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sábado, 4 de setembro de 2010

Aquela palavra com "C" que desconheço.

AVISO DE POST LONGO. SE QUISER, LEIA SÓ A PARTE EM LETRAS BRANCAS, PULE A PARTE EM AMARELO. SE NÃO QUISER LER NADA, FAÇA UM GUESSING PRA COMENTAR.
Que pras leitoras (es?) desse blog geralmente começa com C, mesmo: controle, control, controlo. A Safi mora fora (como diz em Norueguês?) mas é brasileira. Eu vejo visitas da Alemanha e da Finlândia (?!) de vez em quando e já vi do Japão. Será que é sempre com C? Ok, to fugindo do assunto, mas que seja: pra mim, é "aquela palavrinha com C que desconheço.
É um tal de viver nos extremos que me enlouquece. Idas ao mercado são uma demonstração da minha capacidade de surtar e total incapacidade de me controlar.
Se eu tenho dinheiro, compro tudo que vejo, fingindo pra mim mesma que é pra fazer dieta mas é pra comer tudo de uma vez. Se estou com pouco dinheiro, tenho que avaliar o que deve mesmo ser comprado, e aí que eu surto e muitas vezes saio do mercado sem comprar nada pra não ter um treco de nervoso.
Não posso dizer que estou perdida e obesa. Não. Mas nos últimos dias foi um tal de "binge and purge" que meu deus. Agora parei, depois de ouvir algo que me pareceu uma reclamação das meninas do trabalho de que eu monopolizo o banheiro. Me chateou, mas não posso lhes tirar a razão. É que no fundo eu tinha essa fantasia de que as pessoas percebiam o que acontecia e se preocupavam, em vez de desconfiar e ignorar, apenas se importar pelo fato de estar incomodando.
Vamos admitir que mentimos para nós mesmas todos os dias: No fundo, queremos que alguém pare esse trem desenfreado. Só que as pessoas não entendem e tentam parar o trem com a mão. Tenta parar o trem dizendo que é loucura, bobagem, futilidade, isso só piora as coisas. O transtorno alimentar é um pedido de ajuda, pedido de atenção, mas não qualquer ajuda ou atenção. É um pedido por real caring, preocupação e cuidados verdadeiros, abnegados e sinceros.
Queremos aquelas pessoas que briguem com a gente pq se morrermos disso, elas sentirão nossa falta, e por isso ficam bravas conosco.
Não aquele cuidado das pessoas que ficam irritadas por "ter que lidar com nossa infantilidade."

Enfim. Essa sempre foi uma briga com o dito cujo.

O mais engraçado é que era por isso que eu o amava tanto. Por isso que o amei mais conforme nos aproximamos mais, mesmo que eu soubesse que isso era ruim, que não devia, não podia: Porque ele se preocupava, se importava. Não entendia, mas tentava entender, e perdia um bocado de tempo brigando comigo porque parecia a ele óbvio que eu não precisava perder peso, que eu precisava me amar mais e tal.
Claro, na teoria é lindo, exceto por um detalhe: Se eu posso ser amada sem pesar 40kg, por vc não me amava, tonto?
Era uma resposta fácil pra mim, ainda é, porque eu sou desprezível e não mereço ser amada, mesmo. Eu sei que vcs tb não entendem quando digo isso, mas sempre q acharem a auto-estima de vcs está em baixa, lembrem da minha: inexistente. Além do inexistente, passou de auto-estima a auto-desprezo ou auto-asco. Enfim.
Eu tentava deixar isso de lado com ele pq a amizade dele era mais doq eu achava q merecia. Quero dizer, eu sabia que ele não podia me amar, mesmo, mas que fosse meu amigo eu tb não esperava. Na verdade, depois das bobagens que eu disse quando nos conhecemos (logo contando das minhas maluquices todas a respeito de fantasmas e bruxarias e depressão extrema com alguns desvios de personalidade) achei que ele nunca mais falaria comigo. Tive de "ouvir" ele dizer que pra mim não parecia suficiente, e talvez não fosse mesmo oq eu queria, mas era mais doq eu achava que merecia. Então eu conseguia viver com aquilo, só que quando ele insistiu que eu não ficasse doente eu... não fiquei. Comi e engordei, e me dei conta menos de um mês antes de tudo desabar. Assim, a comida virou meu ponto de fuga, tomando o lugar dele.
É isso que me prende, em partes. É fácil acreditar que ele se importa quando estou falando com ele, chega a parecer óbvio, pq ele é bem convincente. Mas isso é nas duas ou três vezes no ano em que a gente se esbarra no msn.
No resto do tempo, penso nele e pq não me procura, se se importa. Mando emails desabafando e nunca obtenho resposta. "É que eu não sei o que dizer." Eu ri no msn quando ele disse isso, mas a verdade é que acho bem conveniente ele não ter de se preocupar. Ele nem deve ler mais. Ele tem mais oq fazer planejando viagens com a esposa.
Não morro de inveja, morro de raiva, pra não ter que morrer de tristeza. Pq eu tive que nascer assim? Se eu não fosse assim, ele teria me amado. Se eu não fosse assim, eu teria amado ele?
Eu fico com raiva porque eu estou congelada nessa morbidez há dois anos, em que ele não me escreveu um email espontâneamente nenhuma vez. Em que ele falou comigo espontâneamente, inclusive, exatamente 3 vezes. Duas no msn - a briga toda não foi mencionada nas ocasiões em questão - e uma no meu aniversário do ano passado - uma msg escrito "feliz aniversário" com um sorriso. Essa foi meio chocante pq foi antes daquela do msn e eu achava q ele me odiava/desprezava demais pra lembrar do meu aniversário. Enfim. Quando nos falamos, na véspera do meu aniversário esse ano, eu acreditei em cada palavra, mas agora já parece outra vida. Não consigo acreditar, me desculpe. Vc deve falar mais com os mendigos na rua do que comigo, se eu morrer vc nem vai ficar sabendo (pq meus amigos te odeiam e não vão contar). Se eu levar um tiro ou for atropelada, ou se eu não conseguir mais fingir que meu coração tem potássio suficiente e for internada com insuficiência cardíaca, vc não vai saber. Não abuse da minha inteligência só pq eu quero ouvir vc mentir.
É tudo mentira, é tudo mentira.
E não dê uma de ofendido quando eu lhe disser. Só pq vc sabe me manipular e eu pareço querer ser manipulada, não significa que você deva faze-lo. Quero dizer, vc sabe que eu acredito em tudo que vc diz pq eu preciso de vc. Vc sabe q qdo vc dá uma de ofendido pq eu não acreditei noq vc disse, eu fico me sentindo pior doq o habitual e paro de reclamar. Não faça isso comigo.
Eu tenho tentado arduamente não me importar com vc, não mandar msg (que a sua mulher já mandou recadinhos pra mim, ams duvido q vc saiba disso, e eu não vou contar pq não tenho crédito), não mandar emails (vc não responde anyway, mas deslizei dia desses) e não perguntar de vc pras pessoas (metade tá de saco cheio e a outra metade são as garotas q tb morrem por vc). É o único jeito de te fazer feliz do meu jeito, te deixando em paz. Te deixando ser feliz sem te incomodar pra ter mais uma dose desse meu vício insano na dor que vc me causa sem querer.
Pq essa é a pior parte. Eu amo você, de verdade. Me importo, sinto falta, de verdade. Tanto que sou capaz de abrir mão desse vício, pra que vc seja feliz e normal em paz, com ela, que com certeza sabe te fazer feliz melhor do que eu faria.
Eu já causei tanto dano. Com todas as bobagens que fiz e falei e com todos os meus ataques (como esse mesmo). Não te tiro o direito de fazer oq está fazendo agora - me esquecendo. Cada vez mais, e eu sei disso. Sei que vc pode passar dias sem lembrar que eu existo enquanto eu penso em vc todo segundo. Não pq eu te amo, mas pq tudo q vc disse e fez foi importante, e eu não consigo ver ou pensar em algo sem me perguntar involuntariamente oq vc ia achar. Aí lembro q vc não fala comigo ultimamente - nos últimos dois anos - e mesmo que não me odeie, não liga, e aí fico meio sem rumo. Pq me esforcei tanto pra q vc me amasse que acabei virando "você", adquirindo suas crenças e valores. Me tornei fria e parcial, parei de acreditar em Deus tb. Passei a duvidar de tudo que me era certeza oq, por consequencia, fez com que eu acreditasse que tudo era loucura minha - todas as minhas crenças mais caras. Vc foi e me deixou essa herança, esse presente de grego da ausência de fé. E é uma droga, pq essa não sou eu, esse é vc.
Mas tb não sei quem eu sou, então não faz diferença.
Eu só queria q vc ligasse. Que vc se esforçasse. Que vc lutasse por mim como costumava fazer. Pq vc fez mais q qualquer um até então, vc me enfrentou ficou bravo com oq eu fiz a mim mesma. Vc me deu alguns dos melhores momentos da minha vida sem eu precisar estar envolvida em ficção, com livros e filmes e seriados. Só eu e vc discutindo qualquer assunto era o ponto alto do meu dia e fazia eu me sentir menos vazia. E aí vc levou tudo embora pra ser feliz com ela.
Eu naõ te cobro pq sei que não mereço.Mas eu falo tudo isso pq ainda dói e se eu não falar eu explodo, e não pq eu quero q as pessoas tenham raiva de vc. Eu nunca quis, e foi isso q causei. E por ter feito isso eu tb mereço q vc não se importe. Mas era só oq eu queria, q vc, por vontade própria, procurasse saber como estou, oq anda acontecendo na minha vida, como eu tentei fazer com vc nos últimos meses até desistir perante o seu silêncio. Não me venha com a conveniente "ocupado demais pra entrar na Internet". I won't buy it.
Queria só que vc cumprisse todas as suas promessas, as q declarou e as implícitas, pq promessas não se fazem só de "eu prometo." Queria q vc viesse pra cá como disse que viria (lembro de vc no telefone dizendo "se vc morrer antes de a gente se encontrar eu te mato"), que nunca fosse embora como disse que não iria, que não se afastasse pq eu sou maluca como todo mundo fez, como disse que não faria. Você quebrou todas as suas promessas, principalmente a de sempre estar do meu lado, se importar e se preocupar comigo, e eu me odeio muito por não conseguir te odiar ou te desprezar. Então, se um dia eu tiver coragem de te dizer tudo isso, não dê uma de ofendido pq vc sabe tão bem quanto eu que merece ouvir tudo isso, só q a burra aqui não tem coragem de te falar. Vc não tem ideia do quanto tirou de mim ao desistir. E se vc respeita minha sanidade não diga outra vez q não desistiu. Se isso não é desistir eu não sei oq é. Eu desisti de mim, tb.
Me desculpa por ser assim, não sei ser diferente. Esqueci como era ter alguém que me ame, joguei tudo no lixo, me perdoe. Eu rastejo se vc quiser. Já me sinto no chão, mesmo, desde q vc me ame um pouquinho doq disse amar (mas vc não diz, pq não consegue usar essa palavra. Eu sei que é como irmã, eu sei que não mereço mais que isso.)

Eu ia falar mais coisas mas não lembro. Me perco nas minhas próprias loucuras.
De volta à programação normal.
O que tudo isso tem a ver com controle? Nada. Esse é o problema. Eu num tenho porcaria de controle algum. Na volta do mercado, com os pensamentos já confusos eu disse a mim mesma: "qual a dificuldade da dieta? É só se controlar um pouquinho!"
Pronto, fudeu. Não tem como.
Na aula de literatura tive q ouvir o professor rindo de gente louca. Fiz uma cara que deve ter sido de morte, pq ele mudou de assunto quando olhou pra mim, aquele sorriso besta deslizou da cara dele. Ele acha que é engraçado não conseguir se encaixar. Que é divertido viver fora de si ou dentro de si demais? Vou dar uma cartela de haloperidol ou uma de carbamazepina pra ver se ele se diverte. Ele não vai ver duendes, garanto. Uns cadaveres podres, talvez.
Perdi o foco, já, assim q der posto de novo. Juro q to lendo vcs agora, mas como disse, minha internet tá uma calamidade e fico com preguiça de comentar pq demora anos pra carregar.

Bjs, amo vcs. Desculpem qualquer coisa.

2 comentários:

Anônimo disse...

oieee amoriii.
eu senti sim sua falta!!
e tb sei que me lia.
Olha li seu dois post.
confesso que perdi-me neste agora. mas vou e li novamente.

agora a verdade é que sempre queremos que alguém não nos deixe morrer, se importem conosco... mas no fundo as vezes as pessoas fazem "boas ações"?! Sabe?! Não se importam...isso as vezes nos deixa tirste!

E para de falta aula garota.vai para facul.

beijos e bom feriado!

Estou muitooOO feliz que voltou!

Lola disse...

Hey coelhinha
eu vou ler mais tarde oks
meu irmão ´´e muito chato,mas logo volto aki
Força
some não hein
BeejoO