focar em uma tarefa só por tempo demais. Então vou escrevendo.
O título do post é uma citação de Samuel Becket. A citação toda é:

"All of old. Nothing else ever. Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better."
 Que se traduz mais ou menos como:
"Tudo de velho. Nada mais, nunca. Sempre tentou. Sempre falhou. Não importa. Tente de novo. Falhe de novo. Falhe melhor."
(Eu acho que essa frase deve ser em primeira pessoa, mas como não tem uma primeira pessoa aí, vou deixar assim mesmo).
 O que me levou à uma série de frases sobre fracasso no wikiquote, entre as quais, uma da J.K. Rowling.
"It is impossible to live without failing at something, unless you live so cautiously that you might as well not have lived at all - in which case, you fail by default."
(É impossível viver sem falhar em algo, a menos que você viva com tanta cautela que você pode muito bem não ter vivido de verdade - caso no qual, você terá falhado por inadimplência.)

A Rowling é minha "idola", e não só pelos livros que escreveu. O talento é inegável (na minha opinião), mas eu a admiro como pessoa. Ela saiu de uma vida de merda (com o perdão da expressão), onde era mãe solteira, sem dinheiro pra nada num apartamentinho cheio de ratos pra uma vida milionária - mas principalmente, feliz. Dia desses vi um documentário sobre ela e mostrava ela fazendo um bolo pro aniversário do filho. O dinheiro é obviamente bem vindo sempre, mas ela é feliz e profissionalmente realizada. Ela não teve sorte. Bom, teve, mas o sucesso dela não é questão de sorte. É questão de talento. E principalmente, de perseverança.
E se ela tivesse desistido no primeiro não?
A saber, ela recebeu um bocado de nãos. Muitas editoras achavam que o livro, apesar de soar infantil, com o contexto do mundo mágico, era pesado demais para crianças, e aí, bobo demais para adultos. Crianças não entenderiam a complexidade dos personagens, e que adulto se interessaria? Sem contar o fato muito citado pelas editoras, então, de que a história se passava em um colégio interno e que isso sucitaria uma discussão sobre o politicamente correto. Eu até hoje não entendo o porque, mas ela ouviu um bocado disso.
Mas ela continuou tentando, levando o manuscrito para editoras, até achar uns coitados de uma editora independente - Bloomsbury - meio desconhecidos e não muito endinheirados, que aceitaram publicar o livro dela. O resto todo mundo sabe - aquele boom mundial que transformou a Bloomsbury numa das maiores editoras de que se ouviu falar e a Rowling na mulher mais rica da Grã-Bretanha (mais rica do que a rainha).
Pq eu to dizendo tudo isso? Pq ela tentou. Ela foi atrás do que acreditava e por mais clichÊ que isso soe, é a verdade: só assim ela podia ter esperança de alguma mudança.
Aliás, eu acho engraçado a sociedade que a gente vive. Dizer esse tipo de coisa é clichê. MAs volto a isso depois, ou em outro post.

"You only fail when you quit trying."
(Você só falha quando desiste de tentar.)
(Não sei bem de quem é a frase, mas achei uma referência a Jack Hyles.)
Ah, nesse ambito tem tb uma referencia a uma música do Superchick: "To fall is not to fail, you fail when you don't try" (Cair não é falhar, você falha ao não tentar).
Enfim, antes que eu me perca em frases similares, deixa eu voltar pro meu ponto:
Meu ponto é que eu desisto muito fácil. Se eu estou num LF de 300kcal e surto e como 500kcal, parece que o mundo acabou e que, afinal, já que jaquei devo comer 2000kcal duma vez. E não é bem assim.
A coisa é que, no fundo, eu não boto fé. Eu não acredito mesmo, que um dia eu consiga ter 40kg como eu quero. Mas eu continuo tentando. Aliás, "tentando", entre aspas mesmo, pq cada tombo resulta numa desistência, mais rápido do que você pode dizer "transtorno alimentar não especificado". Mas eu continuo subindo o morro, mesmo sem esperança de chegar no topo, porque se eu parar agora eu rolo morro abaixo.
Então por que é tão mais fácil desistir de uma vez? Pq, no fundo, eu espero que alguém pare esse trem pra mim (já que eu não sei como para-lo)?
 Vamos as palavras do grande Sábio Homer Simpson:

"You tried your best and failed miserably, the lesson is: "Never try"."
(Você tentou o seu melhor e falhou miseravelmente, a lição é: "Nunca tente".)

"I don't know, Marge. Trying is the first step toward failure."
(Sei lá, Marge. Tentar é o primeiro passo em direção ao fracasso.)


Essa é a verdade: Quando você tenta, você tem 50% de falhar. Sempre. O problema é que a gente sempre acha que esses 50% são 80, 90. Não são. No começo, pelo menos, de uma tentativa - a partir do momento em que você decide que precisa tomar uma atitude e resolve coloca-la em prática - a chance de falha e de acerto são exatamente iguais. O que determina uma desigualdade nessa porcentagem - para mais ou para menos de cada lado, grande ou pequena - é o esforço empregado na tentativa + a persistência em caso de falha. Por exemplo, se você começa o dia decidida a comer apenas 300kcal e acaba comendo 400kcal até a hora do almoço, sua chance de chegar ao objetivo final - emagrecer - caem pra, no máximo, 49%. Mas se vc pensa "whatever", e mete o foda-se, comendo tudo q vê pela frente para lamentar seu fracasso, porque acha que já não dá pra tentar seguir em frente, suas chances de atingir sua meta caem para 10%. Sim, eu acredito que persistência pesa mais que esforço. Porque enquanto você tenta, nem que seja um mínimo, existe chance de sucesso. Quando você desiste de tentar, não tem esforço empregado também, e portanto, se acabam as possibilidades de qualquer sucesso.
A não ser que você acredite que o Gênio da lâmpada vai aparecer e te tirar os quilos em segundos. Eu e a Ana Paula estavamos dizendo que afinal, era bem o que queríamos, mas esperar isso é o mesmo que parar de trabalhar para esperar ganhar na mega sena. Sem jogar, claro, jogar também é esforço empregado.
(Bem que eu queria esse Gênio. E ganhar na mega sena.)
Então, embora eu até acredite em milagres, o único caminho garantido pro sucesso é a falha. É a tentativa e erro. Aceite: Você vai falhar em algum momento. Todo mundo falha e são poucos os que acertam na primeira vez. A não ser que você tenha um TA faz duas semanas - ou não tem TA nenhum - em algum momento vc já jacou na dieta. Aliás, se vc não tem TA mas já fez dieta mais de uma vez, vc tb jacou. Falhar é inevitável. Se vc deixar isso te parar, então vc merece um troféu joinha e mais alguns quilos de gordura.
Sad but true.
Aliás, falando em milagres, se vc parar pra pensar, muitas vezes um milagre tb resulta de esforço - como aquelas pessoas que são soterradas em desabamentos e são encontradas vivas dias depois. Bebês recem-nascidos, por exemplo - você pode me dizer, "ah, mas um bebê não sabe o que quer! Como ele estaria se esforçando?" E eu tenho que dizer que ele sabe sim. Todo bebê encontrado sob escombros é encontrado berrando a plenos pulmões - pq a única coisa que ele sabe, mesmo que não saiba colocar em palavras ainda, é que quer viver. Pode chamar de instinto, mas o instinto nada mais é do que uma vontade primal e desesperada a que chamamos de necessidade. Nascida dessa necessidade, pode ser qualquer coisa - e se você quer tão desesperadamente, sua mente vai fazer seu corpo responder na mesma proporção. Se vc está embaixo de escombros, sua mente vai se recusar a deixar seu corpo perecer.
Pra algumas pessoas isso funciona melhor que pra outras, mas isso não tem a ver com força ou fraqueza. São respostas biológicas e psicológicas que variam. Por isso muitas vezes é tão dificil dizer não praquele pedaço de torta - porque te faz lembrar de alguém, o que causa uma carga emocional, porque seu corpo está debilitado pela fome e te faz desejar um doce (resposta física, já que o doce tem mais calorias e na hora da fome seu estômago reclama), ou simplesmente - e mais comumente, pelo menos pra mim - você tem uma resposta emocional porque sente que a comida pode te preencher de tudo aquilo que te falta na alma. Daí vem a compulsão.
A compulsão não é sua culpa. Mas a desistência é.
É fácil culpar fatores externos, ams a verdade é uma só: a partir do momento em que você diz "eu desisto", você está assumindo a responsabilidade pelo fracasso total. Se vc decide não comer, daí briga com o namorado e cai em compulsão, vc falhou. Mas nada te impede de tentar de novo - a não ser que vc tenha 38kg e uma ordem judicial te tirando o direito de decidir por si só o que comer. E ainda assim, vc pode lutar. A questão é que não importa quantas vezes você cai, mas quantas vezes você levanta pra tentar de novo.
Nada é tão ruim que não possa piorar. Se você perdeu só 100g, ótimo. Pare de pensar que poderia ter perdido 1kg. Pense que pelo menos perdeu algo. Se vc não perdeu nada, ótimo. Pelo menos você não ganhou nada. Se ganhou 1kg, ótimo também. Pelo menos não foram 2, 3 ou 10. Pare de ver o copo meio vazio. Veja que ele pelo menos está meio cheio.
Não estou dizendo pra se conformar. Aceite o fracasso. Vivemos numa sociedade em que falhar é feio, mas lembre o seguinte: o fracasso não pode te parar. O fracasso deve ser o motivo pra vc tentar de novo, com mais força, mais vontade, mais garra. Mesmo quando vc acha que não aguenta mais, vc aguenta sim. E é melhor morrer tentando do que viver seguro sem ter tentado.

No fim, esse post enorme é uma idéia só: Tentar e falhar é ok. Não tentar é o problema. E por tentativa e erro, uma hora a gente acerta. Mas nunca, jamais, deixe uma pedra no caminho virar uma montanha intransponível. A única pessoa que te impede de chegar onde você quer é você mesma. E mesmo que você não tenha o que quer, o que vai fazer a diferença no final é se você pelo menos tentou chegar lá.
********************
Se vc leu aqui:

Tô com 58.9kg. Melhor que ontem, aos 59.9kg.
Meus post its do Operation Beautiful tem sido vistos constantemente no lixo, mas hoje vi um na parede ao lado do elevador (ele tinha sido colocado no banheiro). E isso já me deixa feliz.
Agora que o ano começou "de verdade" vou ficar meio ausente aqui, e i'm sorry, mas vai ser mais dificil comentar nos blogs de vcs. Eu leio todos, mas não posso comentar no trabalho.
Anna Williams, apesar de não comentar tenho rezado muito pela sua filha, espero que ela esteja melhor.
Lola, eu leio todos os seus posts e me identifico terrivelmente, mas não sei oq passa q quando a gente se fala no msn eu sempre tenho q sair. Te adicionei no meu msn off, me aceita lá!

Bjs, flores!

quinta-feira, 3 de março de 2011

Meio certo ainda é um errado.

Na terça comecei meu horário novo. Como contei pra Ana Paula, tava me sentindo meio perdida. Tinha uma hora pra ir comer, e queria comer (pra não comer em casa), ams tava com a grana curta e meio desorientada nesse bairro (de ricos, como já mencionei) então acabei comprando um salgadinho e uma coca zero (¬¬) e andando por aí q nem uma barata tonta. Cheguei em casa e comi dois - DOIS - pacotes de miojo. Tudo bem, primeiro dia, meio confuso mesmo.
Eu sou da política de comer porcaria assim q recebo, de uma vez. Pq senão, eu vou ficar com vontade disso ou daquilo, e vou acabar me entupindo de outras coisas pra suprir aquela vontade (q no fim eu sempre acabo cedendo). Então é melhor cortar o mal pela raiz.
Então, ontem, planejadamente eu fui no subway do shopping aqui perto (atrapalhada pela chuva) comer - e miar, obviamente. Eu sei que é burrice miar assim, programadamente (ou não, talvez muitas façam isso), mas é raro eu comer sem saber qdo vou miar. A última vez foi no dia do filme (Cisne Negro) que eu surtei e miei depois de mais de 2 meses (se bem q agora num sei se foi isso, ams enfim).
Fui, comi, miei, voltei. Fui pra casa, feliz por estar seguindo o plano (q como vcs lembram consiste em comer antes das seis pra não comer em casa). Até pq, to resfriada e com uma irritação na garganta, e tudo me deixa enjoada.
Daí fui lá e comi um cheeseburguer com coca em casa.
Linda, né?
Meu peso de manhã - diga-se de passagem, estava com medo de me pesar - foi 56,5 (depois de subir na balança cinco vezes com dois resultados diferentes desse - teve tb 56 e 57), mas acho que afinal o peso definitivo é 56,5kg. Na balança aqui de perto do trabalho seria 57,7. Eu sempre digo que eu acho q minha balança pesa de menos (mesmo descontando peso de roupas, pq eu sempre calculo imediatamente. A balança marcou 58,7, mas segundo meus cálculos, sem roupa teria marcado 57,7kg).
Em qual balança acreditar?
A que me faz pesar menos, me deixa feliz - e é de ponteiro, oq poderia indicar que é mais correta. A digital da farmácia, por outro lado, parece mais exata e mostra um peso mais parecido com o de outras balanças digitais por aí. Tem tb o fato de que na balança da farmácia, assim como em qualquer outra, eu sempre tenho de me pesar vestida (óbvio), enquanto que na de casa eu sempre me peso de calcinha. Chegarei hoje em casa e me peso vestida pra conferir (embora isso me assute um pouco). Se pesar menos de 58 e alguma coisa, vou assumir q o problema é com a minha balança.
Ah, tem tb o fato de que acho na verdade que minha balança é muito pequena e assim, minha bunda fica quase metade de fora da pesagem. Sério, eu tenho uma bunda enorme q deve pesar sozinha uns 10kg.
Ok, exagero, mas pesa alguma coisa.
Então tá, que mesmo na minha balança, o peso dos ultimos dias oscilou perigosamente em volta dos 58, e eu devia estar feliz, right?
Bom, eu fui muito idiota de ter comido. Poderia estar com 55 hj, ou quem sabe menos...
Cara, faz tempo que não sei oq é pesar menos de 55kg.
Saudade do tempo que eu achava terrível chegar perto dos 50!!!
Enfim, não sei dos planos pra hj. Juro q to pensando em mc donalds. Pelo menos depois, durante o mês não tenho desculpa pra bobagem.
Fora que comendo no shopping tenho o banheiro pra miar.
To me sentindo absurdamente cansada. Tenho um texto chato pra ler sobre modernismo pra amanhã. Tive aula com a professora que pediu esse texto na quarta, ela dá aula de literatura portuguesa (WTF? Pq eu preciso disso?) e vi, já de cara, que não vou me dar bem com ela. Não sei explicar, mas quando meu santo não bate, só de olhar pra pessoa, eu já sei que não vou gostar dela, e não há cristo que resolva.
Pra ajudar (se vcs quiserem me ver reclamar mais um pouco, se ainda tiverem paciencia), to resfriada, e daquele jeito chato, sabe? Dor de cabeça, no corpo, cansaço... acho q to com início de febre. Queria minha cama agora, mas to me forçando a não ceder a caprichos, a aguentar até sábado - quando vem o maldito carnaval, mas que eu vou poder descansar, dormir, tomar um anti gripal e ficar na cama vendo Dexter.
(Revendo. Triste de uma série com tão poucos episódios por temporada é q a gente fica desse jeito, sofrendo até a próxima temporada).
Mas por hj era só. Façam uma oração a Nossa Senhora da Dieta por mim, que ela ilumine minha cabeça e apague meu estômago, pra q eu consiga chegar em casa e não comer.
Té mais.

AAHHHH antes que eu esqueça: vai ficar mais difícil agora comentar nos blogs de vcs, mas juro que vou fazer o possível.

Bjs!