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Keep Going!

terça-feira, 28 de abril de 2009

"Teríamos nos casado, senão fosse a impossibilidade."


A frase acima é da Clarice Lispector. Eu estava pensando que aparentemente tudo na vida pode ser encaixado nessa frase. "eu teria conseguido,se não fosse a impossibilidade".
Eu estou muito entediada esses dias. Só vim postar pra dizer que não morri. Esses dias tem passado cinzentos e sem som, como se eu estivesse afogada. Não vejo nada, não ouço nada. Tento passar meu tempo, mas não tenho mais capacidade de fazer qualquer coisa produtiva com ele.
Não há infelicidade. Há só a falta da felicidade, ou de qualquer coisa que seja essa.
Não estou pensando na vida, só não estou pensando nada.
=/

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Viva, mas gorda.




Essa foto aí é da coisa mais calórica que ganhei de páscoa. Uma amiga teve a bondade de entender que eu preciso emagrecer e, em vez de me sabotar com chocolate, encheu uma cesta de coisinhas da Pucca e docinhos light.
Esses dias todos nem apareci na faculdade. No fim de semana fui incapaz de me concentrar no que devia fazer e como resultado, deixei de enviar por email os resumos pra minha professora.
Detalhe 1: Ela deu a tarefa no dia 09/04.
Detalhe 2: A entrega era até dia 22/04.
E eu não sei o que fazer, pq não é preguiça ou coisa assim. Meu cérebro simplesmente não me obedece: ele não absorve nada do que eu tenho que fazer, mas consegue aceitar facilmente tudo que me distrai. Não é falta de esforço. Eu acho que eu tenho um cérebro infantil demais pra responsabilidades.
De novo, eu gostaria de poder me internar. Não ter nada com que me preocupar além de remédios.

Então, eu comprei um celular novo, pq queria uma câmera pra ficar de olho no meu emagrecimento e um mp3 (e radinho, qdo enjoar) pra fazer caminhada.
Bom, foi um choque... a coisa tá bem mais feia do que eu imaginava.
Não entendo como eu consigo me manter viva sem viver de verdade. Como pode ser tão fácil deitar, comer e ler Harry Potter e tão difícil fazer algo produtivo.
E no entanto, é muito difícil levantar... quando todo o meu ser me diz que não vale a pena pq eu não tenho valor.
Acho que estou me enganando... e pior é que tem coisas demais que não estão mais nas minhas mãos - estavam, e eu desperdicei a chance.
Fuckin.
Deixo aí embaixo a prova do meu fracasso.
Só posso prometer que no próximo registro, vcs verão algo diferente. Eu preciso mudar de algum modo.
Beijos

sexta-feira, 17 de abril de 2009

O Búfalo, Miss Bimbo e wind up.


Tava lembrando agora da sensação boa de quando arrumei emprego. Parecia que minha vida estava no fim, o X. não estava falando comigo e estava fazendo tudo por fazer. Aí a chefa me ligou e disse que se eu quisesse a vaga era minha... nem me contive! Falei bem apressada: "Claro que quero! Que papéis tem que levar???"
Agora me sinto mal por ter valorizado pouco minha oportunidade. A faculdade tb. Estou afundando tudo na minha vida - e a culpa é só minha.
Pq? Pq um cara que eu só conheço virtualmente não me participa da vida dele?
Como eu posso ser tão estúpida?
Claro que é muito mais fácil colocar a culpa nele e na noiva. Bem mais fácil do que culpar a mim mesma.

"Eu te odeio, disse ela para um homem cujo único crime era o de não amá-la. 'Eu te odeio', disse muito apressada. Mas não sabia sequer como se fazia."

Tenho que dizer que nunca tinha lido Clarice Lispector. O primeiro conto que li, por acaso, na quarta, foi "O Búfalo". E aí pensei, é isso que estou fazendo, não?

"Eu te amo, disse ela então para o homem cujo grande crime impunível era o de não quere-la. Eu te odeio, disse implorando amor ao búfalo."

Então ok. Eu ainda estou chateada - mesmo que ele não acredite, eu sinto amor agora como a um irmão, por ele, e ele não ter me contado faz com que eu sinta que estou brigada com alguém da família. Uma briga boba e injusta, mas afinal, é complicado pq não posso fingir que gosto da noiva dele. O santo num bateu, pronto, o que eu posso fazer?
Mas machuca. Só que eu sei que se eu for dizer alguma coisa, tentar explicar a ele que ele está errado, ele só vai acreditar mais que ele está certo, e que eu estou correndo atrás dele... que eu ainda estou doente por ele...
Só que eu não estou - não por ele. É comigo mesma a briga agora.
Tô vivendo de café nos últimos dias. Café com leite, mas só. Faz uma semana que não faço uma refeição - tirando o mac duplo que eu miei ontem.
56,5kg.
Injusto isso. Vou tomar sibutramina hj (meus últimos comprimidos) e seja oq deus quiser.
(Além da saciedade, ela tb me faz ir no banheiro o tempo todo, é um santo remédio).
Alguém já viu o site Miss Bimbo? Há um tempo ele vem sendo acusado de promover a ditadura da magreza, considerando que sua "Bimbo" tem um peso pra manter, podendo apelar pra plástica e pra inibidores. Bom, eu estou jogando. Vc pode pagar pra ter mais dinheiro pra sua Bimbo poder comprar mais coisas, mas se vc não pagar, ainda assim ela pode arrumar um emprego, um namorado e um apartamento. Vc tem metas a cumprir, como pintar o cabelo e ganhar os desafios contra as outras Bimbos.
Mas a meta de peso da minha Bimbo é nada menos que 127lbs. O que significa, mais ou menos 57,6 kg.
Gente! Como assim??? Quer dizer que a altura dela tem que ser maior que a minha, pq o avatar é super magrinho. Caso contrário, ela estaria até mais gorda que eu O.o
Hoje nem tomei meu anti-depressivo (40mg de fluoxetina por dia, a partir de agora). Claro, está sendo bem melhor na questão de comida, pq como menos que antes desde que comecei a tomar fluoxetina. Mas eu preciso me preparar psicologicamente... e esse remédio me deixa ligada no 220. Seria bom, se eu já não fosse acelerada. Mais ainda são meus pensamentos, e tomando fluoxetina ficam mais ainda. O que significa ter minha mente onde não deve e desviada da guerra que estou travando com meu peso.

" You know you've gotten fat when you lay on your back and your stomack isn't concave anymore. "
(Tenho medo de fazer esse teste...)

Por hoje é só. Semana que vem eu volto (e que venha o fim de semana... medo... O.o)

Beijos!

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Haja saco...


Hoje fui no psiquiatra e despejei toda a questão do pânico. Falei tb do quanto eu estou elétrica, que me reviro o tempo todo na cama, que estou em ritmo acelerado demais.
Ele mandou eu aumentar o anti-depressivo. E só.
Nem preciso dizer que não concordo com esse diagnóstico. Até pq, por enquanto, ele vai me mandar tomar 2 cápsulas - e mais tarde aumentará pra 4 cápsulas.
Será q alguém escuta oq eu falo ou será que pq eu não tenho um diploma eu não preciso ser ouvida?

Bom, hoje foi dia de pagamento. E já estou sem dinheiro, aliás, já estou no vermelho de novo. Pra pagar umas contas tive que fazer outras... como sempre. Nada demais.

Exceto que eu tinha perdido 1kg. E fui comer no mac donalds.

Não foi vontade. Foi DESESPERO - parecia que eu ia morrer se não comesse um mac duplo. Prometi pra mim mesma que não ia miar. Na última mordida já estava quase vomitando ali mesmo.

Estou chateada comigo mesma pq não coloquei tudo pra fora, e o que ficou parece estar entalado na garganta. Lado bom? Não consigo comer mais nada. Mas arrependimento não dá mais, pq eu aproveitei quando comi... e não fiquei com as 1000 kcal pra contar história.

(Eu sei que um lanche do mac tem em torno de 1000 kcal, que é oq eu devia comer por dia pra ser saudável. Pretendo ficar só com oq sobrou do mac no estômago, oq significa menos de 1000 kcal).

Não aconselho ngm, mas depois de hj eu estou declarando guerra ao meu peso - e farei qualquer coisa pra sair da casa dos 50kg.

Eu quase num consegui postar hj, mas tava um climão em casa e eu fugi pra lan house. Dali a pouco minha irmã tb veio, affe. Agora ela foi, eu tinha que ficar diminuindo a tela do blog o tempo todo. ¬¬


Amanhã eu posso postar de novo pq tenho aula... e tenho que ir. Então, na hora do almoço, estou aqui.


Beijões pra vcs!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Cada vez pior.

Tô postando pq acho que não tenho outro modo de expressar oq houve. Me sinto péssima comigo mesma, e só tenho consulta amanhã, mas acho que até lá eu vopu explodir.

Vcs sabem que eu tenho faltado algumas aulas por causa do medo. Faço o que posso, mas as vezes o medo irracional de entrar em sala simplesmente é paralisante e leva a melhor.

Faltei um bocado de aulas de lingüística - normal. Sempre odiei essa matéria, e é a que sempre me faz repensar minha escolha. Juntando isso com o pânico, perdi as primeiras aulas de linguistica do semestre... o que significa que eu não tinha o programa (ou cronograma, se preferirem)...
O que significa que cheguei hoje na porta da sala, estrando o silêncio, e vi trinta cabeças curvadas sobre um prova. Pela quantidade de folhas espalhadas, não só o povo estava escrevendo muito, como tb estava fazendo consulta.
E daí, vcs me perguntam.

E daí que eu travei. Corri pro banheiro e me tranquei lá por vinte minutos, chorando, com medo, e com uma sensação estranha que eu conhecia, mas não lembrava de onde.
Comecei a andar e pensar no que fazer por estar perdendo aquela prova, e percebi o que era familiar na sensação:
Eu tive exatamente a reação que eu tinha quando era criança e fazia alguma bobagem na escola.
Pq eu era uma aluna perfeita. Qualquer erro pra mim era uma desgraça, e eu corria pro banheiro chorando, me sentindo uma inútil.
Fico me perguntando: Pq não encarei? Pq não entrei na sala? Pq não corrigi meu erro de ter faltado por preguiça?

Só pq eu sabia que não era preguiça. Isso foi a desculpa que dei pra minha mãe, pq sabia que ela não entenderia se eu dissesse que estava com medo de entrar em sala.
Aí eu pensei: "Vou trancar essa matéria". Depois me odiei por pensar nisso, não pode ser tão complicado ir conversar com a professora...
É, sim. Eu sei que vou protelar isso e não vou conseguir.
Vou parar todos os dias na porta dela e pensar: "Não posso. Ela vai brigar comigo. Ela não vai acreditar em mim."

Exatamente como quando eu era criança e ficava paralisada de medo, e sabia que não podia contar com os adultos.

Bom, fui até a biblioteca, sentei no chão, num canto da sessão de parapsicologia e o medo passou. Parei de hiperventilar e o coração voltou a bater no ritmo normal, e veio a raiva. Fiquei me sentindo rídicula, pq eu só faço quatro matérias na faculdade e vou deixar o medo me impedir de fazer uma delas. Mas sei tb que não tenho opção - que isso vai se repetir.
Então amanhã eu passo na secretaria pra trancar lingüística.

Medo 10 X 0 Bunny.

Até quando vou deixar o medo levar a melhor? Até quando vou ser refém de mim mesma?
Tô com muita raiva.
Muita raiva mesmo de mim.

Enfim... só pra registrar, alguém assistiu "Profissão Repórter" ontem? Senti falta de quem eu era, ao ver aquilo. Sim, eu sei dos riscos e do quanto isso é doentio, mas... queria poder controlar meu corpo daquele jeito, de novo. Queria ter controle de alguma coisa em mim.
O que significa que vou me concentrar nisso, pra não pensar em todo o fracasso da minha vida.
Bom, não que eu vá conseguir comer com o nojo que estou sentindo de mim mesma.

Só isso por hoje... amanhã eu posto melhor.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Enquanto isso, o deus de louça...


Hummm hj eu não vou ficar filosofando nem falando do passado. Me dei conta da confusão que minha vida tá.
Bom, hoje eu não trabalho. Mas tenho psicólogo (para o qual não conto de tudo isso aqui...), então tô fazendo uma horinha pelo Centro.
Bom, é uma soma simples:
Bunny+
um dinheirinho sobrando+
tempo sobrando+
tentativa de fazer dieta=
comendo besteira.

Tenho que dizer que a sfiha da lanchonete aqui perto da facul, além de ser muito boa, já é uma coisa que eu associo com miar. É um desperdício: pagar por uma sfiha gigante daquela com refri e miar. Mas é muito calórica, tb, então me parece sempre... sei lá, inevitável.
Até fiquei pensando comigo enquanto pegava ela no balcão: "Não preciso miar. É só comer ela devagar, e daí não como mais nada o resto do dia".
Mas lá fui eu.
Primeiro que o negócio tava estranho. Não tava ruim, mas tava com um gosto diferente do que eu me lembro. Aí fui lá, né, olhar pra porqueira do presunto, que ficou me parecendo medonho, e pensando no porco que um dia ele foi.
Blargh.
Insisti mais um pouco, mas quando passei da metade meu estômago já tinha virado num nó.
Então, bom, não tive opção. Fui lá, me curvar pra privada (tive q fazer onde por dois banheiros, até um deles ficar vazio) e coloquei pelo menos metade daquilo pra fora.
Não acho que isso vá me ajudar a emagrecer. Não gosto de miar (embora nos últimos dias esteja voltando a ser um hábito), mas eu tenho a impressão q uso isso mais como punição por ter me entupido.
Essa semana tinha miado no trabalho - esperei todo mundo ir embora, mas boa parte da comida já tinha sido digerida, então fiz esforço até a barriga doer pra fazer tudo voltar.
Bom, no mais, to super endividada, pq o banco cobrou juros do cartão, essas coisas. Eu já ia deixar de pagar um monte de coisa, affe...

Bom, pra terminar por hoje, fiquei sabendo de umas coisas a respeito de X. Algumas de vcs sabem, eu tava doida essa semana pq ele tinha contado uma notícia super importante pra uma amiga minha e não pra mim, achei q ele tava fazendo de sacanagem, pra não vir me contar... mas falando com amigos em comum, descobri que ele tinha contado pra todo mundo - todos os contatos da lista de e-mails dele - exceto eu.
Ah, fiquei putiada, viu... enfim, longa história...
Mas eu tava pensando que: no dia q soube fui correndo contar pra uma amiga que, por acaso, teve uma história com ele. Ela não respondeu o email e não comentou nada no meu outro blog (em off)... e aí caiu a ficha... será q ela sabia e não me contou?

Eu sempre falei mal de fluoxetina, mas nesses dias tô só com ela e to mais calma em relação a tudo isso. Tb me ajuda o meu grupo de apoio, para mulheres co-dependentes... refleti muito sobre oq me prendia a ele, e acho q era só teimosia. Eu gosto muito dele, mas me estresso demais por uma pessoa que claramente está me ignorando.
Eu posso ficar bem só comigo, entendem? Por mais que nossa cultura diga que uma mulher só é completa com um homem, acho que sou completa sem ele, e sem qualquer um. Quando vc é completa consigo mesma e ainda assim quer estar com outra pessoa, aí sim é um sentimento legal... =/
Bom, eu queria estar com ele... mas acho que, no fim, quero mais estar bem. E me prender a idéia de que ele está me ignorando - ou deliberadamente me excluindo - me faz mal, então não vou pensar nisso...

Ai, por hj é só. Agora tenho psicólogo, só volto semana que vem.
Por isso, meninas, juízo, bom feriado e maneirem no chocolate! ^^
(Ai, chocolate, hummm....)

Beijos e boa Páscoa!!!

(\ /)
(°.°)
(><)

terça-feira, 7 de abril de 2009

Às vezes é bom nem pensar.

Eu nem sei se devia falar disso aqui. Aliás, eu nem quero falar disso aqui. Mas tem coisas que as vezes me incomodam demais - as vezes algo que vc pensa que esqueceu volta à tona.
A primeira parte da história é um tabu pra mim.
Nem sei se começou aí - as vezes acho q houve algo que nem posso lembrar. Mas quando você tem seus oito, nove anos - nem sei ao certo - e alguém em quem vc mais confia te toca de um modo que não devia é meio difícil esquecer.
Nunca falei com isso. Fingi que não aconteceu.
Aí eu tinha então uns 15 anos já - não que isso não tenha acontecido outras vezes antes - e estava no ônibus e um velho - daqueles que vc já cria uma distância pq tem na testa "velho nojento e babão", se encostando demais em mim - e não houve engano, foi uma tentativa de "sei-lá-o-quê". Quando o ônibus parou eu saí correndo e não olhei pra trás. Fui pra casa e fingi que não aconteceu.
Algumas coisas entre os 17 e os 18 - mas não foi bom. Não tão ruim, mas nem vale menção.
E aí aos 19. Eu acho que as pessoas não entendem quando eu tento explicar que não posso chamar de "estupro" (até pq, a palavra me assusta). Que foi minha culpa. Mas eu não queria e deixei isso bem claro. E eu não reagi contra. Eu estava assustada demais pra tomar qualquer atitude. Mas de qualquer modo, não bati pé, não esperneei. Dizem que quem está na chuva é pra se molhar, qualquer ser humano normal teria se ligado, menos a idiota aqui, que ngm te estende a mão naquele tipo de situação sem esperar alguma coisa a mais.
Princípe encantado não existe - homens só querem mulheres pra uma coisa. Bom, quando ficam maduros, as vezes querem tb empregadas e filhos.
E depois ainda me apavorei e passei a fazer oq ele queria - estava totalmente dependente de ele estar de bom humor pra me ajudar, fiquei com medo de ficar no meio do nada sem saber oq fazer e pra onde ir. Quando ele me ligou semanas depois, tive coragem de dizer "não quero falar com vc".
Não tive coragem de de dizer "aprenda que quando uma mulher diz não é não."
Mas o fato é que: podia ter sido pior. Quando me atenderam no hospital - eu cansada de contar a história, eu só queria um exame de DST!!! - a tia do IML (esses casos tem que ser registrados pros números deles) ficou chocada quando eu disse que não ia denunciar. Afinal, nem foi tão sério, por favor! Aí ela disse: "Não existe uma forma de violência sexual maior que outra. Se foi contra a sua vontade, foi violência e vc tem o direito de denunciar".
Mas afinal, não fui arrastada pro meio do mato, nem espancada... eu via as meninas de 10, 12 anos fazendo o mesmo tratamento e nem me sentia no direito de estar lá. Tenho plena consciência de que foi minha culpa.

Mas agora quando pego ônibus, essas coisas voltam - eu tenho que ficar longe de homens no ônibus. Não saio a noite pq tenho a impressão de que isso dá permissão as pessoas. Última vez que fiquei com um cara, ele me apertava demais, não deixava eu me soltar - isso fez a lembrança subir e quando me soltei dele corri pro ônibus sem dar tchau. E na aula de literatura brasileira meu professor - talvez tenha uma perversão inconsciente, sei lá - apesar de ser muito gente boa, sempre escolhe contos com violência sexual no meio, pra comentar. Isso está me perturbando.

Quando aconteceu o ato, mesmo, eu passei a ir no hospital e tudo, mas decidi que não pensar resolveria. E pareceu ter resolvido até agora. Mas por menos que eu queira, esses pensamentos ficam voltando, e voltando... talvez esteja aí o motivo de eu estar sozinha, tb - que homem no mundo vai querer uma garota que além de doida, obsessiva, feia, burra e chata (hum, e com complexo de inferioridade), tb é sexualmente travada?
Mas tb, os homens tem correspondido toda a idéia que minha mãe me deu da vida.

Bom, era isso. Sei que não tem nada a ver com a proposta do blog. Eu não queria falar disso. Mas é difícil pq eu nunca quero e nem consigo falar disso, e achei que seria mais fácil contar pra vcs.
Saudades. Na quinta eu posso postar direito ^^
Beijos e até mais.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Being Atashi


"Nesta cidade não havia ninguém.
Na cidade havia casa e janelas iluminadas.
Mas não havia ninguém nas ruas.
Olhei por uma das janelas tinha uma pessoa...
Mas ela estava com um deles. Olhei dentro de outra casa.
E a pessoa também estava com um deles.
Esta cidade é igual a todas as outras.
É divertido estar com um deles,
Mais divertido do que estar com outra pessoa.
Por isso, ninguém mais sai nas ruas.
Não há ninguém nesta cidade.
Eu farei uma jornada. Irei para outras cidades.
Eu queria que alguém me achasse. Alguém só para mim.
Mas, quando esse alguém só meu passar a gostar só de mim...
Será a hora de nossa separação.
Ainda assim eu quero achar alguém só para mim.
Pensando nisso, eu continuo vagando por outra cidade sem ninguém..."


A diferença básica entre eu e o Atashi é que ele (bom, ela) encontra alguém.
Na verdade, eu encontrei. A pessoa só pra mim, quero dizer.
A diferença básica é: essa pessoa não queria ser só pra mim.
Essa pessoa não me escolheu.
Então, não tem mais sentido, eu continuar andando pelas cidades sem ninguém. Eu encontrei o que procurava. E não pude ter.
E o que Atashi faz?...
O que fazer quando não tem mais pra onde ir?
Por enquanto, estou caminhando sem rumo.
"Existe um sentimento dentro de mim. Esse sentimento é muito terno... Mas me faz sofrer. Quando penso naquela pessoa este sentimento me preenche. Você sente o mesmo por todos? Não só sinto quando penso naquela pessoa. O que acontece quando você está junto daquela pessoa? Sinto um calor gostoso. É como se aqui em mim brilhasse. Mas e quando não pode estar junto dessa pessoa? Dói. É uma dor muito forte, bem aqui. Você acha que morreria? Nós não morremos. Como não temos vida, não podemos morrer. Isso mesmo, não morreremos.
Mas acontece algo muito parecido com a morte. Porque nós somos um deles. Espero que você possa ser feliz junto com "A pessoa só para você".
Mas... E se eu não puder ser feliz? E se a pessoa só para mim descobrir o que eu posso fazer e o que eu não consigo fazer... E não me escolher? Nesse caso... Ele terá que decidir sobre mim e sobre nós.
Está doendo?
Está. Se a pessoa só para mim não me escolher... Acho que aqui irá doer tanto... Que eu poderei parar. A dor que está sentindo é muito forte.
Uma dor tão triste que pode até nos quebrar.
Não tem ninguém nesta cidade. Mas... As pessoas riem alegremente dentro de suas casas. Será que essas pessoas são felizes? E... Será que eles são felizes? Eu estou na cidade sem ninguém. Estou andando pela cidade sem ninguém. Eu tenho muita vontade de me encontrar com aquela pessoa. Muita, muita vontade. Eu fico muito alegre quando penso naquela pessoa. Eu sofro muito quando penso naquela pessoa. Eu fico muito contente quando penso naquela pessoa. Eu fico muito triste quando penso naquela pessoa.Tudo que sinto quando penso naquela pessoa é muito forte. Talvez isso seja "gostar". Se for isso... A pessoa de que eu gosto... A pessoa só para mim, é..."

Estou com 58kg de novo (sim, eu bati os 60kg), e espero diminuir. Não sinto mais fome, nisso a tristeza me é benéfica. Mas o vazio é tão grande que sinto necessidade de preenche-lo com algo. Não sinto o gosto da comida, e me sinto mal por comer. Mas continuo.
Não sei mais que rumo tomar.
Queria ter o final feliz do Atashi.

"
Nesta cidade não há ninguém. Mas... As luzes que iluminam as casas... São brilhantes e aconchegantes. Eu estou na cidade sem ninguém. Mas eu não me sinto triste nem solitária. Um calor preencheu meu coração. Eu sou um deles, mas estou feliz. É porque eu gosto daquela pessoa. Quando alguém gosta de outro... É bom. Não importa se é humano ou não. Esse sentimento nos embala e nos protege. Se isso deixa meu coração com tanto calor... Se isso faz eu me sentir tão bem... Acho que todos deveriam ter alguém para gostar. Acho que todos deveriam ter o seu amor correspondido. Quando alguém gosta de outra pessoa... E a considera realmente importante... Aí sim... Este mundo fica repleto de felicidade. Nesse dia... Aqui... Será a cidade sem ninguém infeliz. A cidade importante onde mora... A PESSOA SÓ PARA MIM."

Mas afinal, eu já sabia que ficaria sozinha e pra tia.
Os fatos são só confirmações.

Beijocas.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Quanto mais eu sou capaz de aguentar?

Quantas vezes uma pessoa pode cair e ainda assim levantar?
Quantos golpes alguém pode suportar e seu coração continuar batendo? Quantas coisas mais eu vou ter que passar.
Eu perdi tudo o que eu nem tinha. Eu tentei levantar.
Mas será que ngm entende? EU NÃO SOU TÃO FORTE QUANTO TENTO PARECER.
Não o perdi.
Perdi a mim mesma.
É só a confirmação de que eu nunca serei nada, nunca terei nada...
E mais uma prova - uma tão consistente e viva, assim - não precisava.
Não posso mais aguentar.
Não posso, mais levantar depois dessa.
Não mais.