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domingo, 20 de junho de 2010

Times of Insanity


Pausa nos estudos para este post.
Eu não ia postar. Eu estou em cima de um trabalho q tenho dificuldade de terminar - e que devia ter terminado há meses. Terça (22) é minha deadline e a professora tem sido mais paciente do que eu mereço, fora o outro trabalho q eu tinha pra fazer. Ia semana que vem falar das benditas férias e do acidente do qual por pouco não fui vitima e do quanto queria ter sido.
Mas tudo me soa um pouco irrelevante.
Eu estava aqui, tentando estudar imersa em uma certa sensação de irrealidade. Essas vuvuzelas e o funk na rua (funk!!!) e a galere gritando estavam me deixando meio cansada e eu me perguntava se conseguiria terminar os dois trabalho hoje. E ele entrou no msn.
Percebi, então, uma coisa que devia ter percebido antes.
Quando vc tem u vicio, não pode se deixar levar pela ilusão de que é mais forte que ele. Imediatamente comecei a tremer e ter vontade de chorar e gritar. Meu coração começou a palpitar e eu achei q ia morrer. E nesse meio tempo ele só tinha dado olá.
Tb percebi que não existe essa de que nós fizemos as pazes. Levantar uma bandeira branca não apaga nada do que houve. Naqueles dias eu fiquei feliz e sei q ele tb ficou. E nesses dias - hoje, especialmente, mas nos últimos dias tb - tenho uma sensação de um desconforto esquisito em relação a ele. Acho q ele tb sentiu. Hoje foi só uma confirmação, o problema é q não sei bem oq é isso.
Imagino que de certa forma ele se sinta um tanto constrangido de voltar a falar comigo normalmente quando eu fui tão mesquinha. Ou talvez ele tenha percebido q não faz diferença pra ele mas não quer ser cruel comigo, ou talvez, ou talvez...
Talvez, quem sabe - minha teoria preferida - a esposa dele se provou uma pessoa diferente doq ele gostaria q fosse e ele quer deixa-la pq ela na verdade me odeia e ele percebeu que me ama. Posso sonhar, não?
Ok, sem brincadeira, agora.
A minha compreensão nos cinco minutos de conversa trivial, foi maior do que posso colocar em palavras. Eu senti uma coisa, eu sei q ele sentiu tb. Um certo desconforto, e ao mesmo tempo um desejo de que pudessemos voltar no tempo - um tempo em que passavamos pelo menos três horas por dia conversando banalidades como se nos conhecessemos há anos - como se fossemos mesmo irmãos. Pq isso não me parecia suficiente? Se agora é tudo de que sinto falta.
Sei que "o que foi visto jamais será esquecido" - ele não vai esquecer o que eu disse da mulher dele, "que eu a fiz chorar", nem eu vou esquecer qualquer coisa das que ele disse pq foram um bocado pra me magoar. Não digo q não mereci, mas isso não diminui a dor.
Mas o fato é que nada disso está em questão.
A questão não tem nada a ver com nada disso, mas esse desconforto foi algo que surgiu entre a gente e eu não sei explicar. E de repente percebi que não posso, tb, ter certeza do porque do desconforto dele. Quantos problemas eu já causei com a minha mania de fantasiar os sentimentos alheios - principalmente os dele, quantos problemas eu já causei pra mim?
E aí ele saiu, me dando um tchau meio esquisito (ou pelo menos assim soou pra mim) e eu me senti mais enjoada e trêmula, e não consegui mais me concentrar (motivo pelo qual posto agora).
Percebi então uma coisa.
Eu preciso parar. Quanto mais eu posso perder de mim mesma - se é q já não perdi tudo - antes de me deixar consumir por pensamentos sobre ele? Sobre como ele está., como vai, se é feliz ou não com a esposa - e as vezes dejesando que não seja, só pra eu ter meu equilibrio imperfeito de volta?
Pq eu já sei q isso não se trata só dele. Se trata da pessoa q eu sou, e de eu me deixar consumir por causa dele.
I made my decisions.
Chega de internet por algum tempo. Não posso dizer q vou abandonar, mas certamente, após o término do semestre (ainda tenho umas pesquisas pra terminar) vou diminuir meus acessos ao essencial. Não vou fazer todo o teatrinho de "vou-excluir-ele-da-minha-vida-porque-é-melhor-assim", mas vou certamente deixar de ficar admirando o sorriso dele com a esposa.
Ele me disse que tem estado on todo dia em horário comercial no trabalho, e embora eu tenha pensado em burlar as regras do trabalho pra falar com ele de vez em quando, o pensamento foi embora tão rápido quanto veio. Entrar, procurar por ele, esperar por ele, não, não faz mais parte de mim, não é quem eu sou. O que é bem estranho.
Eu não posso garantir o que ele sentiu ao falar comigo, mas eu posso dizer a razão do meu desconforto.
Eu não sei explicar o que sinto por ele. Depois de três anos repetindo que o amava, percebi que dizia isso baseada no desespero - adorava essa idéia de amor tirada do período romântico, onde as mocinhas morriam de tristeza e solidão ao ver seus amados partindo. Mas isso não é amor - é desespero e doença.
Eu só sei que a pessoa que eu era - a que esperava ele todos os dias no msn e que praguejava contra cada uma das namoradas dele, a que odiava e ameaçava morrer de tristeza, morreu de verdade. Em algum ponto entre o dia que ele disse que fingisse q ele não existia e hoje quando concordamos que as vuvuzelas são a expressão do inferno na terra. Algo aconteceu dentro de mim pra que eu não seja a mesma pessoa que ele conheceu.
A Bunny que ele conheceu era uma criança cheia de fantasias sobre o amor e o sobrenatural. Era menor - mais magra - uma garotinha esquiva, que amava dança e tentava se encaixar. Era uma garotinha que implorava a ele "me ame, me ame" pq no fundo, tinha tantas fantasias góticas a seu respeito!
Agora vejo a pessoa de verdade que ele é e de quantas maneiras nossos caminhos se afastaram, e porque me sinto assim? Esse desconforto, esse aperto no coração, esse desejo de sair caminhando para o nada e não voltar mais, não parar até ter esquecido quem eu sou?
Eu até consigo pensar numa explicaão, e não gosto dela.
O fato é que preciso me afastar, preciso mudar, preciso esquecer. Preciso fazer de conta que ele não existe. Talvez seja a primeira vez que tomo uma atitude correta, não porque quero parecer nobre ou pra tentar causar uma reação. Mas porque é oq eu preciso, e é oq ele precisa eu acho - mas só posso deduzir.
Sei que não estou fazendo sentido, mas a compreensão que tive - e que acho que ele teve - naqueles minutos de desconforto que vão evanescendo enquanto escrevo, foi algo que não sei colocar em palavras - mas houve uma compreensão, maior doq outras q eu possa ter tido antes.
Não estou fazendo isso por nenhuma razão altruísta - estou egoísticamente evitando o sofrimento. Não sei se ele é tão feliz quanto aparenta nas fotos (dizem que no orkut todo mundo é feliz) mas seria estúpido continuar admirando isso, esperando q ele ouvisse meu apelo telepaticamente. Não preciso passar por isso. E o que me faz sofrer? Eu não sei explicar. Eu nunca senti isso antes, nunca senti antes o que senti hoje quando falei com ele - mas não vou dar uma de dama trágica tentando descobrir.
Minha unica opção é me afastar de tudo - da internet principalmente - e tentar recuperar as coisas boas da menina q morreu em mim - leia-se, os 10kg q ela tinha a menos que eu, e sua força de vontade infinitamente maior. A Anna dentro de mim.
Não vou abandonar o blog forevermente, pq como vcs veem, amo poder desabafar aqui. Mas certamente, nesse post fecho um capítulo e tento desesperadamente começar outro, um em que sou uma pessoa melhor e um em que não fico pensando nele. Um em que ele não existe - e não me entendam mal: eu o quero muito bem. Até demais. E sei que nesse momento, é melhor só seguir em frente e esquecer de tudo q passou, sem fazer maiores especulações.
Enfim, estou me alongando demais.
Não sei se me fiz entender. Mas preciso continuar meus trabalhos. Espero sinceramente q vcs entendam oq eu quis dizer, mas se não entenderem, basta que saibam - não sou quem demonstro ser nem o contrário - simplesmente não sei quem sou. Estou tentando descobrir. Estou tentando mais do que reparar meus erros, estou tentando apaga-los pra seguir em frente.
O que senti hoje estámarcado aqui dentro. Eu compreendi, com toda a força e com todas as implicações. Mas vou guardar isso comigo pela primeira vez em muito tempo, e tentar fazer a coisa certa pra mim e pra ele.

Se eu tiver sucesso com a dieta, volto correndo aqui contar.
Bjs, amo vcs.

1 comentários:

--------- disse...

Bunny, vc mesma fez o mais difícil: reconhecer que o seu sentimento por ele não é amor. A partir daí, as coisas começam a fluir naturalmente. Não vai adiantar fazer nada pra acabar com o casamento dele, porque um dia ele iria perceber o mal que vc fez. Também não adianta ficar sonhando, pensando, esperando que alguma coisa aconteça. Assim vc se desgasta enquanto ele e a mulher vivem a vida deles.
O melhor nessas situações é que vc procure viver a sua vida tentando não se importar com eles, tirá-lo dos seus primeiros planos, procurar a sua satisfação pessoal nos estudos e na profissão pra que, quem sabe um dia, ele veja a muler que vc se tornou ou então que apareça uma pessoa que te dê o que vc precisa.

Bom desempenho com a deieta e os trabalhos! :)