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Keep Going!

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Feliz ano novo, galere

Acho que eu devia fazer um post de fim de ano cheio de retrospectiva e blablabla, mas honestamente? Não to no gás.
Então, galerê, desejo um feliz ano-novo pra vcs e espero que em 2011 todo mundo alcance suas metas, de peso e de vida.

Beijinhos e Happy New Year!

UPDATE:
MENINAS, ATENÇÃO: Na hora de mudar de template me embananei com o html e acabei deletando sem querer a lista de blogs aqui do lado. Fui incluindo os links que lembrava ou que consegui encontrar, mas se alguma de vcs não estiver aqui, me avise que eu linko!
Bjs!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Ghosts from the past


A primeira coisa que fiz ao acordar - forçada, com um vizinho ouvindo um sertanejo do mais brega - foi pegar um pedaço de pavê. Eu não tinha certeza do pq eu me sentia mal. Então veio tudo na minha cabeça, de repente. O sonho que tive com ele, o sonho que tive em que eu estava internada num hospital psiquiatrico e por alguma razão, era forçada a ver o natal dele e da esposa.
Sei que algumas de vcs não creem nisso, mas foi muito real, e sinto que estive lá, de verdade. Não é a primeira vez que sonho com a casa dele, onde nunca estive. É sempre a mesma casa, a mesma vizinhança, e sei que é de verdade. As luzes de natal. Os porta retratos. Um deles eu vi fora do sonho, no facebook dele. Tudo terrivelmente real.
De modos que quando entrei no msn, eu estava tremendo, com o coração aos pulos. Só precisava falar com ele, sentir que ele estava aqui pra mim ainda, mas acho que foi pior.
Sempre sinto que desperdicei minha chance com ele. Mas eu nem sabia que tinha tido uma. Mas sinto isso agora e o tempo todo. Não sei que sentimento é esse que tenho por ele, mas vai fundo demais para aguentar.
Então me digam porque, por que diabos eu falei com ele sobre a esposa? Ele falou nela primeiro, e ele parece evitar falar nela. Acho que ele estava meio que me testando - eu sei que pareci uma louca quando falei que tinha tido um sonho ruim "em que estava num hospital psiquiatrico", porque foi o máximo q me permiti - mas ao mesmo tempo, acho que ele viu que eu estava me abrindo com ele, coisa que nunca mais me atrevi a fazer. Ele me tirou esse direito e não devolveu. De modos que não me abro com ele. Mas ali, ao faze-lo, acho que ele quis me testar, ver se eu aguentava não falar mal da esposa. E cumpri meu papel, joguei o jogo direitinho, pq, de verdade, não tenho nada contra ela, exceto a sensação de que ela roubou a vida que eu devia ter. Mas não é culpa dela.
Enfim, ali estava eu, falando que ele devia fugir com ela pra um lugar onde não tenha natal, á que ele não gosta muito da data. Ele disse que antigamente ficava melancólico com o natal e agora não mais, e eu entendi nas entrelinhas que depois de conhecer ela, não mais. Isso me doeu. Sou uma pessoa horrível, não? Pq até conhece-la, ele lamentava e sofria por alguem q perdeu, e agora ele está feliz... eu devia ficar feliz pela felicidade dele...
Ele parou de me responder, e eu sinto que ele sentiu um afastamento. Pq eu ainda sou meio louca, mais doq demonstro, e deixei ele ver. E tb mostrei que virei um legume sem sentimentos. E eu acho que ele entende que eu culpo ele. Não é por mal e não acho que ele fez por mal. Mas no final, tudo flui de volta pra ele. E eu to cansada, cansada demais de ser assombrada por fantasmas que a essa altura já não estão mais aqui. Todo mundo indo em frente, menos eu.
E todo mundo comemorando esse tal desse natal estúpido, todo mundo feliz com família amigos e principalmente, amores, e eu aqui, sozinha e gorda.
Sempre.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Rainy days and mondays.... again

(AVISO DE POST LONGO. Se vc estiver com preguiça de ler, e só quiser comentar "que legal/que chato/força amiga", vai fundo)

Acho que esse já foi o título de um post, mais de uma vez, rs. É que me identifico muito com essa música e especialmente este refrão da música dos Carpenters.
"Hanging around,
Nothing to do but frown,
Rainy days and mondays always get me down..."


Tem chovido cães e gatos em Curitiba. Sério, é o dilúvio gente. Choveu nos últimos dias, só nos últimos DOIS dias, a previsão de chuvas do mês todo. Minha irmã, que se mudou uns dias atrás, teve a mudança levada num caminhão com a carreta aberta, e hoje, dez dias depois, os cobertores dela ainda estão ensopados. Ela tem chorado muito e a casa onde ela mora agora não tem janelas. Todos estão se descabelando de pena, e eu tenho pena, mas não estou me incomodando. Minha irmã nunca foi minha amiga ou coisa do genero.
Aliás, meu tema desse gmail reflete o clima na cidade. Tem estado chuvoso a dias, toda vez q acesso, tem as pessoinhas no ponto de ônibus no meio da chuva.
(Quem não conhece os temas do Gmail, ignore essa informação).
Minha bolsa tem um laço. Não é um laço de verdade, é um pedaço de tecido moldado que parece um laço. O pedaço de tecido caiu e eu não vi. Fiquei sentida, chateada deprimida. Por conta de um pedaço de tecido - mais do que tenho ficado por conta das pessoas.
Isso é oq tem me chateado principalmente, mas já volto a esse ponto.
Outra coisa é que não me chamaram mais naquela escola onde eu iria dar aulas. Mandei um email hoje, mas só por pressão externa. Todo mundo quer que eu vá pra lá, mas honestamente? Eu não quero. A razão é muito simples: Em janeiro eu pego férias aqui. Parece uma razão besta, mas acreditem, pra mim tudo importa. E eu já disse, nunca quis ser professora. Quando eu tinha 6 anos eu queria, depois disso nunca mais. Aos 10 anos tive uma briga homérica com meu pai dizendo que preferia ser qualquer coisa menos professora, e não mudei minha posição: eu sei que não tenho psicológico pra isso. Mas como esse vai ser meu diploma - não por escolha de verdade, mas por uma combinação de fatores somadas a minha covardia e urgência em agradar todo mundo - eu sei que escolas de idiomas são minha última esperança. Me recuso a dar aula na rede pública, simplesmente me recuso. A situação da rede pública do Paraná está cada vez pior, mas a educação aqui continua sendo a melhor do país. Por que? Porque professores dedicados, que amam o que fazem - e não tem outra opção, as vezes - se desdobram em vinte pra dar aos alunos o que eles precisam. Mas eu não quero ficar na situação desses professores, não mesmo.

De volta a minha insensibilidade. Eu não tenho tido paz por causa disso, desde que descobri o quão insensível me tornei.
A ficha caiu de verdade naquele dia em que falei com ele. Estávamos falando de uma amiga em comum que é meio maluquinha mas é um amor. Ela se declara sociopata mas tem um coração de ouro (longa história). Então eu falei que, apesar de ela viajar na maionese constantemente, eu adoro ela, e ele disse algo como "sim, apesar de ela viver numa realidade alternativa bem diferente da nossa, ela é legal."
"Uma realidade (...) nossa." Foi o que me pegou. Desde quando eu e ele temos a mesma visão de mundo, de vida? Nós nunca tivemos, essa era uma das razões de tantas brigas... ah, mas a gente não briga mais, a gente mal se fala. E quando se fala, não briga, nunca mais. A última vez que discutimos foi por email, mais de um ano atrás, quando eu li o email que ele mandou pra T., uma amiga em comum (aquela que conheci por acaso e descobri q teve algo com ele depois). Ele ficou putinho de os emails pessoais dele estarem rodando por aí, e eu fiquei putinha pq era um email pessoal da T., e ela quis me mostrar, fim. E se ele acha que eu o pintei como um monstro pras minhas amigas, queria saber como foi q ele me pintou pra ela naquele email. Como um anjo é que não foi. "Sei que vc conhece a 'Bunny' e imagino que ela deve ter falado horrores de mim."
Tá, senta lá R..
Mas enfim, isso não vem ao caso. O que me surpreendeu - confesso, assustou - foi ele achar que sou igual a ele. Não estou com isso dizendo que ele é uma pessoa ruim, mas ele é uma pessoa normal. Ele é diferente de mim. E eu sempre me orgulhei de ser diferente.
Bom, não é exatamente orgulho. O que acontece é que sei que sou mais que diferente - sou esquisita. Então sempre me esforcei pra acreditar que minah esquisitice era especial. Por isso comecei a acreditar no sobrenatural - pra acreditar que minha esquisitice era efeito colateral de um dom. Não sei se é ou não. Mas ele me convenceu quando disse que todo mundo que acha que vê gente morta é doido, ou charlatão (mas me irritei ao ouvir o meu psiquiatra dizer isso). Não, não acho que sejam charlatões, todos. Mas acho que eu sou maluca. Acho q disfarcei meu problema mental de dom.
Voltando ao assunto, eu tinha crenças. Eu tinha sentimentos. Eu me dóia de horror pelo mundo todo, muito mais do que por mim.Eu tinha excessos demais - amor demais, cuidado demais. Ele me julgava idiota pelas minhas amizades, e deve ter julgado mais ainda quando eu perdoei muitas coisas. Mas não me parece grande coisa, pq eu prezava minhas amizades demais. Cada amigo - cada amiga, nesse mundinho aqui, inclusive - era tão especial pra mim como se fossem irmãos e irmãs de verdade. E eu entendia alguns excessos, pq eu os tinha tb - eu tb fazia a linha "mato quem faz meus amigos chorarem".
Ele ter achado que eu fazia parte do mundo dele me deixou "absurdada". Minha primeira reação foi negar  - eu certamente me pareço muito mais com nossa amiga louca que com ele! Mas será? Eu não estou chamando ela de maluca tb? Eu não me preocupo com oq as pessoas pensariam de mim se eu dissesse que acredito nas "maluquices" dela?
Acredito que acabei na coluna do meio. Eu não acredito mais, em nada. Não sinto mais nada. Toda emoção e o furor se foram. Me mandaram crescer, cresci, virei adulta, racional e não passional, e não achei graça. Mas tb não sou normal - há sempre aquele ar de esquisitice que me rodeia e me impede de ter uma vida normal, sem falar nos "probleminhas" na cabeça que afastam até que tinha se aproximado a principio.

"Me pediram para ter paciência
Falhei, Gritaram
'Cresça e apareça!'
Cresci, apareci e não vi nada
Aprendi o que era certo com a pessoa errada
(...)
Nada era como eu imaginava
Nem as pessoas que eu tanto amava
Mas e daí, se mesmo assim
Vou ver se tiro o melhor pra mim..."


Me sinto realmente sozinha. Realmente, realmente, sozinha, por mais que não esteja. Me sinto sozinha aqui dentro, e a percepção do que me tornei me fez ver esse vazio, que é ainda maior do que eu imaginava porque não tenho mais amor obsessivo, dietas malucas e crenças fanáticas pra preenche-lo. Nem dor eu tenho mais. Então quem sou eu? Se não sou feita de dor, de crença, de amor ou de dietas?
Acho que não sou nada mesmo. Ou pelo menos é assim que me sinto.

Garotada, eu me vou. Mas logo logo volto.
Os comentários de vcs são muito importantes pra mim, mesmo.
Prometo que juro que nas férias vou retribuir mais os comentários.

Beijos.
Stay Strong
Bunny


quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Last few days

Ponto alto de segunda: Uma criança de 2 anos de idade que largou da mão da avó na calçada mais movimentada do centro da cidade, e começou a fazer a dança do robô.
Ponto baixo de segunda: Vi minha ex-chefe encalhada e recalcada com um namorado lindo no shopping. Enquanto eu comia mc donalds.
Ponto alto de terça: A extração do dente foi mais fácil do que o imaginado, então em vez de 40 minutos sofrendo foram uns 15.
Ponto baixo de terça: a extração do dente ainda é um saco e eu não posso comer comidas duras ou quentes. Basicamente, to de saco cheio de tanto tomar sorvete.
Ponto alto de quarta: Me livrei de 3 das quatro matérias que estava fazendo e não tenho mais aulas.
Ponto baixo de quarta: A "uma" matéria que faltou, eu fiquei pra final por 1 ponto, que eu poderia ter tirado se tivesse lembrado de entregar um trabalhinho besta.

Não vou dizer que o saldo é ruim, mas agora estou deixando o cansaço me tomar. Nem consigo pensar em reprovar nessa matéria, mas estou com medo: não sei oq vai ser de mim se tiver q fazer mais uma vez.
A extração do dente foi tranquila. A dentista se surpreendeu com a facilidade pq, segundo ela, quando o dente está tão estragado por fora, se presume que a raiz do dente também está corroída, e se espera que, ao arrancar a parte do dente que está pra fora, a raiz vá se partinfo, o que faz com que a dentista tenha que "cavocar" a gengiva até tirar todos os pedaços do dente...Mas, surpreendentemente, no meu caso o dente só estava horrendo por fora - quando ela puxou, a raiz saiu inteira, intacta.
O que só me leva a crer em uma coisa:
thanks mia! NOT.
É a única explicação que tenho, pro dente ter quebrado e inflamado todo por fora mas não ter destruído a raiz. Por isso cheguei a pensar em pedir o dente extraído pra ela, tirar uma foto e postar aqui. E sempre que uma wannabe me perguntasse "me ensina a vomitar?" eu mostraria essa foto a ela, coisa que vcs poderiam fazer sempre que quisessem pra evitar gente besta. Mas achei muito nojento.
Tá meio dolorido, de modo que não posso me apoiar desse lado do rosto, só posso comer coisas frias e moles. Jantar arroz FRIO com ovo frio FRIO é dureza. Tentei comer um crepe de queijo e preseunto agora, mas não devia, pq mesmo a massa sendo super mole, o presunto tava duro.
Aí vcs se perguntam: "ué, pq não tomou sorvete?" Tomei. Tomei sorvete o tempo todo desde ontem pra aplacar minha fome, e me dei conta de que massas geladas cheias de corantes com gosto de chocolate ou creme não matam a fome. Então, digo algo que nunca pensei que fosse dizer: NÃO AGUENTO MAIS TOMAR SORVETE.
Começou a correria pros presentes de fim de ano e eu AINDA não sei o que dar pro gui. Pro G. (sobrinho mais velho) vou dar dinheiro e pro B. (sobrinho mais novo) não sei tb. Pra minha mãe uma agenda (nem sei se ela vai gostar) e só. Não compro presente pra mais ninguém. Até pq vou ficar pobre pobre de marré marré (essa musica é velha mas nunca me vi escrevendo essa expressão). Nem sei se vai sobrar algo pra gastar no final do mês, mas afinal, a culpa é toda minha com esse dente.
Meu computador, que andava funcionando legalzinho, pestiou de novo. E eu não posso forçar a tela pra ficar visivel, pq não posso fazer força.
E falando de dieta, quando passar o periodo de molho do dente, e o fim de ano, na verdade, pretendo fazer a dieta de atkins. Pessoal que faz RA, eu sei que não se deve cortar tão radicalmente uma parte importante da alimentação.. mas foda-se. Eu nunca liguei pra saúde mesmo, desde que os numeros na balança desçam tá beleza. Depois eu penso no resto.
Falando em R.A., falei com "ele" esses dias no msn, nem sei quando foi pra ser sincera. Me senti mal. Vi o quão parecida com ele estou ficando, e isso me faz infeliz pq isso é ele, não eu. Eu não sou assim, nunca quis mudar (só pra agrada-lo). Agora não tenho nem que eu era e nem quem ele é. Me sinto um grande nada mais uma vez.

Eu sei que esse post está desconexo mas é uma compilação de tudo q eu tinha pra falar nos ultimos dias. A imagem tb não tem a ver mas sei que todo mundo já viu e (quase) todo mundo concorda. Estou no trabalho tentando não ter um ataque de sono. Assim que der eu volto.
Bjs.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Passada ligeirinha

Sinto que estou ficando maluca de novo. As pessoas em geral devem achar q eu falo muito isso, mas conheço meus sintomas. Fico paranóica e com medo de reagir a qualquer coisa, vejo/ouço/sinto insetos em toda parte, se não cumprir meus rituais de TOC, entro em pânico. Se eu resolvo tomar uma decisão, por mais boba que seja, as vozes na minha cabeça começam a me atormentar. Sim, eu tenho vozes na minha cabeça. Eu sei que elas não são reais e só recentemente comecei a diferencia-las de algo sobrenatural. Mas ainda fico com medo de confundir vozes que guiam TOCs e intuição (sabe aquele sentimento intuitivo que te impede de pegar um ônibus que depois se acidenta, ou que te leva a pegar aquele pacote no mercado que vem com alguns gramas de biscoito a mais? Eu confundo isso com comportamentos compulsivos, pq se não fizer, é como se algo terrivel fosse acontecer).
Enfim, nem sei pq to falando tudo isso. Essas coisas sempre acontecem junto com uma saudade imensa "dele", mesmo quando tudo já passou a tempos - quase morro de saudade de poder falar com ele tarde da noite pra me acalmar nas coisas mais estúpidas. Sei que ele sabia que eu era maluca mas em geral parecia que ele não ligava.
Tanto faz agora.
Só passei aqui pq precisava por isso pra fora.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Ahhhh num morri

Credo, mais de uma semana sem postar, ugh. To ficando maluca com tantas coisas pra fazer, principalmente pq tenho um sério problema de déficit de atenção, então não consigo focar nos meus trabalhos e faze-los, como deveria: eu começo, paro, vejo um video, faço mais uma parte, vou jogar miss bimbo, faço, paro...
Vcs já devem ter percebido isso: eu posto em horário de trabalho pq não consigo ficar cinco minutos inteiros concentrada na mesma tarefa.
(Exclua-se aí joguinhos em flash, filmes - bons-  e livros - bons. São as poucas coisas que pegam minha atenção total, além dos meus devaneios)
Enfim, o caso é que o maldito plano de aula (maldito, não sei pq eu tive a idéia de fazer licenciatura. Mas tb, se não fosse assim, no bacharelado a essa altura estaria maldizendo minha monografia) está com a entrega adiada para dia 06/12. Quem acha que eu vou passar o próximo fim de semana em cima de  plano de aula se engana - passei os últimos dois e cancelei duas vezes com uma amiga. E não era sobre bater perna. Íamos ver Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1 e somos fãs, com orgulho, crescemos com os livros e vcs devem imaginar o quanto queremos ver esses filmes. [se estiver com preguiça de ler, pause aqui...]
Minha história com Harry Potter, aliás, merece menção: eu lia livros infantis até então. Aos 13 anos, mais ou menos, comecei a ler HP e me apaixonei. Por livros infantis entenda-se: de Pedro Bandeira à Maria Heloísa Penteado. São bons autores, claro, mas são infantis. Pedro Bandeira ainda serve pra adolescentes, mas só pq adolescentes não são fãs de leitura. Dê um "A Droga da Obediência" para um garoto de 14 anos e ele se dará por satisfeito. Mas eu tinha tido contato com outros livros, claro. Eu fiz minha primeira carteirinha de biblioteca aos 10 anos, quando abriu uma biblioteca à quinze minutos de casa e minha mãe se dispôs a me levar lá. Essa é uma das coisas que me faz pensar na minha mãe com gosto: ela foi quem me incentivou. Havia aprendido a ler com 04 anos mas só então eu podia ir lá e escolher o livro que quisesse. Depois, na biblioteca da escola, vez por outra eu pegava um livro que julgava parecer bom (sim, julgando o livro pela capa, que horror). Li "Clarissa" de Érico Veríssimo aos 11 anos e vcs podem imaginar, não tive a experiência total do livro. Não que não tivesse capacidade, mas na minha mente o livro parecia meio bobo. Faltava experiência ou tempo, eu acho.
Enfim, de volta a Harry Potter: por mais que tivesse tido contato com livros mais adultos, minha sensibilidade pra literatura ainda era meio bruta. Então eu lia os infantis e infanto-juvenis, e reli A Marca de Uma Lágrima dez mil vezes, acho, pq a personagem principal era tão depressiva quanto eu, ou quase. Por mais que amasse livros, eu não tinha encontrado um que me desse a combinação perfeita: que fosse inocente sem subestimar minha capacidade, que fosse gostoso de ler mas não bobo, que fosse divertido e fantasioso mas tivesse sensibilidade e realidade. Aí caiu an minha mão uma revista que minha mãe estava lendo - da biblioteca - falando sobre o mundo mágico de Rowling. No minuto em que minha professora trouxe a caixa de livros pra que escolhessemos, minha amiga - melhor na época, mas ainda amioga hoje - viu primeiro. Então na hora da educação física ela me disse "Peguei um tal de 'Harry Potter e a Câmara Secreta'... parece bem legal" e eu quase tive uma síncope. Do minuto que o livro passou das mãos dela pras minhas até hoje, minha visão de leitura e do papel da literatura na vida das pessoas mudou completamente.
Os filmes, obviamente, não chegam nem perto do poder exercido pelos livros, mas afinal, HP é HP e é quase uma missão ir ao cinema. Ver alguém interpretando as pessoas e ações que são tão reais pra mim em tinta e papel quanto algo pode ser no mundo "real", dá uma emoção diferente da maioria dos filmes. Outra coisa que ouvi, é que esse filme, diferente dos anteriores, tem uma preocupação maior em agradar os fãs de verdade e não só as pessoas q veem os filmes como qualquer outra peça de entretenimento. [... e volte aqui.]
Enfim, esse texto enorme pra dizer que eu deixei de ver um filme que me importa muito pra fazer um trabalho que acabou nem sendo visto hoje.
Então, ao longo dessa semana tenho de me virar pra fazer o plano de aula+unidade temática a ser trabalhada, que constituem o trabalho final dessa matéria, na qual PRECISO ser aprovada pra poder me formar no final do ano que vem. Hoje tenho de ir assistir uma aula naquela escola onde talvez eu trabalhe, e vou voltar tarde pra casa. Amanhã tenho que dar um jeito de fazer of trabalhos que preciso entregar na quarta e depois ainda os que preciso entregar na quinta (são os piores então é bom me preparar amanhã). Na quarta, como vcs devem inferir, eu tenho aula, ams na quinta é só entrega de trabalho. Na sexta tenho uma aula deslocada e no sábado só deus sabe. No fds farei os trabalhos q tiver que fazer (na medida do possivel) e na segunda é a ultima entrega. Na quarta da semana q vem tenho q ir fazer uma "auto avaliação da disciplina", o que significa que a professora quer se livrar de dar prova final pra gente, e então, provavelmente, estarei livre, até a prova final de literatura brasileira ( que eu não odeio, afinal, mas odeio essa matéria), e a prova provavelmente será entre os dias 13 e 17... aí to livre. AH, MEU DEUS, AÍ TO LIVRE!
"E a dieta, Bunny?".
Esse é um dos motivos de eu ter falado do meu schedule aqui, além de memoriza-lo, claro.(E além de estar beating around the bush pq é isso que eu faço). Pq eu só vou recomeçar a fazer dieta de verdade depois que acabar esse auê desse semestre, não tenho como recomeçar antes pq eu só comecei a descambar tudo por causa das loucuras do fim de semestre. Deadlines cada vez menores e número cada vez maior de trabalhos são iguais a? Exatamente, Bunny ficando cada vez mais gorda (mais um pouco e fazem uma Cassoulet de mim - haha. Tá, foi sem graça.). Estou variando entre 55 e 57 em geral, mas nos ultimos dias tem sido entre 57 e 58, mesmo. Antes de me dizerem que não to gorda, que to magra ou que "eu queria ter seu peso", lembrem-se que um T.A., por principio, é algo que está na nossa mente. Não é o peso real, mas como nos vemos e como isso se reflete na nossa relação com a comida, então sim, eu acho que estou obesa, mesmo que não ache ngm com peso maior que o meu obesa tb. Meus 58kg parecem 150 pra mim.
Enfim, depois de muita enrolação, beijo na bunda e até segunda (ou não).
Amo os comentários de vcs, e me perdoem por comentar tão pouco, que a barra tá braba pro meu lado aqui.
Bjos and stay strong.

PS1: Cassoulet é um prato francês que originalmente se faz com carne de coelho. As variações incluem pato e cordeiro, e já vi artigos dizendo que vai tudo junto. Mas eu não tenho certeza pq nunca comi e nem poretendo comer coelhinhos.
PS2: Uso as palavras "real" e "realidade" entre aspas pq acredito que a realidade é subjetiva. Pelo menos foi oq disse aquele filósofo que esqueci o nome.
PS3: Eu sabia que mais dia, menos dia, eu usava essa imagem! hehe

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Time

I keep telling myself, there's plenty of time. Time for living and working and loving and producing. Time to be loved.
She's 35, and just now she got a husband, a love. That guy, he was 65 when he wrote his first book, after retiring and the he won a Pulitzer.
But I'm not them.
E. is 20 years old and already won a prize for her publications. K. is 23 (?) and is happily married for a long time now.
And me....
Sometimes I think I'm waiting for someone to save me. Sometimes I'm sure of it. I never loved him, maybe, I'm sure I did. Goddess, who could cope with a mind like that? Neither can I.
The thing is, the more I wait, more I get sure that there's nothing to wait for. I know, I know, no editor will come to my home one day and say "excuse me, you are the writer of those wonderful short stories and poems? Have you ever thought about writing a novel? God, you're awesome. Write for my publishing house, please, I'm begging. Here's a three million dollar contract for your first book when you finish. But no rush, take your time, I know I can't rush art."
Ok, ok, what a trip, I know.
But I know that this is what I'm waiting for, or anything like that (doesn't have to be a three million contract, but some acknowledgement would be nice).
I'm waiting for a guy to look at me in the library and ask himself what I'm reading. To approach me. To come to the conclusion that I have to be the mother of his future children, because even though I look weird and talk little, although I have lots of scars and say stupid things when I'm nervous, I'm nice and kind and funny in my rare good days.
This is the point where normal people would say "Ok, but why don't you go pursuing your dreams? They won't knock on your door."
Well, I know that. I also know that I'm afraid to try and get disappointed. I don't think I'm a good writer, but I don't want a editor or professional writer or anyone to tell me that. I know I'll never find someone to love me (and for me to love back) but up to now I can claim that I'm not trying. And if I try and keep alone, I'll have no excuses for my lack of competence.
**************
I just got a call from a place where I applied for a teacher position. I'm scared and wanna cry. I know it sound stupid, but it's because I don't know what to do. If I pass on the interview, should I quit here? I've done this before and was horrible. The few times I tried to rebel, was hell (non-intentional rhyme). The first was on the Justice Court where I was morally harassed (I don't know if this expression exists, but anyway) and I thought that if I keep there one more day I would go crazy (er). I went thru two weeks of despair and my mom telling me how I should get a job faster (I never told her that I quited, I said I was dismissed). Then I got the job on the bookstore, and after Christmas times  - think about it: megastore+mall+rich bitches+Christmas/consumerism time = unhappy employees - then I decided to leave for an internship at the Account Court (???) but it failed, and I had to face my mom with the fact that I was unemployed  - Me, who sustain the house, who pay the bills. And she's the one who got mad. Sure, I can always count on her to make me feel worse.
A few days later - almost a month - I got a job here. My vacations on January are scheduled, and I realised that what I really don't like in here is the payment. At the same time, I know I need something to hold on for when I (hopefully) finish college. I'm not sure of what to do. I'm scared of changes, I'm scared of taking risks.
I'm afraid of living.
That's why I miss those days when all I cared about was calories. Or calories and him. I could deal with all the rest to finish sooner and then be able to think about it. And one may think that I was careless, much more than today, because as calories and R. took all my thoughts, I wouldn't be able to handle my work and academic life, but the truth is that I was much more focused. See, I was so obsessed that I wouldn't be bothered by anything else, so the rest was going fine. Now that I don't have him or my ED to hold on, my obsessions turned to everyday life and this is hell.
******************
Today I was planning to eat just breakfast (cookies and Coffee and milk). Then, at the Downtown I bought a McFlurry. I eat almost it all and gave the rest to a homeless guy who asked me. Anyway, I was thinking of purging.... so I couldn't be selfish. But I still felt a little pain in seeing the homeless going alway with my ice cream :(  When I was almost here, I providentially "forget" my commitment of not eating all the time when I'm not home and bought chips and a coke. Now I'm hungry again. As things can always get worse, I'm on my period, which makes me look even fatter than anyone could imagine.
Honestly, I don't think I can lose weight anymore. As I said in the beggining, There's a part of me that is waiting on a miracle that will never come. There's a part of me that waits to go to sleep and wake up the next day as a thinner meg cabot (younger too. She looks younger than she is, but I look old with 22. Can you imagine how I will look like when I'm 43? I don't want to). I wish I could be like Anna Williams when I turn to her age (sorry, I forgot. 37?) But the thing is, I don't wanna get 30, I wanna die sooner.

Ok, enough, I should be working. See you soon!

(Roxy, eu li seu post mas meu pc é problemático. Não comentei até o presente momento, mas assim q der comento, juro!)

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Curioser and Curioser!

Hoje está sendo um dia estranho.
Eu e a E. estamos no mesmo grupo para um trabalho de literatura. A E. é uma menina muito legal e excepcionalmente inteligente - eu sei que tenho a tendencia de achar todo mundo excepcionalmente inteligente e sempre mil vezes mais do que eu que não sou nem um pouco, mas ela é mesmo (aquele tipo de pessoa que está disposta a fazer quase uma tese de mestrado em cada trabalho proposto e lê textos teóricos por diversão). Ela disse que precisava falar comigo no meio da aula em que cheguei atrasada (mas como havia respondido chamada já não me preocupei muito). Fui lá pra ela me dizer que estava tão empolgada com a pesquisa do nosso trabalho (que eu mal comecei, apesar da apresentação ser na próxima quarta) que acabou acidentalmente incluindo minha parte no handout. Não que eu ligue, mas tenho que apresentar algo, então disse a ela que ficariamos com um handout só e eu falava aquela parte. Perguntei humildemente se podia usar as referencias dela pq não achei nenhuma (ou simplesmente, não procurei com o mesmo afinco que ela, talvez).
Daí apareceu a D., saindo da mesma sala, revoltada com um colega de turma que chegou superatrasado pra própria apresentação colocando as pessoas do seu grupo numa situação chata. A D. e a E. são bem amigas e eu, como vcs sabem....
Bom, eu sou a Carrie.
Daí que fiquei me sentindo uma intrusa na conversa das duas, mas eu realmente precisava falar com a E. Nunca gostei muito da D., principalmente pq uma vez ela foi grossa comigo e nem deve se lembrar, mas tb pq ela é tão inteligente quanto a E. e acho que sabe disso (o que faz ela me parecer meio arrogante). A E. por alguma razão, assim como a D. me chamaram pra ir sentar com elas em outro lugar pq ali a gente tava de pé do lado da porta e podia estar atrapalhando. Me chamaram pra sentar lá com elas e meio que me incluiram na conversa  (mais por educação, e isso eu sei pq falavam coisas paralelas mas olhavam pra mim como se eu soubesse do que estavam falando). Eu tb fiquei ali sentada como se participasse por educação - pq ngm nunca me inclui mesmo, mas demonstrar isso me faria parecer mais esquisita e doida ainda. Me senti esquisita, muito esquisita sentada ali - principalmente quando alguém falou que se cortou de angustia por causa da faculdade. Eu ri baixinho, dizendo que era por isso q tava sempre de mangas compridas, e a pergunta foi "mas teus problemas foram no ensino médio, não?" Eu disse que meus problemas foram a vida toda e continuam sendo, mas não disse com essa clareza pq estava envergonhada - esqueci de todas as vezes que ergui as mangas da blusa na sala ou mesmo fui de regata. Eu esqueço das minhas cicatrizes, muitas vezes, pq elas já são parte da minha auto-imagem. Eu esqueço que elas são algo anormal.
Pulamos todas de lá as 11hs, pq tinha gente saindo da aula e nossas bolsas estavam lá. Elas foram embora e eu fiquei pra falar com a professora, me sentindo até meio aliviada.
Aí vcs falam, ok, Bunny, vc é estranha. Sua vida toda vc foi colocada de lado e quando as pessoas falam com vc vc quer q elas não falem? E eu tenho q dizer q é isso tb. Eu não pude deixar de lado a lembrança de quando eu tinha uns 10 anos e minha mãe foi na novena com duas mulheres que tinham filhas da minha idade. As meninas eram amigas e uma delas disse pra mãe: "Mãe, será que na próxima novena eu não posso chamar a Bunny e a J. pra brincar lá em casa?" e as mãe riram e disseram algo que eu não me lembro. Fiquei feliz quando cheguei em casa por ter sido convidada pra brincar na casa da menina, q até onde eu sabia nem lembrava da minha existência. Minha mãe então olhou pra mim com um olhar que era meio de pena e meio de irritação e disse: "Bunny, preste atenção. Ela não gosta de vc. Ela te convidou por educação. Ela na verdade queria chamar só a J., mas como vc estava lá, ela não teve escolha."
Eu sei que algumas pessoas vão achar que ela foi cruel em me dizer isso, e por mais que tenha doído - e ainda dói, pra ser sincera, vcs devem ter reparado que eu nunca esqueci dos meus traumas de infância - ela me fez um grande bem em me dizer isso - assim eu comecei a aprender que eu não devia cair na conversa de que algumas pessoas me queriam por perto, as vezes era só pena, e assim me poupei de ser a chata de quem as pessoas tem pena e fica colada nos outros por falta de amigos. Bom, na maioria das vezes acho q percebo, espero.
Bom, mas mudando de saco pra mala, não foi só por isso que o dia foi estranho.
Estava vindo trabalhar na fissura dos ultimos dias que consiste basicamente em "meu-deus-preciso-comer-não-não-vou-comer-mas-se-for-algo-pequeno-e-se-eu-comer-demais-a-noite-claro-que-vou-comer-demais-nem-que-coma-agora-mas-só-um-doce-dane-se-vai-salgadinho-e-doce-e-refri-de-uma-vez" e acabei por comprar dois pães de mel aqui do lado do trabalho - um com recheio de beijinho e outro de brigadeiro. Cheguei, sentei comi e estou pensando na próxima refeição.
Eu devia ter ficado chocada com os 60kg mas fiquei mais chocada com os pães de mel. Pq tenho me lembrado de como eu fugia da comida incessantemente e agora pular uma refeição me parece absurdo.
Isso fez o dia parecer surreal.
Eu não vou fazer planos de emagrecimento pq sei q não consigo começar uma dieta do dia pra noite. Se eu to comendo tipo 3000kcal por dia e resolvo q só vou comer 200kcal amanhã vou me frustrar. Números pra mim só na balança, nunca tive muita habilidade de controla-los.
De modo que vou fazer o seguinte:
Vou começar cortando essas besteiras. Eu transformei o mantra do "mas só dessa vez pq to com vontade" numa regra gorda. Não vou comer fora das refeições - só de pensar parece que eu vou morrer mas já deu o tempo da gordice. Quando me acostumar diminuo o tamanho das refeições - baby steps.
Eu vou agora pq preciso ir pra casa - fazer uma refeição de verdade. Tentarei visita-las nesse fds.
Beijos!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

What a shitty day.

AVISO 1: Post com alto nível de reclamação.
AVISO 2: Flores, eu leio seus blogs, mas não posso comentar no trabalho e em casa fico com preguiça de logar no blogger. #prontofalei.

Claro que não deveria reclamar tanto tendo acordado há três horas atrás, mas isso é parte do problema.
Nos últimos dias tenho me sentido estranha. Irritada, mas mais que isso, desesperançada. Eu tenho consideração por vcs o suficiente pra ficar com dó de fazer vcs lerem tanta reclamação mas por outro lado, ngm é obrigado (lol).
Primeiro que meu notebook tá mais capenga que nunca. Eu queria levar ele na assistencia, juro que queria, mas sou perseguida pelo mesmo medo que me persegue há um ano em relação a isso: tenho medo de abrirem meu bebê e ficar pior doq tá. Tá ficando dificil pensar em situações piores, mas ainda assim, pode piorar e eu não quero arriscar. E tenho ido consultar preços e eles me dizem que tenho que deixar meu filho lá de um dia para o outro.
What? Uma noite sem meu bebê? Como assim?
Ele é capenga mas eu necessito dele.
Daí tem isso tb. Eu necessito mesmo. Eu tenho um monte de trabalhos pra fazer. Mas a verdade é que chego em casa, vejo minha minifazenda, minha Bimbo principal, minha Bimbo secundária, minha Bimbo francesa... meus sites do Reader e fim. As vezes vejo um joguinho ou outro em que tenho conta (não são poucos), e quando vou ver é meia noite, to morta de sono e nem comecei meus trabalhos. Estou sempre cansada, pq não paro de pensar noq tenho que fazer mas nunca faço, e quando estou no trabalho e acho q vou ter tempo, não tenho, pq a carga de trabalho que as vezes é quase nula anda pesada.
(E aí vcs se perguntam, tá fazendo o que postando, então, sua anta? Sei lá).
Sabe aquele dia em que as menores coisas podem te detonar? Eu tenho umas pequenas e umas grandes hoje. Eu tinha q ir pra aula de metodologia pra receber as instruções de como montar uma unidade didática e um plano de aula (embora eu não tenha entendido ainda a diferença, e por isso a professora pediu q não faltassemos) e nem tenho o tema ainda. Principalmente pq eu não sei oq posso trabalhar de gramática nos temas q pensei (já falei que sou uma negação em gramática de língua inglesa? Isso vcs podem perceber pelos meus posts). Cheguei no nível avançado muito mais no guessing e na intuição do que sabendo gramática de verdade, como a gente faz em português. Faltei a aula e por email é mais dificil pegar instruções do que ao vivo =/
Devia tb ter usado o horário vago q teria excepcionalmente hj pra pegar um comprovante pra renovar a carteirinha da biblioteca da faculdade (que eu odeio e nunca uso pq me sinto mal lá dentro e o tiozinho do balcão é mal-educado) pra pegar um livro pra um trabalho que tenho que apresentar semana que vem (que obviamente, não está pronto). Em seguida eu teria a aula desse trabalho q eu falei, e o único motivo de precisar estar nela é meu possivel excesso de faltas. Ah, e falar com alguém q tivesse ido na aula de metodologia, oq eu tb tava com vergonha de fazer (a não ser que fosse a B. , que sempre parece tão perdida quanto eu... ou não, mas pelo menos não me sinto tão inferior como quando falo com a J., que já morou no canadá e nem parece brasileira).
Mas o fato é que acordei as 07hs, oq significa q já estava atrasada, tomei café e cai na cama de novo. Uma parte do meu cérebro gritava "RESPONSABILIDADES!" mas eu tava com sono demais pra ouvir. Acordei as 10:20 de um salto, com aquele aperto de culpa na boca do estomago q já conheço bem, não dava tempo nem de ir só na biblioteca.
Daí fui lá, almocei, percebi o quando meu cabelo está armado (culpa desses dias de chuva) e o quanto minha pele parece irrecuperável (eu que me gabava da pele lisinha quando era adolescente). Eu devo ter um retardamento homonal mesmo.
E saí nesse dia chuvoso, feio, com ar de depressão. Me pesei e pela primeira vez em dias algo abalou minha beatitude total em relação a comida.
A balança marcou 60kg.
Tá que foi por um segundo antes de voltar aos 59,9 (grandes merdas) e que eu estou com blusa de moletom e tênis, pesos que eu sempre desconto. Foda-se, marcou 60, morri. E não consigo mais pensar nas fantásticas dietas que pretendo fazer pq já sei que não faço. Dia desses eu tava meio tonta de fome por causa do calor (talvez não fosse fome, talvez fosse só o calor) e estava com aquela sensação gostosa que só quem vive (ou já viveu) morrendo de fome conhece - uma zonzeira boa de quem está se sentindo limpa e leve. E ainda assim, fui comer, pq "se estou me sentindo assim devo comer". Percebi que infelizmente - pro meu horror - estou ficando igual todo mundo, ao resto das pessoas comuns, as quais eu julgava que só sabiam comer, que eu sempre pensei saber mais que elas, ser superior pq a comida estava se tornando secundária, ou mesmo presente pela ausência. Eu me sentia poderosa, mas não exatamente por não comer - pela sensação de que estava fazendo algo único, que sabia mais que a maioria das pessoas. O que fazia a maioria das pessoas correr pra rosquinha mais próxima me fazia sentar e admirar minha própria força.
Claro que agora eu corro pra rosquinha mais próxima.
Eu devia estar me descabelando por esse peso medonho, mas estou pensando que estou com fome. Vejam, não pretendo ceder ao meu peso (vcs não vão ver um blog sobre emagrecimento virar o blog da engorda) mas honestamente, estou cansada demais pra pensar tanto quanto deveria no assunto.
E de resto, chuva, calor, prazo cada vez menor e certeza cada vez maior de me ferrar.
Pelo menos depois do dia 20 de dezembro to livre. Cara, olha o que me faz ter esperança, mais de um mês. Claro que to contando aí a matéria que, com sorte, eu vou pra final. Então tirando esse "probleminha", depois do dia 04 to livre (e rezem pra que eu passe direto nas outras matérias! Rezem por mim! Não que eu mesma tenha alguma religiosidade sobrando).
Ok, chega de falar besteira. Depois, mais tarde, eu tomo vergonha na cara e insiro uma imagem de thinspo aqui.
Beijos no coração.

sábado, 6 de novembro de 2010

Nap attackzzzzzzzzzzzz...

Gente, que sábado lerdo!
Eu devia estar pesquisando aqui no trabalho enquanto faço uma tradução mas tá triste. Meus olhos tão querendo fechar.
Eu devia ter entrado as 10hs mas acabei entrando as 10:35. Devia então sair as 15:35 mas vou sair as 15hs, e repor depois - Mas agora só pode repor no máximo 15 minutos por dia, mais doq isso tem q ser autorizado pela supervisão.
Sei lá, vou repor dez minutos por dia. Se bem que nem sei se tenho horas em sobrando ainda.
Devia daí ir pra casa fazer meus trabalhos, mas vou no matsuri aqui na praça do japão, com o gui, pagar minha conta da vivo no shopping e ....sei lá.
Tão vendo q vou escrever três linhas nesse fim de semana né?
Tô preguiçosa mesmo. Sabem quando vc chega num nível de estresse tão grande que ou vc se acalma ou explode? Então, como não tenho o "dom" da auto-combustão (autocombustão ou auto-combustão? Me perdi na regra nova), vou só chill out, sabe? A tirinha que coloquei no post, Diz basicamente "Ninguém está realmente contando quantas vezes vc ferrou tudo. Então relaxa.". No meu caso estão contando - e isso se reflete nas minhas notas. Ainda assim, não posso evitar de relaxar.
Nem tenho muito oq falar no post de hj. Dizem que a tristeza e o vazio produzem a arte, e em geral eu discordo, ams no meu caso é assim. E no do Poe talvez fosse. E do Van Gogh.
Ok, vcs entenderam.
Sobre peso, melhor nem falar. O que acontece quando a gente relaxa no controle? Engorda! Relaxei em tudo, me peso dia sim, dia não, quando me peso é uma vez só no dia (quem conhece meu histórico sabe que eu me pesava pelo menos três vezes por dia, cada vez em uma balança diferente). Quando me peso me assusto, acho chato e... vou comer.
Não me deixa feliz, mas não consigo me importar muito tb.
Esses dias tava reparando que as meninas mais magras q eu vejo ( tipo, muuuuuuuuuuuuuito magras) tão sempre comendo. Sério, sempre q eu vejo uma thinspo na vida real, ela tá com algum produto alimentício na mão. Aí reparei outra coisa - ontem me dei conta de que esses produtos são sempre light/diet ou notavelmente de baixa caloria. Produtos de quem tá de dieta, mas pra elas não parece sofrido - barrinhas de cereal, bolachinha salgada dietética, refri zero, chá mate (aliás, parece q todo mundo nessa cidade anda com um copinho de Matte Leão menos eu).
Eu sei que eu tinha que comer menos e talz e me acostumar com isso mas nem ligo mais. Outra hora eu penso nisso.
Tem um zumbidinho na minha mente q me diz que vou me arrepender disso, sabe. De postergar coisas. Procrastination always makes us fuck ourselves. E daí né? Eu sei q daqui uns dias vou gritar OLMELDELS, QUANTA COISA PRA FAZER! E COMO TO GORDA! O QUE FAZEEEER" mas foda-se. Percebi que isso SEMPRE acontece, eu procrastinando ou não. Então q se dane né? Se é pra eu engordar, morrer de estudar, chorar e querer morrer no final das contas, que eu relaxe no meio do caminho.
Esse é um dos momentos em que lembro dele. "Pri, relaxa."
Era quase um mantra de tantas vezes q foi repetido.
Proud of me now, bro? I'm relaxed. Way over relaxed, but anyway.
Enfim, voltando.
Faltam agora uns 40 minutos ou menos pra eu ir embora e eu num fiz muita coisa. Fiquei a maior parte do tempo lendo o Crepúsculo que eu tenho em word. Tb fiquei vendo bobagens em sites aleatórios, traduzi uma página de um manual, fiz um Cq... pronto, olha quanta coisa pra quem achava que ia cair de cara na mesa e dormir a qualquer minuto.
Gente, vou ficar por aqui q senão não saio hoje.
Beijos!

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Whatever.

Então, depois de muito choro, decidi que vou lutar até o fim. Não pq ache q possa vencer. Acredito que sou burra demais pra sequer me formar e essa idéia de faculdade foi estúpida, em primeiro lugar.
Pra que lutar, então? Pq sou covarde demais. Não adianta, não consigo. Por mais necessária que a medida final se faça, não consigo. Fico pensando no momento em que minha mãe vai chegar em casa e me ver no chão ensanguentada.
Tomei três comprimidos de Franol e estou meio baratinada. Estou postando deitada pq quando sento fico tonta. Estou começando a considerar anfetaminas e qualquer coisa q me dê energia pra fazer mais do que procurr vídeos do Ignacio Serricchio.
A coisa é que: eu sei que não vou passar em literatura brasileira. Sei que provavelmente não vou me formar. Então não vou me descabelar pra fazer um ótimo trabalho e depois me decepciona ao tirar uma nota medíocre, pq o meu ótimo é medíocre demais p-ra uma universidade federal.
Claro q me mata por dentro, perceber que sou tão burra quanto pensei no inicio. Quando entrei na faculdade, foi pq acreditei nas pessoas que disseram que eu não era. As vezes cheguei a acreditar nas professoras que diziam que eu tinha um grande potencial só não sabia aproveita-lo. Mas eu to no meu limite pq é horrível perceber que aquele ensino médio de merda foi o melhor da minha vida. Ser a Carrie era o melhor que eu podia fazer.
Então eu cansei de me importar. Ngm está mais decepcionado comigo doq eu mesma estou. Vou fazer qualquer merda de qualquer jeito. Provavelmente vou reprovar em Literatura Inglesa tb e essa vai ser vergonhosa. MAs foda-se. Eu não ligo mais.
Eu ainda posso sofrer um trágico acidente que não vai deixar ngm se sentindo culpado.
Vou procurar um biquini, creio que vou pra praia no ano novo. Não ligo mais se vou parecer uma baleia de biquini. Não ligo mais pra nada. São todos culpados e todos tem que pagar, mas ngm merece mais sofrimento que eu.
Então, bring it on. Se for pra me foder, vou me foder de cabeça erguida e não dar motivo pra ngm dizer que eu não tentei, e quem sabe me deixem em paz com meus fracassos.
Ah, saudade do tempo que eu me achava demais por falar um inglês básico de merda.
Ser melhor que algumas pessoas em algumas coisas não me fez melhor em mais nada, não me fez ser quem eu devia ser.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Sou burra, burra, burra.


Sério.
Eu queria saber porque as pessoas insistem que eu não sou burra, que eu tenho pontencial e blablabla, quando é uma puta mentira. Tipo, é uma obrigação moral ou social não contar aos idiotas o quão idiotas são? Seria mais correto, assim eu não teria gasto recursos e tempo alheios entrando na faculdade pra começar. O ensino médio eu teria de terminar de qualquer jeito já q hj em dia precisa-se de ensino médio até pra vender sapatos. Mas é claro que eu nem queria estar viva, então, pq não tomar a saída fácil? Já deixei de acreditar em deus e céu, inferno e tudo o mais há muito tempo.
(Ah, isso ele levou e não dá pra pegar de volta. Pq ele tirou e os psiquiatras cimentaram o buraco que minha fé deixou, então não posso plantar uma nova no lugar)
Então, oq me prende? Covardia, que, ironicamente, é oq me faz continuar com todas as coisas que eu odeio. Trabalho, faculdade.
EU ODEIO POESIA BRASILEIRA (Exceto cecilia meirelles)
EU ODEIO JOÃO CABRAL DE MELO NETO
EU ODEIO NÃO PODER ODIAR TODOS ELES SEM UM BOM MOTIVO LITERÁRIO.

Eu to cansada de ser a filhinha da mamãe que não pode decepcionar ngm. Pq eu não vou passar nessa matéria, oq significa ter q faze-la ano q vem com outro professor, que é muito pior, oq siginifica que no ultimo semestre q tenho pra terminar essa droga não terminarei e estarei em 2012 ainda presa no mesmo ponto q estou há seis anos.
Fico dizendo a mim mesma que meus pais não tem dinheiro pra um funeral e eles vão culpar um ao outro ( devem, são ambos culpados, mesmo) e que meu sobrinho de 3 anos não vai entender pq a tia foi embora e meu sobrinho de 11 vai ficar traumatizado.
Mas eu sei que é mentira pq todos eles ficam bem melhor sem mim.
Tô cansada de chorar escondido, de ser adulta, de ser a esquisita pq não me drogo nem bebo, de todo mundo me dizendo que sou e quem devo ser pra arrumar um homem pq obviamente ngm consegue se apaixonar por mim do jeito q sou.
Novo jogo de estiletes, novos cortes. Há tempos não me sentia tão no limite. As lágrimas saltam dos meus olhos em classe e por mais que eu precise me concentrar, ser a garotinha inteligente e esperta da mamãe, nunca foi tão dificil.Agora o que me resta? Me anestesiar com cortes por mais sei lá quanto tempo? Que mais? Ser a total freak onde quer q eu vá, ver as pessoas tentando fingir que não estou ali?
Eu quero gritar, eu quero morrer, eu quero ir embora, e aqui estou, presa, estacionada, engarrafada.
Tanto faz, eu não consigo dizer nada que faça sentido, ams aqui pelo menos eu posso dizer qualquer coisa sem ser julgada, padronizada, condenada.
Eu nunca devia ter deixado nada disso de lado.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

I'm not hungry.


Vou tentar postar rapidinho (haha). Franol e nada tá sendo quase a mesma coisa pq eu nunca senti fome, mesmo, é algo raro. O que me mata é a gula. E o mal-estar e enjoo que tenho com franol não são suficientes pra me impedir de comer e comer e comer... Ontem comi numa lanchonete q tem uma sfiha monstra, e pela primeira vez em muitos anos q vou lá não vomitei depois. Paguei o preço com um enjoo filho da puta.
Tenho uma vontade de chorar estranha e constante. Quase não penso nele, mas tb quando penso, sinto aquela pontada ao lembrar das piadas que faziamos sobre ir a Argentina um dia. Claro que ele nunca planejou ir pra lá comigo exceto de brincadeira (posso matar um argentino, pri?) Mas obviamente eu planejei. E me dói.
Ele está se parecendo fisicamente, cada dia mais com um tio meu que odeio - um playboy chato e passado do ponto. E nem assim o vejo tão mal quanto deveria, e ainda assim ele acha que eu o considero um monstro.
Eu nunca fui capaz de odiar mesmo alguém por mais de dez minutos.
É ele quem me considera um monstro e não percebe.
Eu não sinto ciúme ou amor, eu só sinto mágoa, tristeza. Saudade. Mas não espero mais ele voltar, nunca mais. Sei que nunca mais ele vai me aturar como fazia. Ele nunca mais vai me ver como me via.
Estou falando dele agora, mas quase não penso mais nele. Quando o faço, fico melancólica.
E quero sair de onde trabalho. Quero ir embora, não quero mais trabalhar lá. Nem em lugar nenhum. Quero me esconder do mundo, fugir. Morrer é um termo forte. Quero dormir, pra sempre.
Não penso em comida, não penso nele. Minha mente anda oca. Não tenho fome, nem saudade (quase nada), só sono, mas não durmo. Tenho trabalhos acadêmicos cheios de coisa pra fazer... e quero ir pra cama, ficar olhando pro teto, pensando em como baixar General Hospital pra ver aquele ator que mencionei (o papel dele em General Hospital, aliás, é meio tosqueira, mas quem liga?) e uns filmes que ele fez, todos independentes, dificeis de achar. É bom. Me distrai. E claro, sempre evitando qualquer coisa conectada com a realidade. Bom, muito bom.

Enfim.... vou ficar por aqui pq o vazio nunca deu bons textos, a não ser quando atinge a angústia. Pra ajudar, a Dilma tá na praça aqui ao lado da lan house onde estou. Não vou falar de política que não tem nada a ver com esse blog, mas MEU DEUS como essa gente grita!!!!!

Beijos no coração, depois vou visitá-las :)

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

After the break


Queria postar há semanas, mas não me animei. Começo a escrever os posts e me distraio e deixo pra lá. Sabe aquele cachorro de Up (?) que tá dizendo algo e de repente grita "Esquilo!" ? Então, sou eu.
As eleições não foram, aquele terror. Pior é aguentar um povo maluco e mal informado discutindo política. Suponho q seja uma evolução num país onde, até um tempo atrás, um político era medido por quantas crianças ele beijava em camapnha. Hoje ele é medido por quanto rouba (menos roubo, melhor político). E segundo turno é demonstração de que algumas pessoas pensam antes de votar, então estou tentando ser positiva. Até ignoro solenemente a briga ridicula entre Dilma e Serra, onde ngm mais apresenta ARGUMENTOS e sim trocam farpas. Mas esse é o Brasil, fazer o que. Quem sabe em 30, 40 anos sejamos um país melhor.
Despite that, vou seguindo. O franol não tem feito muito efeito, pq ele tira a fome e meu problema é gula. Mas só engordei dois kg no feriado, quando em geral engordo, sem exagero, uns quatro. Mas de volta ao mundo dos mortais pobres que trabalham e estudam, sigo a não comer por estes dias (espero).
Falando no feriado....
Eu deveria trabalhar na segunda, mas tinha duas folgas em haver por causa de eleição e tirei uma delas. Not such a good idea. Fiquei sabendo na sexta (ou quinta, sei lá) da viagem que o dito cujo faria no feriado. Facebook taí pra isso né. Pra deixar gente maluca como eu mais maluca ainda.
Mas eu não fiquei. Não perguntem como, pq é ainda mais embaraçoso. Digamos apenas que cismei com um ator não tão famoso e procurar informações na internet ocupou minha cabeça o feriado todo - o suficiente pra não me deixar perder a cabeça quando vi as fotos "dele" na viagem recem postadas no Facebook.Estava ocupada demais dando uma de louca. Pq stalker de gente famosa (ainda que nem tão famosa) não é stalker, é fan.
Daí que ontem eu vi uma msg do meu melhor/único amigo aqui, perguntando pq eu estava me distanciando e eu pensei, tipo "me distanciando? Eu?" Pq na minha mente ele estava se distanciando como todo mundo faz pq eu sou maluca. Escrevi um email gigante explicando isso pra ele, e tb explicando que só estou tentando ser menos chata. Então, ao parar de reclamar eu acho que fiquei sem assunto. Daí que fiquei chateada hj de manhã e menos não acordando no horário eu resolvi que não ia pra aula, pq não tava preparada pra ver pessoas e trabalhar em grupo falando de metodologia dos livros didáticos depois de quatro dias fissurada num gostoso ator latino na frente do computador. De qualquer modo, saí de casa antes da minha mãe acordar pq ela me deixa maluca quando eu não vou pra aula. Já no centro da cidade liguei pro meu amigo pra ver se ele não queria vir me encontrar, mas ele disse q ainda estava dormindo. Fiquei mais depressiva e chateada, pq tenho verdadeiro panico de estragar as coisas com a unica pessoa q me sobrou aqui.
Eis que aqui me encontro, vendo videos do tal ator. Fiquei meio maluca pq achei o ator no facebook. Comofas? "Add me, i'm your fan"? Me sinto meio estúpida nessa coisa toda.
Pq quando eu tinha uns 13 anos eu era fan maluca. (Desculpem escrever "fan" em vez de "fã", mas tem palavras que não consigo deixar em português que me soam mais estúpidas ainda) Mas anyway, deixei de ser tão maluca pelo cantor na época quando fiquei maluca por um colega de escola - comecei a stalkear. Depois q passou fiquei maluca obcecada com várias outras pessoas por curtos períodos de tempo, então fiquei obcecada em emagrecer e um tempo depois fiquei maluca por "Ele". Só que não tenho mais 13 anos e trocar minha obsessão pelo R. por uma obsessão por um ator hollywoodiano seria além de doente, ridiculo, embaraçoso.
Então por que estou dizendo tudo isso? Pq preciso sempre externar - esse sempre foi meu problema. Sou sempre pega pelas palavras, já dizia minha mãe que o peixe morre pela boca. Eu que o diga. No meu caso é pela boca e pelos dedos...
Mas por mais embaraçoso e ridiculo que seja, aparentemente eu não consigo deixar de stalkear alguém por muito tempo. E se significar que vou esquecer do R., posso trocar por QUEM QUER QUE SEJA, desde que eu pare de me rasgar por dentro ao ver as fotos dele com a esposa perfeita em sua vida normal e feliz.
Man, I'm such a mess. Queria poder explicar melhor como eu to me sentindo maluca e bagunçada, mas acho que dá pra perceber pelo texto desconexo e as idéias absurdas.
Fico por aqui. Prometo tentar ser mais ausente em vossos comentários pq por mais q eu leia os blogs sempre me enrolo pra comentar. Vou tentar postar melhor, mas não prometo, minha cabeça tá uma bagunça maior doq dá pra imaginar.

sábado, 2 de outubro de 2010

Explanation

Apaguei o post de ontem como eu já planejava fazer ao escreve-lo. Só precisava desabafar, precisava que alguém me ouvisse, e agradeço a paciência.
Peço que ignorem esses ataques...
Tô cansada de ter ataque, de stalkear a vida dele...
MAs eu não sei se sobra alguma coisa se cortar meus defeitos fora.
Tô em depressão de findi, menstruada e tenho as eleições amanhã.
Cheers.

Claro que eu devia comemorar as coisas boas da vida. Mas sei lá. Tô tão acostumada com as coisas ruins que as boas me soam esquisitas. Tento não dar muita atenção a elas, não pensar nas coisas boas ou falar delas, pq tenho medo de que desapareçam. Nunca fui boa nesse negócio de ter esperança. Tenho sempre medo de que a coisas boas tenham uma consistência de bolha de sabão e que se eu chegar muito perto, elas se desvaneçam.
Depois que passarem as eleições - ou seja, que eu parar de me torturar por ser obrigada a ficar mais de dez horas aturando essa hipocrisia de cidadania forçada, eu acho q esse meu mau humor e depressão velada passam. Prometo fazer um post decente então.
Bjs, obrigada por me ouvirem.

sábado, 25 de setembro de 2010

Franol and (un)happiness


Dia 21 eu esqueci do niver da Lovely no dia seguinte, então quando a vi no msn começamos a falar sobre efedrina. Ela me disse o nome de um outro remedio que não o franol, e como eu achava que franol tinha sido proibido, no dia seguinte procurei o tal remedio loucamente. Andei o centro da cidade todo pra descobrir que a farmácia perto da minha casa vende franol (que nunca foi proibido, mas a maioria das farmácias não recebe ele mais). Ia me jogar na caixa com 100 comprimidos, mas achei melhor uma cartela com 20, dividi com a minha irmã (que tb toma qualquer coisa pra perder peso.
Depois que eu comprei, minha mãe me disse que o outro componente da fórmula (teofilina) me fazia mal. Eu lembro da ocasião em que tomei, só não sabia que era esse remédio até ela me contar (eu era criança e quase morri com esse negócio). Mas resolvi tomar, pq não custava tentar e eu achei a dose bem baixa.
Os resultados até agora foram:
Dia 23 - Eu tomei um de manhã depois do café (que a bula dizia pra não tomar de estomago vazio). Tive uma vontade imensa de fazer xixi mas em geral me senti bem. Não senti fome e só jantei, ams comi bem menos do que costumo comer. Tive uma breve noticia "dele", embora não diretamente.
Dia 24 - Acidentalmente, acho que tomei dois (mas não me lembro, sério). Quase morri. Meu coração estava descontrolado, eu tremia, eu estava me sentindo meio zonza e precisava urgente de um banheiro. Ao longo do dia fui me sentindo melhor, mas ainda horrivelmente enjoada. Tive uma outra possivel noticia dele (vi uma atualização no orkut e comecei a fazer suposições.
Dia 25 - Tomei um só direito e nem me deu piriri. Tive outras noticias dele - fui atrás de saber e acabei vendo as fotos dele no facebook, quase todas, obviamente, em companhia da adorada esposa. Tive uma crise entre ficar olhando até me rasgar inteira por dentro ou sair correndo. Só que já passou por isso entende a atração que a dor exerce, a necessidade de absorver cada detalhe de cada imagem e ao mesmo tempo a sensação de que você vai perder a cabeça, vai começar a gritar e chorar e que você vai se quebrar ao meio...
Ok, não sei se alguém além de mim já sentiu isso.
Depois disso o dia degringolou. Voltei a chorar desesperadamente pelo mesmo motivo de sempre - me perguntando "pq ela e não eu" sem querer ouvir a resposta. Fiz meu power point pra uma aprensentação oral que devo fazer essa semana - sobre o tema que eu escolhi, "Como os Padrões de Beleza afetam a auto-estima das mulheres" o que somado aos pensamentos sobre ele tem me feito sentir a pessoa mais miserável do mundo hoje. Almocei "duas vezes", comi miojo e depois arroz e ovo apesar de não ter a minima fome. Talvez eu jante, não sei.

Prometo tentar passar em vossos blogs amanhã. Eu leio todas, mas geralmente no trabalho, então não posso comentar, e quando estou em casa estou sempre fazendo trabalhos da faculdade.

Eu não sei porque esse desespero tem me acometido, pq fico pensando nele e lamentando ele como se ele tivesse acabado de sair da minha vida, quando tecnicamente nunca esteve. Não depois que achou alguem que podia amar. Eu não quero pensar nisso, não quero me desesperar de novo. Eu deveria estar deprimida, ou pelo menos é o que o meu cérebro me diz, mas eu simplesmente não estou - acho que a efedrina que devia me deixar hiperativa está reagindo com a minha baixa serotonina. O resultado é que eu não sinto nada - nada mesmo, tipo nem feliz, nem triste, nem desanimo nem raiva, nem depressão, nem nada. Enquanto eu puder ficar assim é bom, enquanto eu puder fugir dos meus problemas e ignora-los, eu não vou sentir nada, e isso é bom - melor do que me despedaçar.
Claro que o certo seria enfrentar. Mas eu não aguento. E acreditem, minha primeira reação hoje foi tentar reagir, encarar, mudar. MAs nã dá.
Como eu posso me amar, com 58kg ou 40, se ele nunca pode, não importava quanto peso eu perdesse? Ele me provou que eu estava certa sobre mim mesma esse tempo todo, não mereço ser amada, mereço, principalmente, ser ignorada, esquecida.
Então por enquanto vou me ignorar e me esquecer.

Só pra constar, voltei pra faixa dos 55kg (graçadeus!)
Bjs!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Dieting Girl, Interrupted.

(Post escrito ontem.)

"Vou fazer o seguinte"
"O que?" (mau-humorado)
"Vou comer agora." (animada) "Daí amanhã eu começo, de verdade, de verdade mesmo, a fazer dieta."
(Silêncio)
"Você que sabe, a saúde é sua."
(Outro silêncio visivelmente indignado)
"Credo, amor! Você fala como se eu não quisesse... como se eu não ligasse, eu quero!'
"Tá, você que sabe."
-----------------------------------
Essa conversa aconteceu atrás de mim na fila do Mc Donalds (já explico). Eles continuaram, mas a moça do caixa perguntou meu pedido e eu deixei pra lá. Quando fui para o lado esperar minha bandeja e os dois foram pro caixa, olhei pra eles. O cara era o tipo normal - daqueles que tomam uma cerveja e vão a um churrasco uma ou duas vezes por mês sem se preocupar. A menina era linda, loira e bem vestida - e chutando, devia vestir 44. Talvez 46, mas eu duvido um pouco. Nunca fui boa em definir números, mas ela não era muito alta e por mais que fosse, certamente mais gorda que eu, não era obesa. A típica gordinha, normal. O tipo que a gente chama de gordinha pq ela realmente, não é gorda/obesa, mas está obviamente acima do peso.
Eu queria bater naquele cara, sério. Ainda mais quando vi que ela só pediu um café (eles tavam dando café de graça) enquanto ele pediu uma Mc Oferta inteira - quarteirão com queijo. Ainda notei uma discussão do tipo "Só um café? Pare com isso..." Enquanto ela, com aquela expressão triste e resignada que todas nós conhecemos "Pode registrar, moça, é só um café."
Pensei em várias coisas pra dizer. Fiquei triste por ela. Hoje me ocorreu que eu devia ter simulado uma conversa no telefone, dizendo "Oi, amiga. Tudo. Ah, não é que terminei com ele. Ah, ele disse que se eu engordasse ele me deixava, então deixei ele primeiro. Ninguém tem que me dizer o que comer." Mas mesmo pensando só hoje nisso, seria forçado. Queria honestamente me meter na conversa, mas eu sei o quanto é irritante gente que se mete onde não é chamada (fora que eu ia ouvir uma boa). Mas ainda estou chateada com a situação da menina.
Quem morreu e os fez reis? Esses que nos dizem o que comer? Não são os namorados, são todos, incluindo outras mulheres. Façam  um teste, na próxima vez que passarem por uma banca de revista.
Sério:
Parem e olhem nos displays, e depois dentro da banca.
Vejam quantas revistas voltadas para mulheres há, e quantas para homens. Nas revistas para mulheres, contem quantas são voltadas para "bem estar" feminino. Shape, Boa forma, Dieta Já, Sou +Eu, Viva mais, Corpo a Corpo. Contem também as revistas que não tem aquelas que não tem necessariamente uma manchete "PERCA 5KG EM UMA SEMANA! COMENDO DE TUDO!!" Considerem também revistas como Nova Cosmopolitan ou Ouse!, ou... sei lá, vcs entendem o tipo de revistas que eu quero dizer.
Todas as revistas que clamam ser "pela qualidade de vida da mulher". Que estampam modelos magérrimas e photoshopadas de biquíni na capa, que te incentivam a ser como elas, que te ensinam técnicas e mais técnicas sexuais e amorosas pra prender o seu homem ou atrair um. Yeah, isso é o que se espera de uma mulher hoje, não?
Agora contem quantas revistas nesse estilo existem para mulheres e quantas para homens.
Nesse estilo, eu digo. Nem precisa, só tem a Men's Health. Aí vcs vão dizer "não é a única revista masculina que existe" e eu tenho de dizer, claro que não. Existe Playboy, Sexy, VIP... mais um punhado de revistas cheias de modelos photoshopadas, neste caso sem biquini, que nos fazem pensar "pq ela pode e eu não?"
A regra dos flocos de neve é linda, mas deve ser aplicada aos seres humanos também - especialmente as mulheres. Não existem dois flocos de neve iguais. Não existem duas pessoas iguais, duas belezas iguais, duas almas iguais. Parece clichê dizer que a beleza está nos olhos de quem vê, mas é verdade: já viram como pessoas apaixonadas realmente consideram seu objeto de amor a pessoa mais linda do mundo? Pq ela é inteligente e engraçada e sensível vira a pessoa mais linda do mundo. Quantas vezes nós mesmas fazemos isso? O amor da nossa vida pode ser meio desleixado e gordinho, mas a gente não.
Por isso eu continuo pensando "O que ela te fez seu babaca?! Pra não poder comer um mc donalds com vc em paz? Vc tem uma menina linda e com certeza, inteligente e meiga do seu lado, e só o que você consegue pensar é que ela não sairia na capa da Boa Forma? E nem me venha com esse papo de saúde, até os médicos admitem que estar um pouco acima do imc normal é saudável, e se ela vivesse na renascença ou no marrocos hoje, ela seria considerada linda, gostosa e teria mil homens se matando por ela."
Aff.
Pq eu estou falando tudo isso e oq eu tenho a ver com isso:
Liguei a mulher que ia me vender a receita e ela disse que não consegue mais. Primeiro eu fiquei chateada. Daí eu fiquei louca. Como assim? E todos os planos que eu tinha feito? De ser magra e ativa! Pq além de não comer feito uma vaca, eu ia conseguir ficar mais acordada, ser uma aluna melhor, uma pessoa melhor, pq parte da minha depressão é por causa desse cansaço infinito que - sejamos claras - começou depois que eu engordei. Aí meu corpo ia trabalhar mais com menos calorias e tudo seria perfeito.
A parte doida é que nem quero nada disso. Gosto de comer quando me dá na telha, usar 42 não é o maior drama e eu até tava bem do jeito que tava. Mas me sinto tão pressionada que parece que preciso estar constantemente em dieta, dizendo as pessoas "vejam, estou fazendo algo pra mudar". E no momento não estou, e estou mais sozinha do que nunca.
Quando estou magra tenho um monte de gente a minha volta, me mandando comer.
Quero mandar todos eles a merda, mas quando faço o que eles querem, me abandonam.
Não entendo mais nada desse mundo onde ninguém parece capa de revista e todos se odeiam por isso, mas ngm faz nada.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Colapsing

A Motivação pra minha mudança é o ódio. O ódio, a raiva, a mágoa, o rancor. Soa feio. E quem liga? Eu sou feia por dentro, sem contar o exterior, e não ligo.
Eu estou no limite. Tenho umas 20 páginas pra ler, duas pesquisas pra fazer, sem contar os 3 (acho) resumos pra escrever. Quando eu durmo? Da meia noite as 5. Quando eu realmente descanso? Só deus sabe. No último fim de semana, eu tive aula e trabalhei no sábado, e no domingo fui fornecer um favor pro meu amigo aqui. No sábado que vem, vou passar estudando, e no domingo (que eu deveria passar estudando pra ficar livre no próximo fim de semana) eu vou fazer outro favor a ele.
Não estou reclamando de fazer favor. Estou esgotada e se eu não agir assim, eu sinto que vou perder a unica pessoa que ainda se importa comigo aqui.
Queria saber qual o defeito genético que me faz ter tanta dificuldade em dizer não. Queria saber qual defeito me faz ter medo do que as pessoas pensam, ter medo de ser abandonada e assim ser tão abandonada.

A coisa mais bizarra aconteceu hoje. Saí de casa com uma calça que costumava ficar caindo, e agora está apertada. Isso tem acontecido muito nas minhas roupas. Coloquei minha blusinha da Thinkerbell e percebi minha pancinha ressaltada. Não estou no humor. Não estou a fim de me importar e fingir e tentar. Cheguei aqui no trabalho (depois de me pesar e ver que estou bem próxima aos 60kg, embora ainda não tenha mudado o ponteiro, e depois de comer um pão com maionese, um copo de nescau e três cookies), me acomodei e... me senti bem. Me senti confortável. Demorou um tempo até eu perceber o que estava fazendo eu me sentir excepcionalmente confortável: a pancinha. Que no caso não é tão "inha", parece uma almofada. E achei a sensação boa.
TÁ FICANDO LOUCA, BUNNY?
Pior que to. Tava, já raciocinei.
Pq ontem foi um inferno. Tive meu melhor amigo dizendo que meu transtorno alimentar é uma futilidade e repetindo uma frase que o dito cujo já me disse "ngm gosta de ter uma pessoa deprimida por perto." Também percebo que estou fazendo com o meu melhor amigo oq eu fiz com o coiso, lá: pintando ele como uma pessoa ruim, quando na verdade ele é só normal. O monstro sou eu, e eu sei.
Então a coisa é assim mesmo? Eu tenho que me adaptar como disseram? Ser "normal" é se encaixar na moda, nas tribos, no desejo insatisfeito feminino de estar sempre bela - mesmo quando isso é impossível - dar o rabo o tempo todo (desculpem o termo) e ser "sociável" leia-se ir pra balada e encher a cara toda sexta feira? Essa não sou eu. Eu não gosto de sair. Gosto de passar o fim de semana com a cara enfiada em um romance água com açucar, no meu quarto, ou na internet. Não faço questão de ser amiga de todo mundo e há períodos em que não quero ver a cara de ngm, que me sinto horrivelmente deprimida e tento fugir de tudo, de estar viva, sem morrer fisicamente. Pq é tão dificil me aceitar do jeito que sou? E me refiro a todo mundo, todas as pessoas que me cercam e se afastam.
E não posso dizer q isso é culpa de uma pessoa ou outra. O mundo todo é assim. A sociedade ocidental toda se baseia nesse principio do que é uma pessoa que merece ser amada e exclui todo o resto.
Então, eu sei que eu não posso mudar pq eu sou assim. Por dentro, não dá pra mudar. Então eu vou fingir.
Acho que já falei isso antes. Várias vezes. A diferença é que agora to entrando em colapso.
São tantas pressões que ou eu me mato ou eu mudo. Como mudar não é tão simples, vou fingir. Até que o mundo ache que eu to bem e me deixe em paz, e aí eu morro em paz.
Enfim.
Eu tenho milhões de coisas pra dizer, mas acho que só vou postar decentemente depois que setembro acabar, pq tenho um monte de trabalhos pra entregar. Besides, a maioria das coisas que penso e sinto ultimamente tem a ver com "ele", sei lá pq, então é até melhor deixar pra lá.
Depois coloco foto tb, bloquearam o We heart it aqui =/ Nem vou tentar o supermodels, depois coloco uma thinspo só pra num passar em branco.
bjs.

sábado, 11 de setembro de 2010

Sábado com cara de quinta =/

Hoje o dia está passando muito lentamente. Parecem que fazem muitas horas que levantei pra ir pra faculdade, Mesmo não fazendo tantas. Bom, seis horas, já é um quarto do dia.Saí da aula as 09:20, com uma leve sensação de que comecei a entender alguma coisa (eu que nunca tinha aberto um livro do João Cabral de Melo Neto, hoje acho que entendi, talvez eu leia os poemas que o professor mandou ler). Não ia parar na lan house, mas tava tendo comício bem no meio do meu caminho, então fui pra lan jogar minifazenda. Também assisti mais um pouco do meu seriado que achei na internet. Minha internet até que dá pro gasto, mas o youtube pra ela é um pouco difícil de carregar.
Não fazem nem duas horas que cheguei no trabalho. Minha supervisora, que já foi minha colega de estágio em outro lugar, me mandou um documento de 80 páginas pra revisar, e eu to aqui, beeeeeeeeeeeeem lentamente arrastando ele. Tô esperando aparecerem as tabelas - nosso trabalho principal é ver os números, negritos... to bem além daqui, né. Os números parecem dançar na minha frente.
Devia haver um decreto federal que proibisse as pessoas de trabalhar no sábado (exceto motoristas e cobradores de onibus, taxistas e todos os condutores relacionados). Acho q tb teria de abrir uma exceção para mercados e shoppings.
A coisa é que eu queria muito não ter q sair de casa no sábado.
As meninas aqui do lado estavam fazendo planos para hoje a noite e falando da festa da noite passada. São meio nerds e falam de filmes que eu não vi, mas vão a festas e enchem a cara a noite toda. Isso é tão distante do meu mundo. Eu só viro a noite pra assistir dvds (principalmente se for seriado, pq eu nunca aguento esperar pra ver o resto no dia seguinte). A última vez, alias, q virei a noite, foi assistindo a segunda temporada de dexter. Assisti ela toda numa noite, fui dormir as 10 e meia da manhã, muito feliz. Eu sempre detestei balada pq nunca pude ir numa que tocasse um tipo de música que gosto, pq não tenho cara de sair sozinha, não teria como voltar sozinha no meio da noite e ngm por aqui parece gostar de nada doq eu gosto.
Quero ir no wonka ver recital de poesia. Quem gosta disso são algumas pessoas da faculdade que não falam comigo pq eu sou esquisita.
Antigamente eu achava que, sendo nerd, eu me esquivava de compromissos sociais, mas parece que me esquivei demais. Na verdade, as pessoas normais me veem como uma nerd esquisita, mas os nerds me veem só como uma esquisita, pq nem nerd o suficiente eu sou. Definitivamente, não me encaixo nem em um padrão nem em outro.
Se eu tivesse nascido com bons genes e/ou dinheiro, eu não me importaria com nada, viveria submersa em marcas, bolsas e sapatos desnecessários. Seria uma esnobe que estaria fazendo letras por diversão, ou qualquer outra coisa (eu acho que nunca teria pensado em fazer psiquiatria se não fosse louca.  As pessoas tem a tendência de achar que sou inteligente, nerd, estudiosa, esforçada, mas isso é pq eu sou feia e sem atrativos. Elas tem que achar algo de bom. Eu não posso reclamar disso - tb sempre dei essa impressão. Sempre fiz parecer que sou inteligente e estudiosa pra ter algo que compense a falta de beleza e dinheiro, mas a verdade é que eu não tinha mais o que fazer. Não que eu não AME livros. Sempre amei. Mas enquanto as outras meninas trocavam confidências sobre namoradinhos, eu não tinha nada melhor pra fazer. Ainda não tenho aliás. Tanto que parei no tempo e leio muito mais livros de menininha que qualquer outra coisa. Saramago, Cabral de Melo Neto, acho tudo um saco. Shakespeare eu gosto - ele tem um puta interesse em relações humanas distorcidas, e apesar das peças dele sempre acabarem por falta de personagens, eu gosto. Mas de qualquer modo, voltando a nerdice da coisa, eu nunca tive interesse em coisas comuns para nerds até perceber que era rotulada como tal. Mas quando os nerds se aproximavam viam que eu era muito burra e desinformada pra ser um deles. Mas tb num tenho assunto com as pessoas "normais": namorados, sexo, produto pra cabelo. O único assunto que tenho em comum com a maioria das garotas seria dieta, mas elas não querem ouvir que o melhor jeito é  se exercitar feito uma condenada e fechar a boca. Elas querem saber da mais nova dieta milagrosa da capa de revista, que promete queimar 10kg em um mês sem esforço e comendo de tudo.
Aham, senta lá, cláudia.
Eu me sinto tão deslocada a maior parte do tempo que estranho quando as pessoas falam comigo. Geralmente são assuntos em comum como a aula ou o trabalho, mas só. Minha mãe fala comigo pra reclamar da vida, nunca pra perguntar da minha (pra se meter nela sim, mas nunca pra saber se estou feliz. Só se eu tenho dinheiro pra emprestar.) Minha irmã fala comigo sobre desobesi e sibutramina, e fim. Acho que as unicas pessoas que falam comigo sobre qualquer coisa são o Gui e a Ana P. (e vcs, mas a gente só se fala através dos blogs =/).
Nessas horas que eu sinto uma puta falta dele pq a gente conversava sobre tudo, sabe? Sobre qualquer coisa. Sobre a minha vida, sobre a vida dele, sobre a situação política ou sobre celebridades. É sério. Eu nunca me dei conta do quanto era bom ter ele pra conversar até ele desistir de mim.
(Once again, tenho uma raiva quando ele diz que não desistiu! Se não desistiu, pq parou de falar comigo? Senta lá cláudia parte 2)
Enfim, num vim aqui me lamentar por tudo que eu perdi. Venho me culpando a tanto tempo q nem sei pq me culpo. A culpa pode e deve ser um pouco dele tb, por ter simplesmente cortado laços (ou elos, como queira) justamente naquele momento em que eu tinha tantas esperanças e promessas, mesmo sabendo que efeito teria em mim. Não reclamo de ter crescido - cresci muito. E regredi em outros aspectos e ganhei essa dor pungente e latente (e todos os "entes" que vcs quiserem) que nunca passa, nunca melhora. Só fica mais forte e mais complexa, embora de certo modo mais amena - já me acostumei a ela. Já aprendi a não olhar pra ela quando ela está ali. Toda vez que penso no assunto procuro rapidamente outra bobagem qualquer pra pensar, convivo com isso... senão consigo fazê-lo a tempo, acabo chorando, me sentindo rasgar por dentro, me perguntando por que não acabei com essa dor ainda. Ele ficaria feliz - nessas horas tenho certeza - mas provavelmente nem ficaria sabendo.
Enfim.
Pra variar, comecei a falar dele e perdi a linha de raciocínio ¬¬
Ah, é:
Não vou mais me esforçar tanto pra esconder quem sou, que esse blog é meu, pq minha preocupação acabou. Na época lá, eu me importava pq eu acreditava que ele ligava e que oq eu dizia poderia magoa-lo. Não sei se magoou, mas mudou tudo. Então se agora ele não liga, eu tb não ligo. Não q não tenham outras pessoas que eu me preocupe. É só que... meu mundo continua girando em volta dele mesmo quando ele vai embora. E já fazem dois anos que eu sou um satélite sem planeta em torno do qual girar. É estúpido e insano, mas é fato: tudo que eu mais quis foi que ele se importasse comigo, se preocupasse comigo, mas eu consegui o oposto. Eu causei o oposto. Se eu não fosse tão burra talvez, só talvez.... ele não estivesse com ela. Sei q ele não estaria comigo, eu sabia q ele nunca se apaixonaria por mim, mas quando era meu amigo já me fazia feliz.
Tenho que parar de falar nele, eu sei, num é pra isso q vcs leem essa bagaça.
Sobre o desobesi, ainda to naquela situação, tenho que ligar pra mulher e pedir a receita, hoje ou amanhã vou por crédito no celular.
Quero ser magra. Não me importo mais como me importava antes, pq ele levou com ele qualquer interesse que eu tivesse pela vida. Agora to começando a recuperar a vontade de escrever, mas ainda assim, são tantas coisas... que não tenho mais. As vezes olho pra foto dele e me digo "não o amo." E não amo mesmo, não amo a imagem dele. Muita gente não entende pq me apaixonei tanto, se estamos tão longe e ele nem é tão bonito. Fico muito tempo pensando nisso até lembrar e/ou admitir: foram as palavras. Foram sempre as palavras, e o fato de que ele me ouvia, sinceramente. Ou pelo menos assim eu pensava. Quando perdi o que achava que tinha, perdi o resto, incluindo a vontade de emagrecer.
Mas a verdade é que ainda quero ser magra principalmente pra chamar a atenção dele pro meu grito de socorro. Dele e de todo mundo. Queria que ele fosse me visitar no hospital pra eu poder dizer uma frase q me intoxica há meses "estou morrendo porque estou faminta, mas não de comida, da sua atenção, do seu carinho, do seu amor." Quantas vezes ele me disse que achava brega essa história de menininha do papai faminta de atenção? Pois eu ia lhe mostrar uma coisa.
Não que eu ache q ele se importe ou mesmo que vá saber se eu tiver 40kg. Por isso que eu tenho de uma vez por todas morrer de fome, pq só assim meu grito vai ser ouvido, só assim ele vai olhar pra mim, se eu estiver morrendo, se eu estiver morta. Se eu aparecer, esquelética, nos seus sonhos e na sua vigília, pra assombra-lo dizendo "a culpa é sua".
Quero morrer de fome pra que ele finalmente olhe pra mim, quero morrer de fome pra ver se assim ele finalmente diz que me ama, enquanto eu desapareço aos poucos.
Tá, chega. Té mais.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Alguém tem 2 mil pra emprestar?

É sério gente.
Já tive 3 tipos de chilique.
A coisa é a seguinte: todo mundo aqui já conhece a minha saga do notebook. A tela dele um dia (uns dois meses depois que comprei) começou a piscar. Eu me assustei, dei uma mexida na posição da tela e continuei. Então, de uns meses pra cá, ela começou a ficar completamente preta e não há cristo que ajeite. Tenho que deixar a tela nas posições mais bizarras ou ficar apertando um dos lados da tela.
Aí eu tava bem feliz indo levar pra assistencia agora, pq, sim, eu fui burra o suficiente pra perder o prazo da garantia. Eu parei de pagar, simplesmente, e fiquei com medo de levar na assistencia (podem chamar de burra, eu sei).
Mas muita gente (ok, umas 3 pessoas, alguma gente) me disse que era um problema simples de mau contato e que num ia dar nem 50 reais pra arrumar.
Aí meu amigo comprou um note pra ele e contou pro rapaz da loja minha saga, e o rapaz disse que meu note estava esquentando demais e eu tenho q levar na assistencia... e que como estou sem garantia deve custar uns 300 reais. Minha outra amiga tb teve esse problema, mas o dela estava na garantia, e ela imagina q esteja uns 400 reais.
Só pra constar, 400 reais é quanto eu ganho por mês.
Fiquei puuuuuuuuta aqui. Comigo mesma. Pq é raro acontecer uma merda dessa e eu não ter ABSOLUTAMENTE NINGUÉM pra culpar além de mim mesma.
Minha culpa por ter encasquetado que queria levar um notebook pra casa aquele dia e levar o primeiro que vi (leia-se: a primeira vendedora que estava doida pra vender e acreditou na mentira q contamos), minha culpa por fazer tudo por impulso, minha culpa por não me mexer e levar na assistencia enquanto dava....
Enfim, tive três tipos de ataque, até me acalmar e resolver que:
-Eu posso economizar até o papel higiênico e quem sabe daqui uns dois meses eu posso mandar arrumar e pagar UM QUARTO do preço do notebook pra consertar;
-Eu posso vender aquela joça pra, sei lá, um ferro velho de computadores pra comprar um novo.

Como a primeira opção implica em passar uma série de privações sacanas que eu não quero passar - fora que eu simplesmente não posso conceber a idéia de pagar tão caro num conserto - e a segunda não dá totalmente certo pq não deve estar valendo 1800 reais aquela joça (q é o quanto custa o notebook que eu queria e teria comprado se tivesse pesquisado) chego aoutras duas alternativas:
-Aguentar meu notebook do jeito que tá, pq eu mereço estar ferrada, e afinal, se eu mandasse arrumar, ele ia estragar de novo como acontece com tudo que eu tenho;
-Arrumar alguém rico que posso me emprestar 1800 reais e que seja paciente o suficiente pra receber tudo de volta em tipo, 200 prestações.

Pensei em pessoas que fariam isso, tipo
- "Ele" (não, serio, não pediria nem uma agulha pq ele não fala comigo nem pra salvar a própria vida)
-A mãe de um amigo meu (que eu não tenho nem cara de dizer algo pq ela tem tanta divida quanto dinheiro)
-O irmão desse amigo (não tenho cara e nem conheço direito
-Algum político interesseiro querendo comprar voto (dá muito trabalho).

De modos que vou ficar com o note capenga mesmo pq eu mereci essa.
Daí daqui dois anos (tá, um ano e meio, mais ou menos) eu vou ter um emprego de verdade = dinheiro pra comprar um note melhor.
Vou ainda hoje dar uma olhada VAI QUE né.
Eu sei que é o segundo post do dia, mas como eu disse, ainda to com aquela sensação estranha.
Agora a pouco eu estava falando com meu amigo que devemos começar uma campanha
"Xô pessoas bonitas."
Eu acho que pessoas de bons genes deviam parar de procriar. Por bons genes eu me refiro a pessoas que tem aquele gene da perfeição estética imposta, sabe? Gente que as vezes nem é tão bonita mas se encaixa no padrão. Pq? Pq quando essas pessoas procriam eventualmente nascem pessoas bonitas, magras e altas.
Não podem ser uma coisa só, nãããooo, eles geram aquele tipo de pessoa desgraçada que acorda parecendo que tá numa novela do Manoel Carlos. Desgraçados! Parem de procriar, parem de fazer pessoas bonitas! Pessoas bonitas, parem de fazer do mundo um lugar mais dificil pra pessoas como eu!
Pronto, passou.
Eu sei q muitas de vcs são lindas, e que não se veem assim mas são, mas não odeio vocês. Só to revoltada com o destino/a genética que me fez baixinha, gordinha com essa cor indefinida.
Eu ia ficar postando aqui até eu ir embora (ou até acabar meu estoque de asneiras) mas to dando a vida por um doritos, então vou lá comprar.
Logo volto, daqui a pouco vcs enjoam de mim.

Back from holiday....

Foram quatro dias e meio de pura vagabundagem e o que eu fiz? Absolutamente nada.
Não postei, não vicitei vossos blogs e não estudei nem fiz dieta.
Em compensação, avancei um pouco na minha história, que não atrevo a chamar de romance ainda, porque chamar de romance significa que é algo que alguém pode querer publicar. Algo que eu gostaria que ele lesse tanto quanto não gostaria.
Também esse feriado, fiquei um bom tempo lamentando e inventando coisas pra mim mesma, especulando sobre tudo que está fora do meu alcance.
Tive umas boas brigas com meu computador e por fim, como sempre acabei chorando de raiva de tudo que eu tenho estar quebrado.
Hoje eu devia ter ido pra aula, mas perdi completamente a hora. Quando acordei, dava tempo de correr e ir pra aula mas simplesmente resolvi não ir.
Estou na lan house agora. Me sinto mal por gastar tanto dinheiro com internet, mas a internet q pago em casa (que é uma fortuna mas eu não posso trocar agora q meu nome está sujo), mais o que acho que terei de gastar pra arrumar meu notebook...me sinto mal e culpada. Me sinto mal e culpada o tempo todo, pra falar a verdade, com ou sem motivo.
Estou tão estranha esses dias. Quero chorar e me esconder do mundo, e não sei pq ainda me sinto tão mal. As vezes acho que não consigo me desprender dele porque me faz sentir mal. Acho que esqueci como é me sentir bem. Acho que mereço me sentir mal, sei lá. Não consigo tirar a imagem dos dois da minha cabeça, o tempo todo, como se dissessem "somos o casal perfeito" a cada cinco segundos. Eu nem sei pq. Mas isso está me enlouquecendo.
Quero ficar de dieta mas tá dificil... especialmente pq quando recebo começo a comer. Eu não sei pq esse mes, especialmente, estou me sentindo tão culpada em gastar dinheiro. Quero dizer, eu sempre torro uma grana em besteira. Mas esse mes estou me sentindo mal com isso. Fico pensando "e se eu precisar"? O tempo todo, mesmo tendo gastado bem menos até agora do que costumo ter gasto por volta do dia 10.
Junte a culpa por gastar meu dinheiro com a sensação de rejeição que, apesar de estar aqui a dois anos, está pior nos ultimos dias sabe deus pq, e some com os reflexos das vitrines que me mostram a versão mais gorda de mim que já vi. Não tenho me pesado... prefiro não saber. Não sinto fome, mas continuo comendo. E me pergunto sobre ele: será que ele pensa em mim. Será que a felicidade dele com a coisinha é tão grande que a onda está me atingindo aqui? Será que é por isso que me sinto tão mal, pq sinto que ele está tão bem e eu sou uma pessoa maligna que não consigo sentir a felicidade dele de longe sem me ressentir? Ou será que estou assim por causa do que tenho escrito? Pq a história (romance, whatever) está mexendo tão fundo no que há de ruim em mim que está me deixando confusa? (Nesse caso, eu deveria parar de escrever, mas simplesmente não consigo. É como ter encontrado algo podre dentro de mim e ainda assim, não posso parar de olhar pq é tão... fascinante.)
Já não peço que encontrem sentido no que eu mesma não encontro. Mas é bom por pra fora.
E no meio disso tudo, eu devia estar me esforçando, estudando...

Gente! Quase esqueci! Cruzem os dedos e rezem por mim pq se tudo der certo vou conseguir desobesi, e bem baratinho. Espero que dê certo. Espero q ngm descubra pq é uma gambiarra tremenda e sei que a tia da farmácia vai olhar pra mim e dizer que eu num preciso. Se ela num disser vou ficar mais preocupada pq, né. Enfim...
Fico por aqui, tenho q trabalhar :(
Beijos!

sábado, 4 de setembro de 2010

Aquela palavra com "C" que desconheço.

AVISO DE POST LONGO. SE QUISER, LEIA SÓ A PARTE EM LETRAS BRANCAS, PULE A PARTE EM AMARELO. SE NÃO QUISER LER NADA, FAÇA UM GUESSING PRA COMENTAR.
Que pras leitoras (es?) desse blog geralmente começa com C, mesmo: controle, control, controlo. A Safi mora fora (como diz em Norueguês?) mas é brasileira. Eu vejo visitas da Alemanha e da Finlândia (?!) de vez em quando e já vi do Japão. Será que é sempre com C? Ok, to fugindo do assunto, mas que seja: pra mim, é "aquela palavrinha com C que desconheço.
É um tal de viver nos extremos que me enlouquece. Idas ao mercado são uma demonstração da minha capacidade de surtar e total incapacidade de me controlar.
Se eu tenho dinheiro, compro tudo que vejo, fingindo pra mim mesma que é pra fazer dieta mas é pra comer tudo de uma vez. Se estou com pouco dinheiro, tenho que avaliar o que deve mesmo ser comprado, e aí que eu surto e muitas vezes saio do mercado sem comprar nada pra não ter um treco de nervoso.
Não posso dizer que estou perdida e obesa. Não. Mas nos últimos dias foi um tal de "binge and purge" que meu deus. Agora parei, depois de ouvir algo que me pareceu uma reclamação das meninas do trabalho de que eu monopolizo o banheiro. Me chateou, mas não posso lhes tirar a razão. É que no fundo eu tinha essa fantasia de que as pessoas percebiam o que acontecia e se preocupavam, em vez de desconfiar e ignorar, apenas se importar pelo fato de estar incomodando.
Vamos admitir que mentimos para nós mesmas todos os dias: No fundo, queremos que alguém pare esse trem desenfreado. Só que as pessoas não entendem e tentam parar o trem com a mão. Tenta parar o trem dizendo que é loucura, bobagem, futilidade, isso só piora as coisas. O transtorno alimentar é um pedido de ajuda, pedido de atenção, mas não qualquer ajuda ou atenção. É um pedido por real caring, preocupação e cuidados verdadeiros, abnegados e sinceros.
Queremos aquelas pessoas que briguem com a gente pq se morrermos disso, elas sentirão nossa falta, e por isso ficam bravas conosco.
Não aquele cuidado das pessoas que ficam irritadas por "ter que lidar com nossa infantilidade."

Enfim. Essa sempre foi uma briga com o dito cujo.

O mais engraçado é que era por isso que eu o amava tanto. Por isso que o amei mais conforme nos aproximamos mais, mesmo que eu soubesse que isso era ruim, que não devia, não podia: Porque ele se preocupava, se importava. Não entendia, mas tentava entender, e perdia um bocado de tempo brigando comigo porque parecia a ele óbvio que eu não precisava perder peso, que eu precisava me amar mais e tal.
Claro, na teoria é lindo, exceto por um detalhe: Se eu posso ser amada sem pesar 40kg, por vc não me amava, tonto?
Era uma resposta fácil pra mim, ainda é, porque eu sou desprezível e não mereço ser amada, mesmo. Eu sei que vcs tb não entendem quando digo isso, mas sempre q acharem a auto-estima de vcs está em baixa, lembrem da minha: inexistente. Além do inexistente, passou de auto-estima a auto-desprezo ou auto-asco. Enfim.
Eu tentava deixar isso de lado com ele pq a amizade dele era mais doq eu achava q merecia. Quero dizer, eu sabia que ele não podia me amar, mesmo, mas que fosse meu amigo eu tb não esperava. Na verdade, depois das bobagens que eu disse quando nos conhecemos (logo contando das minhas maluquices todas a respeito de fantasmas e bruxarias e depressão extrema com alguns desvios de personalidade) achei que ele nunca mais falaria comigo. Tive de "ouvir" ele dizer que pra mim não parecia suficiente, e talvez não fosse mesmo oq eu queria, mas era mais doq eu achava que merecia. Então eu conseguia viver com aquilo, só que quando ele insistiu que eu não ficasse doente eu... não fiquei. Comi e engordei, e me dei conta menos de um mês antes de tudo desabar. Assim, a comida virou meu ponto de fuga, tomando o lugar dele.
É isso que me prende, em partes. É fácil acreditar que ele se importa quando estou falando com ele, chega a parecer óbvio, pq ele é bem convincente. Mas isso é nas duas ou três vezes no ano em que a gente se esbarra no msn.
No resto do tempo, penso nele e pq não me procura, se se importa. Mando emails desabafando e nunca obtenho resposta. "É que eu não sei o que dizer." Eu ri no msn quando ele disse isso, mas a verdade é que acho bem conveniente ele não ter de se preocupar. Ele nem deve ler mais. Ele tem mais oq fazer planejando viagens com a esposa.
Não morro de inveja, morro de raiva, pra não ter que morrer de tristeza. Pq eu tive que nascer assim? Se eu não fosse assim, ele teria me amado. Se eu não fosse assim, eu teria amado ele?
Eu fico com raiva porque eu estou congelada nessa morbidez há dois anos, em que ele não me escreveu um email espontâneamente nenhuma vez. Em que ele falou comigo espontâneamente, inclusive, exatamente 3 vezes. Duas no msn - a briga toda não foi mencionada nas ocasiões em questão - e uma no meu aniversário do ano passado - uma msg escrito "feliz aniversário" com um sorriso. Essa foi meio chocante pq foi antes daquela do msn e eu achava q ele me odiava/desprezava demais pra lembrar do meu aniversário. Enfim. Quando nos falamos, na véspera do meu aniversário esse ano, eu acreditei em cada palavra, mas agora já parece outra vida. Não consigo acreditar, me desculpe. Vc deve falar mais com os mendigos na rua do que comigo, se eu morrer vc nem vai ficar sabendo (pq meus amigos te odeiam e não vão contar). Se eu levar um tiro ou for atropelada, ou se eu não conseguir mais fingir que meu coração tem potássio suficiente e for internada com insuficiência cardíaca, vc não vai saber. Não abuse da minha inteligência só pq eu quero ouvir vc mentir.
É tudo mentira, é tudo mentira.
E não dê uma de ofendido quando eu lhe disser. Só pq vc sabe me manipular e eu pareço querer ser manipulada, não significa que você deva faze-lo. Quero dizer, vc sabe que eu acredito em tudo que vc diz pq eu preciso de vc. Vc sabe q qdo vc dá uma de ofendido pq eu não acreditei noq vc disse, eu fico me sentindo pior doq o habitual e paro de reclamar. Não faça isso comigo.
Eu tenho tentado arduamente não me importar com vc, não mandar msg (que a sua mulher já mandou recadinhos pra mim, ams duvido q vc saiba disso, e eu não vou contar pq não tenho crédito), não mandar emails (vc não responde anyway, mas deslizei dia desses) e não perguntar de vc pras pessoas (metade tá de saco cheio e a outra metade são as garotas q tb morrem por vc). É o único jeito de te fazer feliz do meu jeito, te deixando em paz. Te deixando ser feliz sem te incomodar pra ter mais uma dose desse meu vício insano na dor que vc me causa sem querer.
Pq essa é a pior parte. Eu amo você, de verdade. Me importo, sinto falta, de verdade. Tanto que sou capaz de abrir mão desse vício, pra que vc seja feliz e normal em paz, com ela, que com certeza sabe te fazer feliz melhor do que eu faria.
Eu já causei tanto dano. Com todas as bobagens que fiz e falei e com todos os meus ataques (como esse mesmo). Não te tiro o direito de fazer oq está fazendo agora - me esquecendo. Cada vez mais, e eu sei disso. Sei que vc pode passar dias sem lembrar que eu existo enquanto eu penso em vc todo segundo. Não pq eu te amo, mas pq tudo q vc disse e fez foi importante, e eu não consigo ver ou pensar em algo sem me perguntar involuntariamente oq vc ia achar. Aí lembro q vc não fala comigo ultimamente - nos últimos dois anos - e mesmo que não me odeie, não liga, e aí fico meio sem rumo. Pq me esforcei tanto pra q vc me amasse que acabei virando "você", adquirindo suas crenças e valores. Me tornei fria e parcial, parei de acreditar em Deus tb. Passei a duvidar de tudo que me era certeza oq, por consequencia, fez com que eu acreditasse que tudo era loucura minha - todas as minhas crenças mais caras. Vc foi e me deixou essa herança, esse presente de grego da ausência de fé. E é uma droga, pq essa não sou eu, esse é vc.
Mas tb não sei quem eu sou, então não faz diferença.
Eu só queria q vc ligasse. Que vc se esforçasse. Que vc lutasse por mim como costumava fazer. Pq vc fez mais q qualquer um até então, vc me enfrentou ficou bravo com oq eu fiz a mim mesma. Vc me deu alguns dos melhores momentos da minha vida sem eu precisar estar envolvida em ficção, com livros e filmes e seriados. Só eu e vc discutindo qualquer assunto era o ponto alto do meu dia e fazia eu me sentir menos vazia. E aí vc levou tudo embora pra ser feliz com ela.
Eu naõ te cobro pq sei que não mereço.Mas eu falo tudo isso pq ainda dói e se eu não falar eu explodo, e não pq eu quero q as pessoas tenham raiva de vc. Eu nunca quis, e foi isso q causei. E por ter feito isso eu tb mereço q vc não se importe. Mas era só oq eu queria, q vc, por vontade própria, procurasse saber como estou, oq anda acontecendo na minha vida, como eu tentei fazer com vc nos últimos meses até desistir perante o seu silêncio. Não me venha com a conveniente "ocupado demais pra entrar na Internet". I won't buy it.
Queria só que vc cumprisse todas as suas promessas, as q declarou e as implícitas, pq promessas não se fazem só de "eu prometo." Queria q vc viesse pra cá como disse que viria (lembro de vc no telefone dizendo "se vc morrer antes de a gente se encontrar eu te mato"), que nunca fosse embora como disse que não iria, que não se afastasse pq eu sou maluca como todo mundo fez, como disse que não faria. Você quebrou todas as suas promessas, principalmente a de sempre estar do meu lado, se importar e se preocupar comigo, e eu me odeio muito por não conseguir te odiar ou te desprezar. Então, se um dia eu tiver coragem de te dizer tudo isso, não dê uma de ofendido pq vc sabe tão bem quanto eu que merece ouvir tudo isso, só q a burra aqui não tem coragem de te falar. Vc não tem ideia do quanto tirou de mim ao desistir. E se vc respeita minha sanidade não diga outra vez q não desistiu. Se isso não é desistir eu não sei oq é. Eu desisti de mim, tb.
Me desculpa por ser assim, não sei ser diferente. Esqueci como era ter alguém que me ame, joguei tudo no lixo, me perdoe. Eu rastejo se vc quiser. Já me sinto no chão, mesmo, desde q vc me ame um pouquinho doq disse amar (mas vc não diz, pq não consegue usar essa palavra. Eu sei que é como irmã, eu sei que não mereço mais que isso.)

Eu ia falar mais coisas mas não lembro. Me perco nas minhas próprias loucuras.
De volta à programação normal.
O que tudo isso tem a ver com controle? Nada. Esse é o problema. Eu num tenho porcaria de controle algum. Na volta do mercado, com os pensamentos já confusos eu disse a mim mesma: "qual a dificuldade da dieta? É só se controlar um pouquinho!"
Pronto, fudeu. Não tem como.
Na aula de literatura tive q ouvir o professor rindo de gente louca. Fiz uma cara que deve ter sido de morte, pq ele mudou de assunto quando olhou pra mim, aquele sorriso besta deslizou da cara dele. Ele acha que é engraçado não conseguir se encaixar. Que é divertido viver fora de si ou dentro de si demais? Vou dar uma cartela de haloperidol ou uma de carbamazepina pra ver se ele se diverte. Ele não vai ver duendes, garanto. Uns cadaveres podres, talvez.
Perdi o foco, já, assim q der posto de novo. Juro q to lendo vcs agora, mas como disse, minha internet tá uma calamidade e fico com preguiça de comentar pq demora anos pra carregar.

Bjs, amo vcs. Desculpem qualquer coisa.